Summary: | Cancer of the cervix is the second most frequent type of tumor in the female
population, with a worldwide incidence in 2008, according to the World Health Organization
of 530,000 cases. In Brazil, according to the Health Department, the disease had an average
incidence in 2010 of 18.43 new cases per 100,000 women. This condition can be prevented by
early detection and treatment. The main and most widely used method for screening cancer of
the cervix is the cytopathology cervix exam. However, the diagnosis of cervical cancer is
based in cytology, colposcopy and histology, whereas the latter is the gold standard for
diagnosis. In patients with HIV infection the whole screening for cervical cancer is a very
special situation due to the reduced immune defense and greater vulnerability to lesions that
may be precursors of the cancer of the cervix. Objective: To study the cytopathological,
colposcopic and histopathological findings of women with HIV infection, attended at the
Infectology Service of Hospital Universitário de Santa Maria, Brasil. Methods: crosssectional
study conducted in Gynecology Service of the Hospital Universitário de Santa
Maria, from March 2012 to July of 2013. The sample consisted of 80 HIV prior infection
women by. Results: The rate of cytology exams altered was 3.4% for intraepithelial lesion
low-grade and 1% for ASCUS. Among 12 women submitted to cervical biopsy, 16,6% had
diagnosis of NIC I or II and 16.6% of NIC III. There was a statistically significant association
between time of infection by HIV and histological changes. Discussion: The proportions of
alterations found in cytology exams differ from those reported abroad; however, they were
similar to those described in Brazil. Final considerations: The screening for cancer precursor
lesions of the cervix, in women with HIV infection, should be prioritized in public health
services. === O câncer de colo de útero é o segundo tipo de tumor mais frequente na população
feminina. Em 2008, segundo a Organização Mundial de Saúde, apresentou incidência mundial
de 530 mil casos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a doença apresentou uma
incidência média, no ano de 2010, de 18,43 novos casos para cada 100.000 mulheres. Essa
afecção pode ser prevenida através da detecção e do tratamento precoce. O método principal e
mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o exame
citopatológico do colo do útero. Contudo, o diagnóstico do câncer cervical pode ser realizado
com base na citologia, na colposcopia e na histologia, sendo essa última o padrão-ouro para o
diagnóstico. Em pacientes com infecção pelo vírus do HIV, o rastreamento do câncer de colo
de útero é uma situação muito especial em função da defesa imunológica reduzida e da maior
vulnerabilidade às lesões precursoras do câncer do colo do útero. Objetivo: Estudar os
resultados dos exames citopatológicos, colposcópicos e histopatológicos em mulheres com
diagnóstico de infecção pelo HIV, atendidas no serviço de Infectologia do Hospital
Universitário de Santa Maria, Brasil. Métodos: Estudo transversal, realizado no serviço de
ginecologia do Hospital Universitário Santa Maria, no período de abril de 2012 a julho de
2013. A amostra foi constituída de 80 mulheres com infecção prévia pelo HIV. Resultados:
A taxa de exames de citologia alterados foi de 3,4% para lesão intraepitelial de baixo grau e
1% para ASCUS. Dentre as 12 mulheres submetidas à biópsia do colo do útero, 16,6%
tiveram diagnóstico de NIC I ou II e 16,6% de NIC III. Houve uma associação
estatisticamente significativa entre o tempo de infecção pelo HIV e as alterações histológicas.
Discussão: As proporções de alterações encontradas nos exames de citologia destoam das
registradas por outras pesquisas mundiais; todavia, foram semelhantes às descritas no Brasil.
Considerações finais: O rastreio das lesões precursoras do câncer do colo do útero em
mulheres com infecção pelo HIV deve ser priorizado nos serviços públicos de saúde.
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