Summary: | This study aimed at analyzing and comparing the phonological changes that occur in the different degrees of
phonological disorder severity in individuaIs treated with the Modified Maximum Opposition Model (Bagetti,Mota & Keske-Soares, in press) as well as verifYingthe way of approaching the distinctive features in the target
sounds (contrast or reinforcement) which lead to major phonological changes. The phonological disorder (PD)
diagnosis was carried out by means of phonological and complementary assessments. The subjects' speech data
were analyzed through the performance of the Child's Phonological Assessment (CPA) proposed by Yavas,
Hemandorena & Lamprecht (1991). After the phonological assessment, the percentage of correct consonants
(PCC) proposed by Shriberg & Kwiatkowski (1982) was calculated and the subjects were then classified in the
degrees of severity of the phonological disorder: severe (SD), moderate-severe (MSD), mild-moderate (MMD) and mild disorder (MD). The studied group was composed by seven subjects, four males and three females aged from 3:10 to 6:9. For the treatment, the Modified Maximum Opposition Model (Bagetti, Mota & Keske-Soares, in press), which is based on the Maximum Opposition Model (Gierut, 1992), wasused. After 20 therapeutic sessions, the CPA was performed again, the PCC was calculated and the phonological changes referent to the PCC were analyzed, as well as the number of sounds acquired during the therapy and generalizations (to items not used in the treatment, to another position of the word, within a class of sounds and to other classes of sounds). The phonological changes were analyzed before and after the treatment, considering and not considering the way ofpresenting the stimulus (contrast or reinforcement). It was analyzed whether there was a statistically significant difference (Wilcoxon Non-Parametric Test, p<0.05). A comparison of the phonological
changes among the different degrees of severity of the PD was performed considering and not considering the form of presenting the stimulus. After, the phonological changes within each degree of PD severity were analyzed, one subject treated by contrast approach and the other by reinforcement approach. The phonological changes among the groups treated by both approaches were also analyzed, as well as whether there was a statistically significant difference among them (Kruskal-Wallis Test, p<0.05). It was verified that in the total group there was a statistically significant increasing of the PCC (p<0.0 17), of the number of acquired phonemes (p<O.O17) and of the generalizations to items not used during the treatment (p=O.OO5), to another position of the word, (p=O.OO7), within a class of sounds (p=O.OO6)and to other classes of sounds (p=O.OOO9) after therapy. The group of subjects treated by the contrast approach showed an increase in the PCC and in the number of the phonemes acquired, but such increment was not statistically significant (p=O.067). They presented a statistically significant evolution in relation to the generalizations to items not used in the treatment (p=0.027), to another position ofthe word (p=O.042),within a class ofsounds (p=O.OI7)and to other classes ofsounds (p=O.017).The major phonological changes in the different degrees of phonological disorder severity without considering the form of presenting the stimulus and the subjects treated by the contrast approach occurred in the groups with intermediate phonological disorder severity (MSD and MMD) when compared to the group with a more severe (SD) or less severe (MD) degree. Among the subjects with different degrees of PD severity treated by the reinforcement approach, the major phonological changes were observed in the subject with SD followed by the
MMD and the MD. In the comparative analysis within each degree, it was verified that in the severe and medium
degrees, the subjects treated by the reinforcement approach presented the major phonological changes and in the medium-moderate degree and the subject treated by the contrast approach presented the major changes. In
relation to the comparative analysis between the total group treated by both approaches, it was observed that
both groups presented changes in their phonological systems and there was no statistically significant difference between them. === Este estudo teve como objetivo analisar e comparar as mudanças fonológicas ocorridas nos diferentes graus de
