Summary: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === The unsustainability of the economic development model gained importance with the publication of the Club of Rome report published in 1972, where adversities produced by a process of development based on the exploitation of natural and human resources are criticized. This context, Agroecology comes out as a proposal that involves scientific knowledge based on agricultural practices which ensure the preservation of the environment, reasonable social and economical relations. Respect to the peculiarities of each agroecosystem is ensured as well. The difficulty of measuring sustainable development models is the search for wide and complex data therefore they have to be measured considering quantitative and qualitative aspects. The objective of this study is to present a proposal for the evaluation of the main influences generated by agroecological practices with agorecological guidance in agroecosystems. The systemic method was used as methodological orientation. Based on literature and interviews with experts, the main dimensions, elements and attributes that show in a practical way the main influences of agroecological practices in agroecosystems were selected. The final systematization of the main dimensions, elements and attributes pointed to sociocultural dimension as the most important one, since the agroecological process must be mediated and evaluated by it. This understanding is based on the idea that a rural development with agorecological guidance would only be possible with changes in social attitudes. However, the sociocultural and the other dimensions must be seen in an integrated way, since social attitudes have changed and economic contributions ensure a just income to farmers and an institutional support of public institutions and policies that provide the viability of agroecological practices. === A insustentabilidade do modelo de desenvolvimento economicista ganha destaque com a publicação do relatório do Clube de Roma em 1972, tecidas críticas que chamam a atenção para as adversidades produzidas por um processo de desenvolvimento pautado na exploração demasiada dos recursos naturais e humanos. Neste contexto a Agroecologia surge como proposta que agrega um conjunto de conhecimentos científicos, com base em práticas agrícolas que zelam pela preservação do ambiente, relações sociais e econômicas justas, e pelo respeito às peculiaridades de cada agroecossistema. A dificuldade de mensuração de modelos sustentáveis de desenvolvimento consiste na apreensão de dados de natureza ampla e complexa, portanto, que não podem ser mensurados apenas de forma quantitativa, e que devem contemplar aspectos qualitativos. O objetivo central do trabalho consiste em apresentar uma proposta de avaliação das principais influências geradas por práticas com orientação agroecológica em agroecossistemas. Como orientação metodológica foi adotado o método sistêmico, e com base na revisão de literatura e na entrevista com especialistas, foram selecionadas as principais dimensões, elementos e atributos que podem mostrar de forma prática as principais influências de práticas agroecológicas em agroecossistemas. A sistematização final das principais dimensões, elementos e atributos apontou a dimensão sociocultural como a mais importante, não que as demais sejam menos relevantes, mas que é a partir dessa dimensão que deve ser avaliado e mediado o processo agroecológico. Este entendimento parte da idéia que somente com uma mudança nas posturas sociais seria possível um desenvolvimento rural com orientação agroecológica. No entanto, a dimensão sociocultural e as demais dimensões devem ser observadas de forma integrada, pois as posturas sociais mudaram conforme um aporte econômico que garanta uma renda justa ao agricultor e o apoio institucional de entidades e políticas públicas que propiciem a viabilidade de práticas agroecológicas.
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