Física, química e história : uma proposta interdisciplinar para o ensino médio

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Instituto de Física, Instituto de Química, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências, 2015. === Submitted by Felipe Rodrigues (felipe....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Elias, Juliano de Almeida
Other Authors: Verdeaux, Maria de Fátima da Silva
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/18846
http://dx.doi.org/10.26512/2015.05.D.18846
Description
Summary:Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Instituto de Física, Instituto de Química, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências, 2015. === Submitted by Felipe Rodrigues (felipe.rodrigues87@gmail.com) on 2015-12-04T11:44:19Z No. of bitstreams: 1 2015_JulianoDeAlmeidaElias.pdf: 5465231 bytes, checksum: e3a6e9e42d258af9220a6131f8b7c779 (MD5) === Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-12-04T12:40:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_JulianoDeAlmeidaElias.pdf: 5465231 bytes, checksum: e3a6e9e42d258af9220a6131f8b7c779 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-12-04T12:40:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_JulianoDeAlmeidaElias.pdf: 5465231 bytes, checksum: e3a6e9e42d258af9220a6131f8b7c779 (MD5) === Como professores, estamos em uma busca constante de novas ideias, diante da evidente superação do modelo curricular clássico. A prática interdisciplinar é um importante recurso nessa luta, não pela superação das disciplinas, mas pela sua complementação. Esse é o posicionamento que baliza a proposta e a prática deste trabalho. Um posicionamento humilde, mas sem medo de deixar a zona de conforto disciplinar para se tornar aluno novamente e assim, aprender e ensinar. Optando pela interdisciplinaridade, sem contudo ser afetado pelo que se observa em algumas práticas interdisciplinares: a integração apenas aparente das disciplinas, reunidas em torno de um tema, capturando o que dele conseguem aproveitar, sem ultrapassar a barreira disciplinar. Ao contrário, um dos objetivos deste trabalho é estimular a interação com a disciplina alheia, evitando a disciplinarização da interdisciplinaridade. Superar as barreiras de comunicação entre as disciplinas deve ser um dos objetivos de qualquer trabalho que se pretenda interdisciplinar e, certamente, foi objetivo deste. Optou-se pelo tema “energia”, em uma abordagem “tridisciplinar”, a partir da Física, da Química e da História, mas sem descartar a interação com outras disciplinas do Ensino Médio. O tema foi trabalhado na forma de um curso de periodicidade semanal com um semestre de duração para turma de 2º ano em escola pública de Ensino Médio de Brasília. Para evitar que o tema se diluísse em banalidades ou que, por outro lado, se tornasse hermético para os alunos, utilizou-se o instrumento analítico desenvolvido por Yves Chevallard, a teoria da transposição didática. Com o cuidado de realizar uma transposição consistente, que não descambasse nem para o trivial nem para o inextrincável, foi possível desenvolver uma “linha do tempo” da energia, que, utilizando-se da periodização clássica, mas sem se prender a ela, iniciava na Pré-História, passando pela Antiguidade, pela Idade Média, pela Idade Moderna e chegando à Idade Contemporânea, abordando as formas de obtenção de energia que a humanidade utilizou ao longo da sua existência. Em cada aula, procurou-se discutir os aspectos físicos e químicos dos meios encontrados pelo ser humano para suprir suas demandas energéticas. Os resultados que serão aqui descritos foram muito positivos. Um minicurso de dois meses se tornou, a pedido da escola, um curso de um semestre, que em 2015 deve se tornar, também a pedido da escola, um curso de um ano de duração, possibilitando ainda mais aprendizado. === As teachers, we are in a constant search for new ideas in the face of evident overrun of the classic curriculum model. Interdisciplinary practice is an important resource in this fight, not by overcoming the disciplines but for its complementing. This is the position that guides this proposal and the practice of this work. A humble position but with no fear of leaving the disciplinary comfort zone to become a student again and so, learn and teach. Opting for interdisciplinarity, without, however, be affected by what is observed in some interdisciplinary practices: integration only apparent between disciplines gathered around a theme, capturing what it can take, but within the disciplinary barrier. On the contrary, one of the objectives of this work is to encourage interaction with other people's discipline, avoiding the disciplining of interdisciplinarity. Overcoming communication barriers between disciplines should be a goal of any work that is to be interdisciplinary, and was certainly aim of this. We chose the theme "energy" in a "tridisciplinar" approach, from physics, chemistry and history, but without discarding the interaction with other disciplines of high school. We worked up with the theme as a weekly course with a semester-long class for 2nd year in a high school of Brasilia. To avoid the object to dilute in platitudes or, on the other hand, become hermetic for students, we used the analytical tool developed by Yves Chevallard, the theory of didactic transposition. Being careful to perform a consistent transposition, which did not fall on the trivial or the inextricable, it was possible to develop a "timeline" of energy, which, using the classic periodization, but without being attached to it, began in Pre-history, through Antiquity, the Middle Ages, the Modern Age and reaching the Contemporary Age, addressing the ways of obtaining energy that mankind has used throughout its existence. In each class, we tried to discuss the physical and chemical aspects of the means found by humans to meet their energy demands. The results that will be described here were very positive. A short course of two months became, at the request of the school, a one-semester course, which in 2015 is expected to become, also at the request of school, a one-year course, allowing further learning.