SIGNIFICADOS E SENTIDOS DO SER-JOVEM-QUE-VIVENCIA-A TERAPIA-ANTIRETROVIAL-PARA-O-HIV: CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA O CUIDADO EM SAÚDE

Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul === The aim of this study was to uncover the experiences of young people who lives the HIV antiretroviral therapy. This is a phenomenological research. Data collection was made through phenomenological interviews from March to June 2015, a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, érika Eberlline Pacheco dos
Other Authors: Padoin, Stela Maris de Mello
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2016
Subjects:
HIV
Online Access:http://repositorio.ufsm.br/handle/1/7474
Description
Summary:Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul === The aim of this study was to uncover the experiences of young people who lives the HIV antiretroviral therapy. This is a phenomenological research. Data collection was made through phenomenological interviews from March to June 2015, after the approval of the Ethics Committee of the Federal University of Santa Maria. Participants were 10 young people aged 15 to 24 years, doing treatment with antiretrovirals in an Adult and Pediatric Clinic of Infectious Diseases. Young people who had some cognitive and mental limitation and those who did not know the HIV diagnosis were excluded. The number of young people participating in the study was not previous determined. In phenomenology the criteria that determines the end of interviews is the convergence and sufficiency of meanings expressed in the statements, enabling the uncover of the phenomenon. Analysis was made based on the theoretical-philosophical and methodological Heideggerian framework, uncovering by the vague and median the understanding of young women living with HIV antiretroviral therapy means that discover the diagnosis was the worst, a shock, isolated. They accepted what happened and then have to overcome; start the drugs was another shock. Taking medicines is complicated, but they have to take it to get well and take care of each other. They have strategies with the help of others and know the treatment; they are afraid to tell the diagnosis to others and also to die, they have had experiences in the family or in society that occurred due to illness. Take medications becomes a normal thing, turning life different; they have life expectantly to do what they like and plan the future. In the interpretative analysis, the meanings that emerged were the factuality, which reflects the events and the discovery of the disease which the young person is released without any modification possibilities. The occupation, which is the fulfillment of the medicine, in which the young is concerned to maintain health and keep your life. The talking, as young people repeat what they hear about the use of medications. Many times the young man makes use of the drug thinking of his son, girlfriend, revealing the care of another. The fear, afraid to tell their diagnosis, as it may suffer prejudice. Also fear death, because of the life risk is a possibility that is configured as a threat. They uncover the fear in structural dread moment, something familiar that has not happened yet, but that could happen. The possibility of being in the world was announced possible by having a life with expectations. The findings of this study indicate the needs of a healthcare that values the uniqueness of young people living with HIV, in coexistence with family and friends, expressed by the care for another daily, and being-in-the-world-with-other. Thus, want to do what they love and plan the future. === O objetivo foi desvelar os sentidos do jovem que vivencia a terapia antirretroviral para o HIV. Investigação qualitativa, fenomenológica. A produção dos dados ocorreu por meio da entrevista fenomenológica no período de março a junho de 2015, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob CAAE 39430314.5.0000.5346. Os participantes dessa investigação foram 10 jovens de 15 à 24 anos em tratamento com antirretrovirais em um Ambulatório de Doenças Infecciosas Adulto e Pediátrico. Foram excluídos os jovens que apresentaram alguma limitação cognitiva e mental e os que não sabiam do diagnóstico do HIV. O número de jovens que participaram do estudo não foi determinado, pois em fenomenologia o critério que expressa o encerramento das entrevistas é a convergência e suficiência dos significados expressos nos depoimentos, possibilitando o desvelamento do fenômeno. Foi desenvolvida analise fundamentada no referencial teórico-filosófico-metodológico Heideggeriano, desvelando na compreensão vaga e mediana do jovem que vive com HIV a TARV significa que descobrirem o diagnóstico foi a pior fase, um choque, se isolaram. Depois aceitaram que aconteceu e então tem que superar; iniciarem os medicamentos foi outro choque. Tomar os remédios é complicado, mas tem que tomar, para ficarem bem e cuidarem do outro. Para isso contam com estratégias, com a ajuda de outras pessoas e se interam do tratamento; têm medo de contar do diagnóstico para as outras pessoas e também de morrer, uma vez que, já tiveram experiências na família ou na sociedade que ocorreram devido a doença. Tomar os medicamentos passa a ser algo normal, tornando a vida diferente; ter vida com expectativa para fazerem o que gostam e planejarem o futuro. Na análise interpretativa, os sentidos que emergiram foram a facticidade, que reflete nos acontecimentos e na descoberta da doença a qual o jovem está lançado e sem possibilidades de modificações. A ocupação, que é o cumprimento do tomar o medicamento, em que o jovem se ocupa para manter a saúde e continuar sua vida. O falatório, pois os jovens repetem aquilo que ouvem acerca do uso das medicações. Por muitas vezes o jovem faz uso do medicamento pensando em seu filho, namorada, desvelando o cuidar do outro. O temor, tem medo de contar o seu diagnóstico, visto que pode vir a sofrer preconceito. Também teme a morte, pois o risco de vida é uma possibilidade que se configura como a ameaça. Desvela o medo no momento estrutural do pavor, de algo familiar que ainda não aconteceu, mas que pode vir a acontecer. E o poder ser no mundo foi anunciado pela possibilita de ter uma vida com expectativas. Os achados deste estudo apontam a necessidade de realizar um cuidado em saúde que valorize as singularidades dos jovens vivendo com HIV, que na convivência com seus familiares e amigos, manifestou a relação de cuidar do outro cotidianamente, sendo ser-no-mundo-com-os-outros. Assim, pretende fazer o que gosta e planejar o futuro.