Pronomes de segunda pessoa no espaço maranhense
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. === Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-03-04T11:54:35Z No. of bitstreams: 1 2015_Cibelle...
Main Author: | |
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Other Authors: | |
Language: | Portuguese |
Published: |
2016
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Subjects: | |
Online Access: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/19897 http://dx.doi.org/10.26512/2015.12.T.19897 |
Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. === Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-03-04T11:54:35Z
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2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) === Trata-se de uma pesquisa de doutorado, intitulada “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE”, que tem como objetivo geral analisar a variação da segunda pessoa em uma dimensão entre e intrafalante. Configurando-se como um tema de pesquisa de interesse para os maranhenses – a saber, as peculiaridades do seu sistema pronominal de segunda pessoa, em que se destaca o uso do pronome tu –, a pesquisa tem como foco principal a configuração do sistema de tratamento mais próximo da realidade linguística do Estado, identificando, a partir da fala de ludovicenses escolarizados, os contextos e as variáveis linguísticas e sociais que estão regulando o uso daquela que, para muitos, é a marca linguística do falar maranhense: o tu seguido da concordância. O corpus selecionado para este trabalho é composto de dados de fala de um grupo de falantes que tinham como centro dois colaboradores alvo, um homem e uma mulher, gravados em situações de interação, a partir de observações participantes, uma das alternativas metodológicas de fugirmos da fala formal da entrevista, ou seja, observando “a pessoa em seu contexto social natural – interagindo com a família ou com seus pares” (LABOV, 2008 [1972], p. 63). O aparato teórico-metodológico utilizado é o da Teoria da Variação, proposta por Labov (2001, 2008 [1972], 2010). As discussões teórico-metodológicas, do ponto de vista da variação intrafalante, vão ainda ao encontro de Bell (1984, 2001) e Irvine (2001). A análise quantitativa dos dados foi feita através dos programas Varbrul 1988 e GoldvarbX 2001, e complementada com uma análise qualitativa sobre a variação estilística dos dois colaboradores alvo investigados. Os resultados da análise conjunta indicam que, de um modo geral, o tu sem concordância é a forma mais utilizada pelos falantes indicando, a nosso ver, que essa forma se trata de um uso comum à comunidade de fala ludovicense, isto é, é essa a forma que traduz sua identidade linguística ludovicense, ainda que sem a marca verbal de segunda pessoa. Por outro lado, o tu com concordância quando utilizado, é condicionado, dentre outros fatores, pelo contexto de interação e pelo papel do indivíduo na interação ratificando que nosso fenômeno é, sobremaneira, motivado por fatores interacionais. Isto é, observamos que, ao mudar seu estilo, de um menos formal para um mais formal, o falante mais escolarizado tenderá a substituir o tu sem concordância pela forma tu com concordância ou pelo você forma inovadora que, nesse mesmo espaço funcional, vem pouco a pouco ganhando espaço de forma prestigiada. A análise por indivíduo foi fundamental para observar que o efeito do sexo do falante pode ser decisivo na escolha de uma ou de outra forma de tratamento. Por fim, esperamos contribuir com as pesquisas que buscam a identificação do uso social da segunda pessoa no português falado no Brasil e, notadamente, em São Luís-MA, que apresenta, conforme aqui observado, um comportamento linguístico diversificado composto por pelo menos três formas pronominais para tratar seu interlocutor. === C’est une recherche de doctorat, intitulée “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE” qui a pour but principal d'analyser la variation de la deuxième personne dans une dimension entre e intrafalante. En configurant comme un sujet de recherche d'intérêt pour l’état du Maranhão – à savoir, les particularités de leur système pronominal de la deuxième personne, qui met en évidence l'usage du pronom tu – la recherche a comme objetif parler sur la configuration du système de traitement le plus près de la réalité linguistique de l'État, en identifiant, à partir du discours des ludovicenses scolarisés, les contextes et les variables linguistique et sociales qui sont à réglementer l'usage de ce qui est, pour beaucoup des gens, la marque linguistique du parler du Maranhão: tu com concordância (le tu suivi par l'accord). Le corpus sélectionné pour ce travail est constitué de données de parole d'un groupe de parlants qui avaient des deux individus cible, un homme et une femme, enregistrée dans des situations d'interaction, à partir d'observations des participants, l'un des alternatives méthodologique qui on avons de sortir du discours formel de l’entrevue sociolinguistique, c’est-à-dire, en observant “la personne dans leur contexte social naturel – interagissant avec la famille ou avec des pairs”(Labov, 2008 [1972], p. 63). L'appareil théorique-méthodologique utilisée suit le cadre théorique de la sociolinguistique quantitative. Les discussions théoriques et méthodologiques, du point de vue de la variation intrafalante, suit aussi les propositions théorique de Bell (1984, 2001) et Irvine (2001). Les résultats de l'analyse conjointe indiquent que, en général, tu sans accord (tu sem concordância) est la forme la plus utilisée par les parlants indiquant, à notre avis, que cette forme s’agit d’une usage très courante dans la communauté de parole ludovicense, c’est-à-dire, elle s’est présent comme une variante qui reflète l'identité linguistique ludovicense, même sans la marque verbale de la deuxième personne. Par ailleurs, tu suivi par l'accord (tu com concordância) quand il est utilisé, est conditionnée, entre autres facteurs, par le contexte de l'interaction et par le rôle de l'individu au sein de l’interaction em confirmant que notre phénomène d’etude est, surtout, motivée par des facteurs interactionnelles. C’est-`-dire, nous avons observé que, en changeant son style, moins formelle pour une plus formelle, les parlants plus scolarisés auront tendance à remplacer tu sans l'accord (tu sem concordância) par tu suivi par l'accord (tu com concordância) ou par vous (você) variante innovante que, dans ce même espace fonctionnel, petit à petit vient en avoir du lieu au l’espace des variantes prestigieux. L’analyse par individu était très important de noter que l'effet du sexe des sujets peut être décisif dans le choix de l'une ou l'autre forme d’adresse. Enfin, nous espérons contribuer avec les recherches qui travaillent en cherchant à identifier l'usage social de la deuxième personne dans les portugais parlé au Brésil et, surtout, à São Luís, qui dispose, comme on l'observe ici, d’un comportement linguistique diversifié composé, d'au moins, des trois pronoms pour s'adresser à ses locuteurs. |
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