Summary: | Procura-se enfocar as territorialidades da juventude na comunidade quilombola Barra de Aroeira, a partir da identidade quilombola em interação com as transformações geográficas presentes no território. Busca-se compreender a identidade étnica vinculada ao território, analisar a relação da juventude na constituição da comunidade e interpretar a rede de itinerários dos jovens através das territorialidades. Par tal, seguimos pelos caminhos metodológicos através do levantamento bibliográfico, seguido das vivências geográficas com a observação participante, a história oral, as entrevistas semiestruturadas que foram gravadas e os registros fotográficos. Ainda lançamos mão da análise documental. Os jovens quilombolas vivem os dilemas entre permanecer na comunidade ou sair dela. O motor impulsor dos jovens que saem é a busca por outras oportunidades, principalmente no trabalho e também em poucos casos para continuação dos estudos. Entende-se que a categoria jovem faz parte de uma construção social e, portanto, é necessário se referir a juventudes no plural, uma vez que ela representa a diversidade de situações nas quais os jovens estão imersos, como: classes sociais, etnias, religião, gênero, geograficidade. Os jovens quilombolas de Barra de Aroeira vivem uma geograficidade voltada para o universo rural, com vínculo étnico ancorado no território. Os jovens quilombolas possuem desejos e sonhos, vivem as possibilidades que a realidade geográfica os impõe. Os conflitos inerentes entre diferentes gerações que fazem parte do cotidiano, onde para alguns os jovens estão distante e para outros eles estão sem oportunidades. Tem o processo histórico - que levou a redução territorial - a consequência no distanciamento das atividades agrícolas. Mesmo assim, todos os jovens quilombolas entrevistados se identificam como quilombolas e reconhecem a história da comunidade, com seus locais importantes e suas tradições. Entendemos que, apesar da presença do pensamento hegemônico colonial, cabe a juventude ressignificar os saberes repassados entre gerações e viver as potencialidades que o território permite. === It seeks to focus the territorialities of youth in the quilombola community Barra de Aroeira, based on the quilombola identity in interaction with the geographic transformations present in the territory. It seeks to understand the ethnic identity linked to the territory, to analyze the relation of the youth in the constitution of the community and to interpret the network of itineraries of the young people through the territorialities. For such, we followed the methodological paths through the bibliographical survey, followed by the geographical experiences with the participant observation, the oral history, the semistructured interviews that were recorded and the photographic records. We still use documentary analysis. Young quilombolas live the dilemmas between staying in or leaving the community. The driving force of young people leaving is the search for other opportunities, especially at work and also in a few cases to continue their studies. It is understood that the young category is part of a social construction and therefore it is necessary to refer to youth in the plural, since it represents the diversity of situations in which young people are immersed, such as: social classes, ethnicities, religion, Gender, geography. The young quilombolas of Barra de Aroeira live a geography geared towards the rural universe, with an ethnic bond anchored in the territory. The young quilombolas have desires and dreams, live the possibilities that the geographical reality imposes them. The inherent conflicts between different generations are part of daily life, where for some young people are distant and for others they are without opportunities. There is the historical process - which led to territorial reduction - the consequence of the distancing of agricultural activities. Even so, all the young quilombolas interviewed identify themselves as quilombolas and recognize the history of the community, with its important places and its traditions. We understand that, despite the presence of colonial hegemonic thinking, it is up to the youth to re-signify the knowledge handed down between generations and to live the potential that the territory allows.
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