DESENVOLVIMENTO DA PERIODONTITE APICAL EM RATOS SADIOS E COM DIABETES TIPO 2: EFEITO DO TRATAMENTO COM METFORMINA
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Diabetes is classified as a metabolic disorder, since its establishment promotes several systemic and oral changes. One of the causes of these alterations is the excess of reactive oxygen species (ROS) presents in the diabetic patient t...
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Universidade Federal de Santa Maria
2015
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Endodontia Lesão periapical Hipoglicemiantes Endodontics Periapical lesion Hypoglycemics CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA Machado, Camilla dos Santos Tibúrcio DESENVOLVIMENTO DA PERIODONTITE APICAL EM RATOS SADIOS E COM DIABETES TIPO 2: EFEITO DO TRATAMENTO COM METFORMINA |
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Diabetes is classified as a metabolic disorder, since its establishment promotes several systemic and oral changes. One of the causes of these alterations is the excess of reactive oxygen species (ROS) presents in the diabetic patient tissues, leading to oxidative stress increase. Metformin, the anti-hyperglycemic more used in the type-2 diabetics treatment, is a ROS scavenger. Furthermore, recent studies have shown a bone repair increase attributed to the drug. However, there are not reports searching the relationship between metformin and apical bone repair in the type-2 diabetes individuals. Therefore, the aim of this study was evaluate the treatment effect with metformin on the development of apical periodontitis (AP) in healthy and type-2 diabetes rats. Addicionally, biochemical parameters related to metabolic disorder were evaluated in order to complement the pharmacological study. For this purpose, forty eight Wistar rats were fed either with a standard diet (SD) or high fat, low protein, moderate carbohydrate diet (HFLPMC). Rats in each diet were divided into three subgroups: i) saline (daily/four wk); ii) metformin (500mg/kg, daily/two wk); iii) metformin (500mg/kg, daily/four wk). At the sixth experimental week, the pulp chambers of first mandibular molars were exposed in order to permit the AP development. Glucose tolerance test was performed in the week before euthanasia. At the tenth experimental week, the animals were euthanized and it was collected the fallowing structures: liver, abdominal adipose tissue, interscapular brown adipose tissue and mandible. Also, it was collected blood to determine levels of plasma insulin, total and HDL cholesterol. Catalase and reduced glutathione (GSH) were measured and the size of apical periodontitis was estimated from radiographs of the mandible. After 30 minutes of sucrose administration, the rats fed with HFLPMC diet presented greater blood glucose levels than the ones fed with SD. However, the metformin administration did not affect this concentration. Moreover, plasma insulin levels were higher in the HFLPMC+Saline group than in the SD+Saline group. Catalase levels in the HFLPMC+Saline group were significantly lower than SD+Saline group (p = 0,0267) and metformin increased these levels in the animals fed with HFLPMC diet. It was observed a similar behavior with GSH levels. In the radiographic analysis, treatment with metformin did not affect the AP size. Therefore, based on the results, we suggest that metformin has not a positive effect over the bone metabolism. === O diabetes é reconhecido por ser uma desordem metabólica, pois seu estabelecimento promove uma série de alterações no funcionamento do organismo como um todo, repercutindo inclusive, na cavidade oral. Uma das principais causas destas alterações é a quantidade excessiva de espécies reativas de oxigênio (ROS) que está presente no organismo do paciente com diabetes, levando a um aumento do estresse oxidativo. A metformina, o anti-hiperglicemiante mais utilizado para o tratamento do diabetes tipo 2, também possui a propriedade sequestradora de ROS. Adicionalmente, estudos recentes têm mostrado um maior reparo ósseo associado ao tratamento com o fármaco. No entanto, não existem dados disponíveis na literatura informando se a metformina é capaz de alterar o desenvolvimento das periodontites apicais (PA) em ratos com diabetes tipo 2. