Sistemas de inovação e a mudança econômica nos países de industrialização tardia: uma comparação dos esforços e desempenhos de Brasil e Coreia do Sul

This dissertation deals with the economic change of the countries of late industrialization, comparing the Brazilian case to the South Korean in two periods of time. The first period is from the 1950s to the 1980s, in which both countries were technologically catching-up with the more developed co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Prizon, Ivan
Other Authors: Pereira, Adriano José
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2018
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsm.br/handle/1/12592
Description
Summary:This dissertation deals with the economic change of the countries of late industrialization, comparing the Brazilian case to the South Korean in two periods of time. The first period is from the 1950s to the 1980s, in which both countries were technologically catching-up with the more developed countries, and a second period goes from the 1980s until the 2010 decade, when Brazil falling-behind technological, and South Korea teamed up with the developed countries and start to lead the technological development process. For this, a neoschumpeterian and structuralist theoretical framework was used and as well the concepts of Innovation Systems and Economic Change as nuclear concepts. The economic complexity tools, Product Space and the Economic Complexity Index (ECI) was used to observe the economic trajectories. In this approach trade variables are used as a proxy to understand the different economic and technological performances of the countries. The Economic Complexity Index (ECI) shows that South Korea since the beginning of the period of analysis gradually joins with the developed countries, appearing in the second period of analysis among the countries with the most complex economies in the world. The ECI reveal, corroborating with the theoretical framework adopted, that during the period of technological catching-up (1955-1980), Brazil gradually gained better positions, however, from the 1980s forward it successively lost positions in the economic complexity ranking. While the Product Space illustrates the structural change in the economies of 1962 to 1981, when the structural change in the Brazilian and South Korean economy was significant, diversifying and sophisticating the export agenda, from 1981 to 2014 in the South Korean economy, structural change continues to occur substantially increasing production sophistication, but the Brazilian economic structure does not observe any relevant changes, the diversification remained similar to 1981 and without the sophistication of production. It was verified that the structural changes promoted by both countries led to the trajectory of technological catching-up, however, while South Korea continued to promote structural change by adapting its development model, and moved forward in the technological development, while Brazil abandoning its already exhausted model of import substitution without substitution by another model, resulting in the end of the promotion of structural changes and the trajectory of technological falling-behind. Structural analysis through the approach of economic complexity makes it possible to understand why South Korea has moved on and Brazil has lagged behind. === Esta dissertação trata da mudança econômica dos países de industrialização tardia, comparando o caso brasileiro ao sul-coreano em dois períodos de tempo. O primeiro a partir da década de 1950 até a década de 1980, no qual ambos os países se emparelhavam tecnologicamente (catching-up) com países mais desenvolvidos, e um segundo período estabelecido a partir da década de 1980 até a década de 2010, em que o Brasil ficou para trás tecnologicamente (falling-behind), e a Coreia do Sul se emparelhou e passou a liderar o processo de desenvolvimento tecnológico (forging-ahead). Para isso, valeu-se de um referencial teórico neoschumpeteriano e estruturalista e utilizou os conceitos Sistemas de Inovação e Mudança Econômica como conceitos nucleares. Foi utilizado o ferramental da complexidade econômica, Product Space e o Índice de Complexidade Econômica (ICE), para observação das trajetórias, nessa abordagem as variáveis de comércio são usadas como proxy para compreender os diferentes desempenhos econômicos e tecnológicos dos países. O Índice de Complexidade Econômica (ICE) evidência que a Coreia do Sul desde o início do período de análise passa gradualmente a se emparelhar com os países desenvolvidos, figurando, no segundo período de análise, entre os países com as economias mais complexas do mundo. O ICE mostra, corroborando com o referencial teórico adotado, que durante o período de catching-up tecnológico brasileiro (1955-1980), o Brasil ganhou paulatinamente melhores posições, no entanto, a partir da década de 1980, passa sucessivamente a perder posições no ranking da complexidade econômica. Enquanto o Product Space ilustra a mudança estrutural nas economias de 1962 a 1981, quando a mudança estrutural na economia brasileira e sul-coreana foi significativa, diversificando e sofisticando a pauta de exportação, já no período de 1981 a 2014, na economia sul-coreana a mudança estrutural continua ocorrendo, aumentando substancialmente a sofisticação produtiva, mas na estrutura econômica brasileira não se observa mudanças relevantes, manteve-se a diversificação similar a 1981 e sem a sofisticação da produção. Constatou-se que as mudanças estruturais promovidas por ambos os países levaram a trajetória de catching-up tecnológico, no entanto, enquanto a Coreia do Sul continuou promovendo mudança estrutural da economia através da adaptação do seu modelo de desenvolvimento, e seguiu em frente no desenvolvimento tecnológico, já o Brasil abandona o seu já esgotado modelo de substituição de importações sem a substituição por um outro modelo, resultando no fim da promoção das mudanças estruturais e na trajetória de falling-behind tecnológico. A análise estrutural por meio da abordagem da complexidade econômica possibilita compreender porque a Coreia do Sul seguiu em frente e o Brasil ficou para trás.