Summary: | The present dissertation, Evaluation as a pedagogical device: discursive captures signified in the context of deaf education , aims at focusing on evaluation issues in
the field of deaf education. In this sense, there has been an attempt to problematize some discursive regularities in narratives produced by deaf teachers that are daily
involved in pedagogical practices in deaf schools, i.e. discourses that work as strategies to both discipline and regulate the conduct of deaf students and teachers.
From an analysis of relationships between power, knowledge and truth, this work has attempted to understand the strategic productivity organized and established in
a current discourse - that of evaluation in the deaf education context - which leads us to see and say particular forms, taken as natural and true, of an object that does not transcend history, rather, that both establishes itself and is fabricated in it. In order to
do so, a set of tools extracted from the field of Cultural Studies in Education have been used, mainly those that are closer to a post-structuralist perspective; among
them, are Foucauldian notions of power, normalization and discourse. This work has also approached evaluation in the school as a historical, cultural invention that, in
turn, also invents others, denominated deaf subjects. Evaluation has been problematized through the perspective of discipline, and discussed as a practice that
operates by means of power mechanisms and disciplinary strategies to produce the student subject. This research has thought about evaluation from the experiences of
deaf difference, drawing attention to the problematization of the so-called Pedagogy of Difference, as Pedagogy is a knowledge/power field that paralyzes, captures, names
difference. As it is impossible to think about evaluation within a perspective that is incompatible with differences, it has been here signified through what might be called experiences of difference , also considering knowledge/power relations that impregnate those practices in the art of evaluating . === A presente dissertação, A avaliação como dispositivo pedagógico: capturas discursivas significadas no contexto da educação de surdos , pretende focalizar as questões da avaliação no campo da educação de surdos. Nesse sentido, procurou-se problematizar algumas regularidades discursivas produzidas pelas narrativas de professores surdos envolvidos em práticas pedagógicas no cotidiano de escolas de
surdos, ou seja, discursos que funcionam como estratégias de disciplinamento e regulação das condutas de alunos e professores surdos. O investimento deste trabalho é, a partir de uma análise das relações entre poder, saber e verdade,
entender a produtividade estratégica organizada e estabelecida de um discurso atual, no caso, o da avaliação no contexto da educação de surdos, que nos leva a ver e dizer
formas particulares, tornadas como naturais e verdadeiras, sobre um objeto que não transcende a história, e sim que nela se estabelece e é fabricado. Para esse empreendimento, utilizou-se um conjunto de ferramentas extraídas do campo dos Estudos Culturais em Educação, principalmente aquelas que estão próximas de uma perspectiva pós-estruturalista; entre elas, as noções foucaultianas de poder, normalização e discurso. O trabalho procurou contemplar a avaliação no contexto da escola como uma invenção histórico-cultural que, por sua vez, também inventa esses outros chamados sujeitos surdos. Problematizou-se a avaliação pelo viés do disciplinamento, discutindo-a como uma prática que opera através de mecanismos de poder e estratégias disciplinares para produzir o sujeito aluno. O trabalho também se propôs a pensar a avaliação a partir das experiências da diferença surda, atentando para a problematização da chamada Pedagogia da Diferença, na medida em que a Pedagogia é um campo de saber/poder que engessa, captura, nomeia a
diferença. Diante da impossibilidade de se pensar a avaliação dentro de uma perspectiva que é incompatível com as diferenças, trata-se de significá-la pelo viés do que se pode chamar de experiências da diferença , sem deixar de considerar as relações de saber/poder que impregnam essas práticas na arte de avaliar .
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