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi determinar se a metformina tem a capacidade de prevenir ou interferir no desenvolvimento das PA em ratos sadios e com diabetes tipo 2. Além disso, parâmetros bioquímicos relacionados com desordem metabólica foram avaliados a fim de complementar o estudo farmacológico. Para tal, quarenta e oito ratos Wistar foram utilizados. O modelo de diabetes tipo 2 foi alcançado submetendo vinte quatro animais à ingestão de uma dieta especial [High Fat, Low Protein, Moderate Carbohydrate (HFLPMC)] por 70 dias. Os animais sadios receberam uma dieta padrão [standard diet (SD)] durante todo o período experimental. Dentro de cada dieta, os ratos foram divididos conforme os protocolos de tratamento medicamentoso a seguir: i) solução salina (diarimente/quatro semanas); ii) metformina (500mg/kg, diariamente/duas semanas); iii) metformina (500mg/kg, diariamente/quatro semanas). A abertura da câmara pulpar para propiciar o desenvolvimento das PA foi realizada na sexta semana do experimento e uma semana antes da eutanásia os animais foram submetidos ao teste oral de tolerância à glicose. Após dez semanas do início do experimento, os animais foram eutanasiados e as seguintes estruturas foram coletadas e pesadas: fígado, tecido adiposo abdominal e marrom. A mandíbula foi removida e dissecada e radiografias periapicais foram obtidas para mensurar o tamanho da PA. Adicionalmente, amostras de sangue foram retiradas para posterior determinação do colesterol total e HDL e insulina plasmática. Os níveis de catalase e glutationa reduzida (GSH) foram mensurados a fim de determinar o estresse oxidativo no fígado. Os níveis de glicose sanguínea após 30 minutos de administração de sacarose foram maiores no grupo HFLPMC+Salina que no grupo SD+Salina, porém a metformina não teve efeito sobre este parâmetro. Os animais submetidos à ingestão da dieta HFLPMC e salina apresentaram concentrações superiores de insulina plasmática e níveis significativamente inferiores de catalase (p = 0,0267) que os animais do grupo SD+Salina. Um comportamento similar à catalase foi observado nos níveis de GSH e a metformina aumentou a concentração de ambos nos animais alimentados com a dieta HFLPMC. O tratamento com metformina não afetou o tamanho da PA. Portanto, com base nos nossos resultados, sugere-se que a droga não tem efeito positivo sobre o metabolismo ósseo. |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsm.br-1-61422018-05-23T17:07:10Z DESENVOLVIMENTO DA PERIODONTITE APICAL EM RATOS SADIOS E COM DIABETES TIPO 2: EFEITO DO TRATAMENTO COM METFORMINA APICAL PERIODONTITIS DEVELOPMENT IN HEALTHY AND TYPE-2 DIABETES RATS: EFFECT OF METFORMIN TREATMENT Machado, Camilla dos Santos Tibúrcio Bier, Carlos Alexandre Souza Montagner, Francisco Horner, Rosmari Endodontia Lesão periapical Hipoglicemiantes Endodontics Periapical lesion Hypoglycemics CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Diabetes is classified as a metabolic disorder, since its establishment promotes several systemic and oral changes. One of the causes of these alterations is the excess of reactive oxygen species (ROS) presents in the diabetic patient tissues, leading to oxidative stress increase. Metformin, the anti-hyperglycemic more used in the type-2 diabetics treatment, is a ROS scavenger. Furthermore, recent studies have shown a bone repair increase attributed to the drug. However, there are not reports searching the relationship between metformin and apical bone repair in the type-2 diabetes individuals. Therefore, the aim of this study was evaluate the treatment effect with metformin on the development of apical periodontitis (AP) in healthy and type-2 diabetes rats. Addicionally, biochemical parameters related to metabolic disorder were evaluated in order to complement the pharmacological study. For this purpose, forty eight Wistar rats were fed either with a standard diet (SD) or high fat, low protein, moderate carbohydrate diet (HFLPMC). Rats in each diet were divided into three subgroups: i) saline (daily/four wk); ii) metformin (500mg/kg, daily/two wk); iii) metformin (500mg/kg, daily/four wk). At the sixth experimental week, the pulp chambers of first mandibular molars were exposed in order to permit the AP development. Glucose tolerance test was performed in the week before euthanasia. At