EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === In The Bounds of Sense, Strawson presents what he considers a major Kantian contribution to the analytic philosophy. This contribution corresponds to Kant‟s attempt to establish the general possible limits to the experience and therefor...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Nunes, Cristina de Moraes
Other Authors: Gallina, Albertinho Luiz
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsm.br/handle/1/9098
id ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsm.br-1-9098
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Experiência
Particulares
Esquema conceitual
Kant
Strawson
Experience
Particulars
Conceptual scheme
Kant
Strawson
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
spellingShingle Experiência
Particulares
Esquema conceitual
Kant
Strawson
Experience
Particulars
Conceptual scheme
Kant
Strawson
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Nunes, Cristina de Moraes
EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
description Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === In The Bounds of Sense, Strawson presents what he considers a major Kantian contribution to the analytic philosophy. This contribution corresponds to Kant‟s attempt to establish the general possible limits to the experience and therefore also to limit our use of concepts. According to the principle of significance, the limits of experience are limits to the significant use of concepts. In Individuals, Strawson develops the metaphysical project and takes into account many of the positive aspects found in Kant‟s theory, as it is the case of the empiricist principle of significance. In this metaphysical project, Strawson is interested in clarifying our thinking about the world this is made possible by the use of a single conceptual scheme. In the conceptual scheme the concepts are interconnected and these are the concepts that allow us to access things in the world. In his ontology a necessary condition for maintaining the conceptual scheme is the undisputed acceptance of the continued existence of some objects, Thus, Strawson is faced with the skeptic who doubts the continued existence of material bodies. The transcendental argument used in Individuals to show that skeptical doubt is incoherent he received criticism such as Barry Stroud. For Stroud the transcendental argument implies certain verificationism to assert the continued existence of particulars, but to accept the verificationism is to refute directly the skeptic, so that the transcendental argument becomes insufficient to refute skepticism. In Skepticism and Naturalism, Strawson accepts Stroud‟s criticism and he found in naturalism a way not to refute the skeptic, but just leave it aside, as it is natural to believe in the existence of material bodies and people. By embracing naturalism, Strawson gets closer of the realistic. He believes we can know things directly as they really are. This is possible because our sense perception is always permeated by concepts, so that, our sensitive knowledge is always conceptual. The concepts are learned in their practice of using, by observing the behavior of other users. Wherefore, when Strawson approaches Wittgenstein he gives a step ahead of Kant and he states that the concepts limit what we can know. Therefore, the basic features for a consistent conception of experience are agency and society and the limits to our knowledge are always set by the language. === Em The Bounds of Sense, Strawson apresenta o que considera como a grande contribuição kantiana para a filosofia analítica. Essa contribuição corresponde à tentativa de Kant em estabelecer os limites gerais possíveis para a experiência e, consequentemente, limitar também o uso que fazemos dos conceitos. De acordo com o princípio da significatividade, os limites da experiência são os limites para o uso significativo dos conceitos. Nos Individuals, Strawson desenvolve o projeto metafísico e leva em consideração muitos dos aspectos positivos encontrados na teoria de Kant, como é o caso do princípio empirista da significatividade. Neste projeto metafísico, Strawson tem o interesse de elucidar o nosso pensamento sobre o mundo, o que se torna possível pelo uso de um esquema conceitual único. No esquema conceitual, os conceitos encontram-se interligados entre si e são esses conceitos que nos possibilitam ter acesso às coisas no mundo. Na sua ontologia, uma condição necessária para a manutenção do esquema conceitual é a aceitação incontestável da existência contínua de alguns objetos. Com isso, Strawson depara-se com o cético que põe em dúvida a existência contínua dos corpos materiais. O argumento transcendental utilizado nos Individuals, para mostrar que a dúvida cética é incoerente, recebeu críticas tais como a de Barry Stroud. Para Stroud, o argumento transcendental implica certo verificacionismo para afirmar a existência contínua dos particulares, mas aceitar o verificacionismo já é refutar diretamente o cético, de modo que o argumento transcendental torna-se insuficiente para refutar o ceticismo. Em Ceticismo e Naturalismo, Strawson aceita a crítica de Stroud e encontra, no naturalismo, uma maneira de não refutar o cético, mas simplesmente deixá-lo de lado, já que é natural crer na existência dos corpos materiais e das pessoas. Ao adotar o naturalismo, Strawson aproxima-se ainda mais dos realistas. Ele considera que podemos conhecer as coisas diretamente como elas realmente são. Isso torna-se possível porque a nossa percepção sensível é sempre permeada por conceitos, de modo que o nosso conhecimento sensível é sempre conceitual. Os conceitos são apreendidos na sua prática de uso, através da observação do comportamento dos demais usuários. Desse modo, ao se aproximar de Wittgenstein, Strawson dá um passo a frente de Kant e afirma que os conceitos limitam aquilo que podemos conhecer. Assim, os traços fundamentais para uma concepção coerente de experiência são agência e sociedade, sendo que os limites para o nosso conhecimento são sempre estabelecidos pela linguagem.
