Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2014. === Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-11-07T14:36:19Z
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2014_JucileiaRezendeSouza.pdf: 10986989 bytes, checksum: e29490569022e792e84b8c1f25f554d8 (MD5) === Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-11-10T13:31:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2014_JucileiaRezendeSouza.pdf: 10986989 bytes, checksum: e29490569022e792e84b8c1f25f554d8 (MD5) === A presente pesquisa teve como objetivo elaborar e validar um instrumento de triagem psicológica para identificar pacientes oncológicos com risco de má adaptação, possibilitando o encaminhamentoprecoce para acompanhamento psicológico. Para tal, elaborou-se um modelo teórico sobre o processode ajustamento em oncologia, baseado em informações presentes na literatura que indicaram que aadaptação psicológica depende, em grande parte, da forma como os pacientes percebem a doença,enfrentam os estressores associados e da qualidade da rede de suporte social. A pesquisa foi divididaem três estudos sucessivos: Estudo 1 – elaboração do instrumento; Estudo 2 – análise da validade efidedignidade; Estudo 3 – análise da validade preditiva e normatização. No Estudo 1 realizou-se umarevisão sistemática da literatura entre 2002 e 2012 na busca de preditores significativos de adaptaçãopsicológica e selecionou-se os mais prevalentes: enfrentamento, suporte social, percepção de doença,afetividade negativa/distress. Em seguida, selecionou-se itens de escalas que avaliavam tais preditorespara compor o instrumento denominado Indicador de Risco Psicológico em Oncologia (IRPO). NoEstudo 2, o IRPO foi aplicado a 300 pacientes com câncer – 192 mulheres e 108 homens – e realizouseanálises fatorial e de confiabilidade. Foram identificados cinco fatores em 27 itens: distress(=0,902); suporte social emocional (=0,838); enfrentamento ativo (=0,706); suporte socialinstrumental (=0,904); percepção negativa da doença (=0,783). Também identificou-se bom índicede confiabilidade (=0,90) para o escore geral, denominado Índice Geral de Risco (IGR). Em relaçãoao IGR, considerando que a literatura indica que em média 40% dos pacientes com câncerapresentarão dificuldade para se adaptar (percentil 60), estabeleceu-se o escore 59 como ponto decorte. As correlações entre os fatores e as variáveis sociodemográficos e médico-clínicas refletiramresultados identificados na literatura. No Estudo 3, a validade preditiva do IRPO foi avaliadautilizando-se a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) como critério e testou-se omodelo teórico desenvolvido. Participantes: 98 pacientes - 74 mulheres e 24 homens. Além de manterboa estabilidade em sua estrutura fatorial, as análises de regressão linear mostraram boa capacidadepreditiva em relação a HAD (R2=0,594). Diferente do previsto no modelo teórico inicial, identificouseefeito de mediação do fator enfrentamento ativo em relação aos fatores suporte social emocional einstrumental. Verificou-se que a variável sexo contribuiu para aumentar a capacidade explicativa domodelo (R2=0,649). Em relação ao ponto de corte, verificou-se similaridade com o Estudo 2: escore55 pelo percentil 60 e escore 56 pela análise de regressão múltipla. Optou-se pelo escore 55,considerando que a sensibilidade é um aspecto mais importante em instrumentos de triagem. Quanto àvalidade discriminante, o IRPO distinguiu apenas entre o sexo dos participantes. Com base nos resultados verificou-se, em termos gerais, que o IRPO apresenta parâmetros psicométricos adequados e generalizáveis para a população de pacientes adultos com câncer, que não estejam em cuidados paliativos exclusivos. Sendo assim, o IRPO pode contribuir para a triagem psicológica, identificando pacientes em risco de má adaptação e favorecendo seu atendimento em serviços de psicologia, o que pode contribuir para a qualidade da atenção prestada em oncologia. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT === The objectives of this research were to develop and validate a psychological screening instrument inorder to identify cancer patients at risk for poor adjustment, allowing the early referral forpsychological counseling. To this end, was elaborated a theoretical model about adjustment process inoncology based on information available in the literature that indicated that psychological adaptationdepends largely on the way that patients perceive illness, coping with associated stressors and thequality of the social support network. The research was divided into three successive studies: Study 1- development of the instrument; Study 2 - analysis of validity and reliability; Study 3 - analysis ofpredictive validity and standardization. In Study 1 was conducted a sistematic review of literaturebetween 2002 and 2012, in the search for significant predictors of psychological adaptation and it wasselected the most prevalent: coping, social support, perception of illness, negative affectivity/distress.Then, were selected items of scales that measured such predictors to compose the instrument entitledPsychological Risk Indicator in Oncology (PRIO). In Study 2, the PRIO was administered to 300cancer patients - 192 women and 108 men - and was carried out factorial and reliability's analysis.Five factors were identified in 27 items: distress (α = 0.902); emotional social support (α = 0.838);active coping (α = 0.706); instrumental social support (α = 0.904); negative perception of illness (α =0.783). Also was identified good level of reliability (α = 0.90) for the general test score, intitledGeneral Risk Index (GRI). Regarding the GRI, considering that literature suggests that on average40% of cancer patients will present difficulty to adapting (60th percentile), it was established the score59 as the cut-off point. The correlations between the factors, and the sociodemographic and medicalclinicalvariables reflected outcomes from literature. In Study 3, the predictive validity of PRIO wasassessed using the Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) as a criterion and the developedtheoretical model was tested. Participants: 98 patients - 74 women and 24 men. In addition tomaintaining good stability in its factorial structure, linear regression analysis demonstrated goodpredictive power regarding HAD (R2 = 0.594). Different from initial theoretical model it wasidentified mediation effect of active coping factor on the emotional and instrumental social supportfactors. It was found that sex contributed to increase the explanatory power of the model (R2 = 0.649).Regarding the cut-off point, there was similarity with Study 2: score 55 by 60th percentile and score56 by multiple regression analysis. It was chosen the score 55, considering that sensitivity is a mostimportant aspect of screening tools. Regarding discriminant validity, the PRIO has distinguished onlyamong the gender of the participants. Based on the outcomes it was verified, in general terms, that thePRIO has good and generalizable psychometric properties for the adult cancer patients population whoare not in exclusive palliative care. Thus, the PRIO can contribute to psychological screening,identifying patients at risk of poor adaptation and favoring its attendance in psychological services,which can contribute to the quality of care provided in oncology.
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