severidade do desvio fonológico em sujeitos tratados pelo modelo de Oposições Máximas Modificado (Bagetti, Mota & Keske-Soares, no prelo) e verificar a maneira de abordagem dos .traços distintivos nos sons-alvo ("contraste" ou "reforço") que conduz a maiores mudanças fonológicas. O diagnóstico de desvio fonológico (DF) foi realizado através de avaliações fonoaudiológicas e complementares. Os dados da fala dos sujeitos foram analisados por meio da aplicação da Avaliação Fonológica da Criança (AFC) proposta por Yavas, Hemandorena & Lamprecht (1991). Após a realização da avaliação fonológica, foi calculado o percentual de consoantes
corretas (PCC) proposto por Shriberg & Kwiatkowski (1982) e os sujeitos foram classificados nos graus de severidade do desvio fonológico: desvio severo (DS), moderado-severo (DMS), médio-moderado (DMM) e médio (DM). O grupo pesquisado foi constituído por sete sujeitos, quatro do sexo masculino e três do feminino (idades entre 3:10 e 6:9). Foi utilizado para o tratamento o Modelo de Oposições Máximas Modificado (Bagetti, Mota & Keske-Soares, no prelo), baseado no Modelo de Oposições Máximas (Gierut, 1992). Após 20 sessões terapêuticas, aplicou-se novamente a AFC, foi calculado o PCC e analisadas as mudanças fonológicas, referentes ao PCC, número de fonemas adquiridos com a terapia e generalizações (a itens não utilizados no tratamento,
para outra posição da palavra, dentro de uma classe de sons e para outras classes de sons). Foram analisadas as
mudanças fonológicas, pré e pós-tratamento, sem considerar a forma de apresentação do estímulo e considerando-se a forma de apresentação do estímulo ("contraste" e "reforço") e analisado se houve diferença estatisticamente significante (Teste Não Paramétrico Wilcoxon, p<0,05). Foi realizada uma comparação das mudanças fonológicas entre os diferentes graus de severidade do DF sem considerar a forma de apresentação do estímulo e considerando-se a forma de apresentação do mesmo. Em seguida, foram analisadas as mudanças fonológicas dentro de cada grau de severidade do DF, sendo um sujeito tratado pelo "contraste" e outro pelo
"reforço". Também foram analisadas as mudanças fonológicas entre o grupo de sujeitos tratados pelo "contraste" e o grupo tratado pelo 'reforço', e observado se houve diferença estatisticamente significante (Teste Kruskal-Wallis, p<0,05) entre eles. Verificou-se que, no grupo total de sujeitos, houve um aumento estatisticamente significante do PCC (p<0,0 17), do número de sons adquiridos (p<0,0 17) e das generalizações a itens não utilizados no tratamento (p=0,005), para outra posição da palavra (p=0,007), dentro de uma classe de sons
(p=0,006) e para outras classes de sons (p=0,0009) após a terapia. O grupo de sujeitos, com diferentes graus de
severidade do DF, tratados pelo "contraste", apresentou um aumento no PCC e no número de sons adquiridos, mas este aumento não foi estatisticamente significante (p=0,067). Apresentaram evolução estatisticamente significante em relação às generalizações a itens não utilizados no tratamento (p=0,027), para outra posição da palavra (p=0,042), dentro de uma classe de sons (p=0,017) e para outras classes de sons (p=0,017). O grupo de sujeitos com diferentes graus de severidade do desvio fonológico tratados pelo "reforço" apresentou evolução, mas esta não foi estatisticamente significante em relação ao PCC (p=0,108), número de sons adquiridos (p=O,108) e generalizações a itens não utilizados no tratamento (p=0,67), para outra posição da palavra (p=0,67), dentro de uma classe de sons (p=0,126). Este grupo também apresentou evolução em relação à generalização para outras classes de sons, e esta evolução foi estatisticamente significante (p=0,017). As maiores mudanças fonológicas nos diferentes graus de severidade do desvio fonológico, sem considerar a forma de apresentação do
estímulo, como também nos sujeitos tratados pelo "contraste", ocorreram nos grupos com desvios fonológicos com graus de severidade intermediários (DMS e DMM), quando comparados ao grupo com grau de severidade
mais acentuado (DS) ou menos acentuado (DM). Nos sujeitos tratados pelo "reforço" com diferentes graus de severidade do DF, as maiores mudanças fonológicas foram observadas no sujeito com DS, seguido do sujeito com DMM e DM. Na análise comparativa dentro de cada grau, verificou-se que, nos graus severo e médio, os sujeitos tratados pelo "reforço" apresentaram maiores mudanças fonológicas, e no grau médio-moderado o sujeito tratado pelo "contraste" apresentou maior mudança fonológica. Quanto à análise comparativa entre o
grupo total de sujeitos tratados pelo "contraste" e o grupo tratado pelo "reforço", verificou-se que ambos os grupos apresentaram mudanças em seus sistemas fonológicos e não houve diferença estatisticamente significante entre eles.
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