Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2012. === Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-04-22T12:57:06Z
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2012_LuceliaMoraesBragaBassalo.pdf: 4382297 bytes, checksum: 06b3d801ad0b8f73d20f12be8136531a (MD5) === Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-04-22T14:17:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2012_LuceliaMoraesBragaBassalo.pdf: 4382297 bytes, checksum: 06b3d801ad0b8f73d20f12be8136531a (MD5) === Esta tese parte da constatação de que é preciso identificar vestígios e
rupturas, desconstruir modelos e compreender os jovens em suas singularidades e
especificidades, desnaturalizando definições que pré-concebam seus interesses e objetivos de modo a contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas de maior alcance no que tange o campo da educação em sua interface com a juventude. O percurso desenvolvido nesta investigação foi traçado a partir do pressuposto da pesquisa qualitativa reconstrutiva, especificamente da interpretação como princípio do Método Documentário aplicado a análise de imagens.
Demonstrou-se que a juventude é um conceito que apresenta várias perspectivas entrelaçadas aos sentidos e representações sociais sobre ‘ser jovem’, que se refletem, em termos teóricos, num mosaico de concepções que invisibilizam e desistorizam estes sujeitos ou minimalizam as funções sociais que estes sujeitos ocupam em nossas sociedades. O conceito de geração foi utilizado como auxiliar na interpretação da juventude na contemporaneidade, no caso desta investigação, das jovens feministas. Partindo da concepção mannheimiana de geração apresentou-se as diferentes gerações identificadas ao longo do século XX, para delinear a concepção de geração internauta, composta pelos jovens como primeiro grupo geracional que inverte os sentidos de controle e ordenação do tempo e altera as formas de interação e de convivência social. Demonstrou-se o ciberativismo como uma nova forma de construção da associação de pessoas e grupos, possibilitada pela internet e, eminentemente juvenil, bem como as características do ciberfeminismo. Fotos produzidas por jovens mulheres internautas e disponibilizadas em álbuns virtuais no blog dialogoj constituíram o corpus da investigação e possibilitaram reconstruir visões de mundo de jovens mulheres feministas, seus posicionamentos e interpretações, sentidos e significados, no período de 2007 a 2011. A pesquisa se orientou pelos seguintes objetivos:
identificar metáforas de foco nas narrativas visuais; delinear subtemas, argumentos,
defesas, e críticas presentes nas postagens imagéticas; compreender os espaços de experiências conjuntivas das jovens feministas a partir das imagens; reconstruir orientações coletivas das jovens internautas. Pôde-se perceber que as jovens feministas, como produtoras das imagens, além de registrar as experiências e tornar pública a forma de participação do grupo, revelam posicionamentos e interpretações. As fotos têm uma narrativa própria, uma discursividade intrínseca, um movimento constante de tecer significados, divulgar sentidos ou quiçá
desenvolver interpretações. Ao permitir acesso livre aos álbuns virtuais possibilitam
a circulação imagética de significados que podem vir a potencializar a participação
ou ainda instrumentalizar a leitura das práticas de outras jovens. Pode-se afirmar que as jovens feministas assumem a defesa radical da justiça de gênero e o ciberfeminismo como estratégia de integração entre de jovens mulheres brasileiras que se interessem pelo feminismo. Por fim, duas orientações coletivas foram reconstruídas a partir da especificidade das experiências das jovens: a participação como princípio das relações intergeracionais no movimento feminista e a recusa das injustiças de gênero, da invizibilização ou hierarquização das mulheres na militância feminista. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT === This thesis starts from the realization that we need to identify traces and
ruptures, deconstruct models and understand youth in their peculiarities and specificities, denaturalizing definitions that pre-conceive their interests and goals, so as to contribute to developing longer-range public policy regarding the field of education in its interface with youth. The route developed in this research was drawn based on the presupposition of reconstructive qualitative research, specifically of interpretation as a principle of the Documentary Method applied to image analysis. It was shown that youth is a concept that has several meanings and perspectives intertwined with social representations of 'being young', reflected ,in theoretical terms, in a mosaic of concepts that make invisible and dehistoricize these subjects, or minimize the social functions these subjects have in our societies. The concept of generation was used as an auxiliary in the interpretation in youth in contemporaneity – in the case of this research, young feminists. Starting from the Mannheimian conception of generation, the different generations identified throughout the twentieth century were presented, to outline the conception of the surfer generation,
composed by youth as the first generational group that reverses the direction of control and ordering of time and changes the forms of interaction and social interaction. Cyberactivism is demonstrated as a new way of constructing the association of individuals and groups, made possible by the Internet and mostly involving youth. Also demonstrated are the characteristics of cyberfeminism.
