Summary: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === With the expanding aquaculture activity, high quality ingredients for fish feeding are
required. In order to prevent the risk of depending on fish meal, research institutions and the
industry itself, have conducted studies to reduce the dependence of fish meal increasing the
nutritional value of alternative feedstuffs. The objective of the study was to evaluate different
methods of inactivation of antinutritional compounds on nutrient availability of plant protein
sources for catfish. The work was divided into three parts: removal of antinutrients, growth
trial, and digestibility experiment. In the first part, different chemical treatments for removal
of phytic acid, total phenols and tannins in canola, soybean and sunflower meals were tested.
The treatments were: acidified water (pH 1.0); ethanol PA + methanol PA; acidified ethanol
PA (pH 1.0); ethanol + water PA 70:30 pH 1.0; acidified water + ethanol PA, used
separatelly. Washing with pH 1,0 water, followed by washing in ethanol PA was the best
alternative for removal of phytic acid, phenols and tannins of canola, sunflower and soybean
meal. In the growth experiment were evaluated growth performance, body composition,
biochemical parameters, enzymatic profile and intestinal morphometry of juvenile catfish fed
with plant ingredients, treated or not treated for removal of antinutrients. Treatments were:
control diet, with fish meal as only protein source (CON); replacement of 30% of fishmeal
protein by untreated soybean meal (SNT), canola meal (CNT) and sunflower meal (GNT) or
the same ingredients submitted to treatment: (ST), (CT) and (GT) (soybean, canola and
sunflower, respectively). The treatment is effective, with the exception of phytic acid in
soybean meal. ST and CT can replace 30% of fish meal protein, without affecting the growth
of animals. There is no difference in the performance of fish fed CT compared to CNT, and
GT compared to GNT. For soybean meal, there is improvement in the nutritional value after
treatment. The biochemical changes do not appear to be linked to the antinutritional factors.
There is no interference of the treatment on the enzymatic activity of silver catfish. Fish fed
with untreated ingredients showed enlargement in the thickness of the muscle layer in the
intestinal epithelium. The number of villi is higher in fish fed with treated ingredients. There
is an increase in the thickness of the lamina propria of the villi in fish fed with the untreated
ingredients. In the digestibility experiment, were evaluated the apparent digestibility
coefficients (ADCs) of plant ingredients, submitted or not to chemical treatment to remove
antinutritional factors in diets for jundiá. The ADC for crude protein was higher in ST,
compared to CT and CNT, but did not differ from the others. GNT, GT and CNT showed the
lowest ADC for organic matter. The removal of antinutrients do not affect the ADC of crude
protein, dry matter and organic matter in soybean and sunflower meal. For canola meal,
removing antinutritional factors improve dry matter digestibility. In addition, besides the
antinutrients, special care must be taken to concentration or removal of other nutrients when
using chemical treatments, otherwise the nutritional value of the ingredient can be affected. === Com a expansão da atividade de aquicultura, surgem também demandas por ingredientes de
qualidade para uso em dietas para peixes. Nas últimas décadas, devido à probabilidade de escassez de
farinha de peixe, diversas instituições de pesquisa, assim como a própria indústria, têm realizado
estudos a fim de reduzir a dependência desta fonte de proteína, através de técnicas para o aumento da
qualidade nutricional de ingredientes alternativos à farinha de peixe. Assim, o objetivo do trabalho foi
avaliar diferentes métodos de inativação de compostos antinutricionais sobre a disponibilidade de
nutrientes de fontes proteicas de origem vegetal para o jundiá. O trabalho foi dividido em três etapas:
tratamento dos farelos, experimento de desempenho e experimento de digestibilidade. Na primeira
etapa, foi feita a avaliação da eficiência de diferentes tratamentos químicos para remoção de ácido
fítico, fenóis totais e taninos totais em farelos de canola, soja e girassol, visando a utilização em dietas
para peixes. Os tratamentos foram: água acidificada (pH 1,0); etanol P.A. + metanol P.A. + água;
etanol P.A. acidificado (pH 1,0); etanol P.A. + água 70:30 pH 1,0; água acidificada + etanol P.A.
utilizados individualmente. O processamento dos farelos através de lavagem com água em pH 1,0,
seguido por lavagem em etanol P.A, apresenta comportamento mais uniforme, sendo o mais indicado
para a retirada de ácido fítico, fenóis totais e taninos totais dos farelos de canola, girassol e soja. No
experimento de crescimento, foram avaliados desempenho zootécnico, composição corporal,
parâmetros bioquímicos, perfil enzimático e morfometria intestinal de juvenis de jundiá alimentados
com ingredientes vegetais, submetidos ou não a tratamento para remoção de antinutrientes. Os
tratamentos foram: dieta controle, à base de farinha de peixe (CON); substituição de 30% da proteína
da farinha de peixe por farelos de soja (SNT), canola (CNT) ou girassol (GNT) sem tratamento ou
tratados: (ST), (CT) e (GT) (soja, canola e girassol, respectivamente). O tratamento é eficaz na
remoção de antinutrientes, com exceção do ácido fítico do farelo de soja. Farelos de soja e canola
tratados podem substituir 30% da proteína da farinha de peixe, sem prejudicar o crescimento dos
animais. Não há diferença no desempenho de jundiás alimentados com farelo de canola tratado e nãotratado
ou girassol tratado e não-tratado. Para farelo de soja, há melhora na qualidade nutricional após
tratamento. As alterações bioquímicas não parecem estar ligadas aos fatores antinutricionais presentes.
Não há interferência do tratamento sobre a atividade enzimática de jundiás. Peixes alimentados com os
farelos não-tratados apresentam camada muscular do epitélio intestinal mais espessa. O número de
vilosidades é maior nos peixes alimentados com os farelos tratados. Há aumento na espessura da
lamina propria das vilosidades nos peixes alimentados com os farelos não-tratados. No experimento
de digestibilidade, foram determinados os coeficientes de digestibilidade aparente dos farelos de
canola, girassol e soja, submetidos ou não a tratamento químico para extração de antinutrientes, em
dietas para o jundiá. O tratamento para remoção de antinutrientes não afeta os coeficientes de
digestibilidade da proteína bruta, matéria seca e matéria orgânica dos farelos de soja e girassol. Para o
farelo de canola, a remoção de fatores antinutricionais melhora a digestibilidade da matéria seca. A
avaliação de tratamentos para retirada de fatores antinutricionais deve levar em consideração, além da
remoção de antinutrientes, a concentração e/ou remoção dos demais nutrientes durante o processo e
sua relação com a qualidade nutricional do ingrediente.
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