author2 Gallina, Albertinho Luiz
author_facet Gallina, Albertinho Luiz
Nunes, Cristina de Moraes
author Nunes, Cristina de Moraes
author_sort Nunes, Cristina de Moraes
title EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
title_short EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
title_full EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
title_fullStr EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
title_full_unstemmed EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON
title_sort experiência e esquema conceitual em strawson
publisher Universidade Federal de Santa Maria
publishDate 2012
url http://repositorio.ufsm.br/handle/1/9098
work_keys_str_mv AT nunescristinademoraes experienciaeesquemaconceitualemstrawson
AT nunescristinademoraes experienceandconceptualschemeofstrawson
_version_ 1718643788071567360
spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsm.br-1-90982018-05-23T17:09:53Z EXPERIÊNCIA E ESQUEMA CONCEITUAL EM STRAWSON EXPERIENCE AND CONCEPTUAL SCHEME OF STRAWSON Nunes, Cristina de Moraes Gallina, Albertinho Luiz Techio, Jônadas Sartori, Carlos Augusto Experiência Particulares Esquema conceitual Kant Strawson Experience Particulars Conceptual scheme Kant Strawson CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior In The Bounds of Sense, Strawson presents what he considers a major Kantian contribution to the analytic philosophy. This contribution corresponds to Kant‟s attempt to establish the general possible limits to the experience and therefore also to limit our use of concepts. According to the principle of significance, the limits of experience are limits to the significant use of concepts. In Individuals, Strawson develops the metaphysical project and takes into account many of the positive aspects found in Kant‟s theory, as it is the case of the empiricist principle of significance. In this metaphysical project, Strawson is interested in clarifying our thinking about the world this is made possible by the use of a single conceptual scheme. In the conceptual scheme the concepts are interconnected and these are the concepts that allow us to access things in the world. In his ontology a necessary condition for maintaining the conceptual scheme is the undisputed acceptance of the continued existence of some objects, Thus, Strawson is faced with the skeptic who doubts the continued existence of material bodies. The transcendental argument used in Individuals to show that skeptical doubt is incoherent he received criticism such as Barry Stroud. For Stroud the transcendental argument implies certain verificationism to assert the continued existence of particulars, but to accept the verificationism is to refute directly the skeptic, so that the transcendental argument becomes insufficient to refute skepticism. In Skepticism and Naturalism, Strawson accepts Stroud‟s criticism and he found in naturalism a way not to refute the skeptic, but just leave it aside, as it is natural to believe in the existence of material bodies and people. By embracing naturalism, Strawson gets closer of the realistic. He believes we can know things directly as they really are. This is possible because our sense perception is always permeated by concepts, so that, our sensitive knowledge is always conceptual. The concepts are learned in their practice of using, by observing the behavior of other users. Wherefore, when Strawson approaches Wittgenstein he gives a step ahead of Kant and he states that the concepts limit what we can know. Therefore, the basic features for a consistent conception of experience are agency and society and the limits to our knowledge are always set by the language. Em The Bounds of Sense, Strawson apresenta o que considera como a grande contribuição kantiana para a filosofia analítica. Essa contribuição corresponde à tentativa de Kant em estabelecer os limites gerais possíveis para a experiência e, consequentemente, limitar também o uso que fazemos dos conceitos. De acordo com o princípio da significatividade, os limites da experiência são os limites para o uso significativo dos conceitos. Nos Individuals, Strawson desenvolve o projeto metafísico e leva em consideração muitos dos aspectos positivos encontrados na teoria de Kant, como é o caso do princípio empirista da significatividade. Neste projeto metafísico, Strawson tem o interesse de elucidar o nosso pensamento sobre o mundo, o que se torna possível pelo uso de um esquema conceitual único. No esquema conceitual, os conceitos encontram-se interligados entre si e são esses conceitos que nos possibilitam ter acesso às coisas no mundo. Na sua ontologia, uma condição necessária para a manutenção do esquema conceitual é a aceitação incontestável da existência contínua de alguns objetos. Com isso, Strawson depara-se com o cético que põe em dúvida a existência contínua dos corpos materiais. O argumento transcendental utilizado nos Individuals, para mostrar que a dúvida cética é incoerente, recebeu críticas tais como a de Barry Stroud. Para Stroud, o argumento transcendental implica certo verificacionismo para afirmar a existência contínua dos particulares, mas aceitar o verificacionismo já é refutar diretamente o cético, de modo que o argumento transcendental torna-se insuficiente para refutar o ceticismo. Em Ceticismo e Naturalismo, Strawson aceita a crítica de Stroud e encontra, no naturalismo, uma maneira de não refutar o cético, mas simplesmente deixá-lo de lado, já que é natural crer na existência dos corpos materiais e das pessoas. Ao adotar o naturalismo, Strawson aproxima-se ainda mais dos realistas. Ele considera que podemos conhecer as coisas diretamente como elas realmente são. Isso torna-se possível porque a nossa percepção sensível é sempre permeada por conceitos, de modo que o nosso conhecimento sensível é sempre conceitual. Os conceitos são apreendidos na sua prática de uso, através da observação do comportamento dos demais usuários. Desse modo, ao se aproximar de Wittgenstein, Strawson dá um passo a frente de Kant e afirma que os conceitos limitam aquilo que podemos conhecer. Assim, os traços fundamentais para uma concepção coerente de experiência são agência e sociedade, sendo que os limites para o nosso conhecimento são sempre estabelecidos pela linguagem. 2012-02-15 2012-02-15 2011-08-26 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis NUNES, Cristina de Moraes. EXPERIENCE AND CONCEPTUAL SCHEME OF STRAWSON. 2011. 100 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2011. http://repositorio.ufsm.br/handle/1/9098 por 700100000004 400 500 500 300 300 6dd1762b-d15e-4dab-bf93-1ae6494c41bf 4402ac49-8bbd-4440-963f-e5a4b8e50af8 2d7288dd-7951-46e0-aead-61aaa525686a 420dd786-5b10-4117-a3b4-a2cabe1b2830 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal de Santa Maria Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFSM BR Filosofia reponame:Repositório Institucional da UFSM instname:Universidade Federal de Santa Maria instacron:UFSM