Photographs produced by young women surfers and available in virtual albums, at the dialogoj blog, constituted the corpus of research and made it possible to reconstruct worldviews of young feminist women, their positions and interpretations,
meanings and purports, in the period from 2007 to 2011. The research was guided
by the following objectives: to identify focal metaphors in visual narratives; to
delineate sub-themes, arguments, defenses, and criticism present in the images
posted; to understand the spaces of connective experiences of young feminists
based on the images; to reconstruct the collective orientations of the young surfers.
It was perceived that the young feminists, as producers of the images, in addition to
recording the experiences and making public the group’s form of participation, reveal
positions and interpretations. The pictures have a narrative or their own, an intrinsic
discourse, a constant movement of weaving meanings, disclosing purports, or
perhaps developing interpretations. In allowing free access to the virtual albums, they make possible the circulation of meanings in imagery, meanings that may potentiate the participation, or yet equip the reading of the practices of other young women. It can be said that the young feminists take on the radical defense of gender justice, and cyberfeminism as a strategy for integration among young Brazilian
women interested in feminism. Lastly, two collective orientations were reconstructed
from the specificity of the experiences of the young women: participation as a
principle of intergenerational relationships in the feminist movement and the refusal
of the injustices of gender, and of making women invisible or ranking them in feminist activism. ______________________________________________________________________________ RÉSUMÉ === Cette thèse part du besoin d’identifier les vestiges et les ruptures, de déconstruire des modèles et de comprendre les jeunes dans leurs singularités et spécificités, dénaturaliser des définitions qui préconçoivent leurs intérêts et objectifs de façon à contribuer au développement de politiques publiques plus larges dans le domaine de l’éducation dans son interface avec la jeunesse. Le parcours réalisé dans cette recherche a été tracé à partir du présupposé de la recherche qualitative
reconstructive, plus spécifiquement, de l’interprétation comme principe de la
Méthode Documentaire appliquée à l’analyse d’images. On a démontré que la jeunesse est un concept qui présente plusieurs perspectives imbriquées aux sens et
représentations sociaux à propos ‘d’être jeune’, qui reflètent, en théorie, une
mosaïque de concepts qui rendent invisibles et sans histoire ces sujets ou minimalisent les fonctions sociales que ces sujets occupent dans nos sociétés. Le concept de génération a aidé à comprendre la jeunesse dans la contemporanéité, dans le cas spécifique de cette recherche, les jeunes féministes. Si on part de la
conception de Mannheim de génération on constate plusieurs générations
identifiées le long du XX siècle, pour tracer la conception de génération internaute, composée de jeunes comme un premier groupe générationnel qui fait basculer le sens de contrôle et d’ordre du temps et change les façons d’interaction et de coexistence sociales. On a montré que le cyberactivisme et une nouvelle façon de construction de l’association de personnes et de groupes, issus de l’Internet et,
surtout juvénile, sont des caractéristiques du cyberféminisme. Des photos produites
par de jeunes femmes internautes et mises en albums virtuels dans le Blog Dialogoj
ont constitué le corpus de cette recherche et ont permis la reconstruction de visions
du monde de jeunes femmes féministes, leurs prises de positions et interprétations,
sens et significations, dans la période de 2007 et 2011. La recherche s’est orientée
selon les objectifs suivants : identifier les métaphores de la mise au point dans les récits visuels, tracer les sous-thèmes, les arguments, les défenses et les critiques présentes dans les publications d’images ; comprendre les espaces d’expériences conjonctives des jeunes féministes à partir de ces images ; reconstruire les orientations collectives des jeunes internautes. On a pu percevoir que les jeunes féministes, comme des productrices d’images, non seulement enregistraient leurs
expériences et les rendaient publiques comme une façon de faire partie du groupe, elles révélaient des positionnements et des interprétations. Les photos ont un récit, une discursivité intrinsèque, un mouvement constant comme une trame de sens,
pour divulguer les sens ou même faire développer d’autres interprétations. À partir du moment où on a libre accès aux albums virtuels il y a une circulation imagétique de significations qui peuvent potentialiser la participation ou encore devenir un nouvel outil de lecture des pratiques d’autres jeunes. On peut affirmer que les jeunes féministes défendent de façon radicale la justice de genre et le cyberféminisme comme stratégie d’intégration entre jeunes femmes brésiliennes qui s’intéressent au
féminisme. Finalement deux orientations collectives ont été reconstruites à partir des spécificités des expériences de ces jeunes : la participation comme principe de rapport entre générations dans le mouvement féministe et le refus des injustices de genre, le fait d’être invisible ou la hiérarchisation des femmes dans la militance féministe.
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