Summary: | The Black arrived in Rio Grande do Sul as a slave to work in the ranches and the Charqueadas. As the province was constantly in the brink of war defending the southern border, he was also called to arms in the front lines, mainly as lancer. In the second half of the 19th century, emerged, at both national and international levels, the first manifestations for the ending of the slave system. During the imperial period there were law proposals for the control and extinction of forced labour. With the proclamation of the Republic (and the slavery abolished by law) public policies were adopted for the inclusion of the black in the class-based society. The abolitionist movements that arose prior to the Golden Law became organized movements. The Republic's first years were of much political instability for Brazil and Rio Grande do Sul. For that, the State Government turned the old Civic Guard into a well armed and trained militia for protection and maintenance of the government. This institution placed on record the Afro-Brazilian presence since its origin through settlement books and existing photography in Historical Center Coronel Pillar's collection. In the settlement books of the time we observe the subscription of countless black soldiers enlisted before the beginning of the Federalist Revolution. In the album published to honor the 30 years of the Military Brigad of the Rio Grande do Sul, in 1922, with more than 400 pictures, are shown at least 30 pictures portraying the presence of black in its ranks. In the sociocultural context at that time the Military Brigad was also used as a tool for insertion of the black into the social order. By reading the "Orders of the Day" it was possible to identify black inclusion actions in the institution. This way, an iconographic analysis methodology was applied and a multimedia platform was developed to house the elaborate cataloge. Thus, the analyzed pictures will be preserved and disclosed by accessible electronic media and available to other interested people. === O negro chegou ao Rio Grande do Sul como escravo para trabalhar, principalmente nas estâncias de criação de gado e nas charqueadas. No clima de instabilidade que vivia a Província em defesa da fronteira sul este sujeito também foi levado às linhas de frente das batalhas, principalmente como lanceiro. Na segunda metade do século XIX, surgiram as primeiras manifestações em âmbito internacional e também nacional para o fim do sistema escravista. Durante o período imperial já havia propostas de leis para o controle e extinção do serviço forçado. Com a proclamação da República (e a escravidão já extinta por lei) foram adotadas políticas para a inserção do negro na sociedade. Os movimentos abolicionistas surgidos anteriormente à Lei Áurea tornaram-se movimentos organizados. Os primeiros anos da república foram de muita instabilidade política ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, por isto o Governo Estadual transformou a antiga Guarda Cívica em uma milícia bem armada e treinada para a proteção e mantenimento do governo a Brigada Militar. Esta Instituição deixou registrada a presença do negro desde a sua origem através dos livros de assentamento e fotografias existentes no acervo do Centro Histórico Coronel Pilar. Nos livros de assentamento da época observamos a inscrição de inúmeros soldados negros alistados antes do início da Revolução Federalista. No Álbum publicado em homenagem aos 30 anos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, em 1922, com mais de 400 imagens, são mostradas pelo menos 30 fotografias onde estão registrados sujeitos negros em suas fileiras. No contexto sociocultural da época a Brigada Militar também foi utilizada como instrumento de inserção do negro na ordem social. Através das leituras das Ordens do Dia foi possível identificar ações de inclusão do negro na instituição. Desta forma, foi aplicada uma metodologia de análise iconográfica e desenvolvido um catálogo virtual que foi inserido em uma Plataforma Multimídia. Assim, as imagens analisadas serão preservadas e divulgadas através de mídia eletrônica acessível e disponível para as demais pessoas interessadas.
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