the tenth experimental week, the animals were euthanized and it was collected the fallowing structures: liver, abdominal adipose tissue, interscapular brown adipose tissue and mandible. Also, it was collected blood to determine levels of plasma insulin, total and HDL cholesterol. Catalase and reduced glutathione (GSH) were measured and the size of apical periodontitis was estimated from radiographs of the mandible. After 30 minutes of sucrose administration, the rats fed with HFLPMC diet presented greater blood glucose levels than the ones fed with SD. However, the metformin administration did not affect this concentration. Moreover, plasma insulin levels were higher in the HFLPMC+Saline group than in the SD+Saline group. Catalase levels in the HFLPMC+Saline group were significantly lower than SD+Saline group (p = 0,0267) and metformin increased these levels in the animals fed with HFLPMC diet. It was observed a similar behavior with GSH levels. In the radiographic analysis, treatment with metformin did not affect the AP size. Therefore, based on the results, we suggest that metformin has not a positive effect over the bone metabolism. O diabetes é reconhecido por ser uma desordem metabólica, pois seu estabelecimento promove uma série de alterações no funcionamento do organismo como um todo, repercutindo inclusive, na cavidade oral. Uma das principais causas destas alterações é a quantidade excessiva de espécies reativas de oxigênio (ROS) que está presente no organismo do paciente com diabetes, levando a um aumento do estresse oxidativo. A metformina, o anti-hiperglicemiante mais utilizado para o tratamento do diabetes tipo 2, também possui a propriedade sequestradora de ROS. Adicionalmente, estudos recentes têm mostrado um maior reparo ósseo associado ao tratamento com o fármaco. No entanto, não existem dados disponíveis na literatura informando se a metformina é capaz de alterar o desenvolvimento das periodontites apicais (PA) em ratos com diabetes tipo 2. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi determinar se a metformina tem a capacidade de prevenir ou interferir no desenvolvimento das PA em ratos sadios e com diabetes tipo 2. Além disso, parâmetros bioquímicos relacionados com desordem metabólica foram avaliados a fim de complementar o estudo farmacológico. Para tal, quarenta e oito ratos Wistar foram utilizados. O modelo de diabetes tipo 2 foi alcançado submetendo vinte quatro animais à ingestão de uma dieta especial [High Fat, Low Protein, Moderate Carbohydrate (HFLPMC)] por 70 dias. Os animais sadios receberam uma dieta padrão [standard diet (SD)] durante todo o período experimental. Dentro de cada dieta, os ratos foram divididos conforme os protocolos de tratamento medicamentoso a seguir: i) solução salina (diarimente/quatro semanas); ii) metformina (500mg/kg, diariamente/duas semanas); iii) metformina (500mg/kg, diariamente/quatro semanas). A abertura da câmara pulpar para propiciar o desenvolvimento das PA foi realizada na sexta semana do experimento e uma semana antes da eutanásia os animais foram submetidos ao teste oral de tolerância à glicose. Após dez semanas do início do experimento, os animais foram eutanasiados e as seguintes estruturas foram coletadas e pesadas: fígado, tecido adiposo abdominal e marrom. A mandíbula foi removida e dissecada e radiografias periapicais foram obtidas para mensurar o tamanho da PA. Adicionalmente, amostras de sangue foram retiradas para posterior determinação do colesterol total e HDL e insulina plasmática. Os níveis de catalase e glutationa reduzida (GSH) foram mensurados a fim de determinar o estresse oxidativo no fígado. Os níveis de glicose sanguínea após 30 minutos de administração de sacarose foram maiores no grupo HFLPMC+Salina que no grupo SD+Salina, porém a metformina não teve efeito sobre este parâmetro. Os animais submetidos à ingestão da dieta HFLPMC e salina apresentaram concentrações superiores de insulina plasmática e níveis significativamente inferiores de catalase (p = 0,0267) que os animais do grupo SD+Salina. Um comportamento similar à catalase foi observado nos níveis de GSH e a metformina aumentou a concentração de ambos nos animais alimentados com a dieta HFLPMC. O tratamento com metformina não afetou o tamanho da PA. 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