Estudo da vegetação do Parque natural municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio), Sorocaba/SP

Submitted by Maria de Lourdes Mariano (lmariano@ufscar.br) on 2017-01-10T19:39:12Z No. of bitstreams: 1 COELHO_Samuel_2013.pdf: 8232181 bytes, checksum: 3a34270484df5ee28daa2c8acb9376d3 (MD5) === Approved for entry into archive by Maria de Lourdes Mariano (lmariano@ufscar.br) on 2017-01-10T19:39:2...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Coelho, Samuel
Other Authors: Leite, Eliana Cardoso
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de São Carlos 2017
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8359
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collection NDLTD
language Portuguese
sources NDLTD
topic Parques urbanos - Sorocaba (SP)
Unidades de conservação
Gestão ambiental
Vegetação - Mapeamento
Urban parks
Environmental management
Vegetation mapping
CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::CONSERVACAO DA NATUREZA
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Unidades de conservação
Gestão ambiental
Vegetação - Mapeamento
Urban parks
Environmental management
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CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::CONSERVACAO DA NATUREZA
Coelho, Samuel
Estudo da vegetação do Parque natural municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio), Sorocaba/SP
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No. of bitstreams: 1 COELHO_Samuel_2013.pdf: 8232181 bytes, checksum: 3a34270484df5ee28daa2c8acb9376d3 (MD5) Previous issue date: 2013-07-15 === Outra === Em decorrência do crescimento populacional de maneira desordenada e do mau uso dos recursos naturais, o ambiente natural foi quase que totalmente devastado, sendo poucas as formações que não sofreram nenhum impacto da ação humana. No intuito de conservar os poucos remanescentes de Floresta Atlântica e de outras formações que ainda restam no Brasil, muitas Unidades de Conservação têm sido criadas em escalas locais e regionais. O Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade, recém criado no município de Sorocaba, São Paulo, Brasil, é uma unidade que objetiva a preservação do ecossistema natural remanescente, possibilitando a realização de pesquisas científicas e desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação e turismo sustentável. A sua implementação está sendo feita através dos recursos da compensação ambiental dos impactos oriundos da instalação da nova unidade da Toyota do Brasil Ltda. (indústria automobilística) e, assim, a área está localizada em um contexto urbano-industrial em expansão. Pelas ações de implementação deste Parque serem recentes, os estudos sobre a vegetação da área ainda são deficientes. Assim, objetivou-se realizar um levantamento fitossociológico no fragmento de vegetação nativa do Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade; identificar as espécies amostradas dentro de categorias sucessionais; analisar a presença de espécies raras e/ou ameaçadas de extinção; fornecer subsídios para a implantação e manejo da unidade; contribuir para o conhecimento da biodiversidade vegetal das formações ocorrentes na região de Sorocaba. Foram então alocadas 64 parcelas de 10mx10m, sendo agrupadas de quatro em quatro, formando 16 blocos. Estes foram alocadas aleatoriamente em diferentes porções do fragmento para representar toda a vegetação, a qual é composta por uma faixa de Floresta Estacional Semidecidual (FES) e uma porção de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial (FESA). Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com 15 cm ou mais de circunferência a altura do peito (CAP), incluindo os mortos que se encontravam em pé. Também foram coletados dados ambientais (bióticos e abióticos) para verificar se as características do ambiente estão influenciando a distribuição das espécies na área. A amostra foi analisada sob diferentes aspectos, sendo os resultados apresentados na forma de dois artigos científicos no escopo deste trabalho. Os parâmetros fitossociológicos foram calculados através do programa FITOPAC 2.1, sendo identificadas 79 espécies, distribuídas em 54 gêneros e 29 famílias. As famílias mais ricas foram Fabaceae (18), Myrtaceae (13), Euphorbiaceae (5), Lauraceae (4), Rutaceae (4), Salicaceae (4) e Sapindaceae (4) e os gêneros com maior número de espécies foram Machaerium (7), Myrcia (7), Sebastiania (3), Campomanesia (3) e Casearia (3). Foram encontradas quatro espécies dentre as listas de espécies ameaçadas de extinção consultadas, sendo Copaifera langsdorffii Desf., Machaerium villosum Vogel, Bauhinia longifolia (Bong.) Steud., Cariniana estrellensis. Foram também amostradas 11 espécies endêmicas da Mata Atlântica e seis restritas à Floresta Estacional Semidecidual neste domínio. Os indivíduos e as espécies amostradas foram analisados segundo a classificação sucessional (espécies pioneiras ou não pioneiras) e a síndrome de dispersão (zoocóricas, autocóricas ou anemocóricas), sendo o fragmento classificado como em estágio intermediário de sucessão. Das características ambientais analisadas, a distância entre as parcelas e o curso d’água foi a que mais apontou correlação com a distribuição das espécies, sendo observado que a presença de um curso d’água, mesmo em pequenos fragmentos, pode influenciar na composição e estrutura da vegetação. Os resultados demonstraram que os corpos d'água podem aumentar a heterogeneidade ambiental dos fragmentos, permitindo a ocorrência de espécies com diferentes exigências ambientais. Das espécies que apresentaram os maiores valores de importância nos parâmetros fitossociológicos, as pioneiras Cupania vernalis, Pera glabrata e Platypodium elegans, e as não pioneiras Casearia obliqua e Machaerium villosum podem ser utilizadas para acompanhar o avanço sucessional da FES do fragmento. Da mesma forma, para a porção de FESA, porção mais próxima ao córrego Campininha, indica-se as espécies pioneiras Casearia sylvestris e Casearia decandra, além das não pioneiras Machaerium stipitatum, Campomanesia xanthocarpa e Lonchocarpus subglaucescens. Mesmo se tratando de um fragmento de tamanho reduzido (31 hectares) e em estágio intermediário de sucessão, indica-se o desenvolvimento de ações de conservação e manejo que barrem a degradação contínua do fragmento, favorecendo o processo de regeneração florestal e manutenção da diversidade genética e biológica e, consequentemente, cumprir com um dos objetivos da criação do PNMCBio.
author2 Leite, Eliana Cardoso
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Coelho, Samuel
author Coelho, Samuel
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A sua implementação está sendo feita através dos recursos da compensação ambiental dos impactos oriundos da instalação da nova unidade da Toyota do Brasil Ltda. (indústria automobilística) e, assim, a área está localizada em um contexto urbano-industrial em expansão. Pelas ações de implementação deste Parque serem recentes, os estudos sobre a vegetação da área ainda são deficientes. Assim, objetivou-se realizar um levantamento fitossociológico no fragmento de vegetação nativa do Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade; identificar as espécies amostradas dentro de categorias sucessionais; analisar a presença de espécies raras e/ou ameaçadas de extinção; fornecer subsídios para a implantação e manejo da unidade; contribuir para o conhecimento da biodiversidade vegetal das formações ocorrentes na região de Sorocaba. Foram então alocadas 64 parcelas de 10mx10m, sendo agrupadas de quatro em quatro, formando 16 blocos. 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As famílias mais ricas foram Fabaceae (18), Myrtaceae (13), Euphorbiaceae (5), Lauraceae (4), Rutaceae (4), Salicaceae (4) e Sapindaceae (4) e os gêneros com maior número de espécies foram Machaerium (7), Myrcia (7), Sebastiania (3), Campomanesia (3) e Casearia (3). Foram encontradas quatro espécies dentre as listas de espécies ameaçadas de extinção consultadas, sendo Copaifera langsdorffii Desf., Machaerium villosum Vogel, Bauhinia longifolia (Bong.) Steud., Cariniana estrellensis. Foram também amostradas 11 espécies endêmicas da Mata Atlântica e seis restritas à Floresta Estacional Semidecidual neste domínio. Os indivíduos e as espécies amostradas foram analisados segundo a classificação sucessional (espécies pioneiras ou não pioneiras) e a síndrome de dispersão (zoocóricas, autocóricas ou anemocóricas), sendo o fragmento classificado como em estágio intermediário de sucessão. 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Da mesma forma, para a porção de FESA, porção mais próxima ao córrego Campininha, indica-se as espécies pioneiras Casearia sylvestris e Casearia decandra, além das não pioneiras Machaerium stipitatum, Campomanesia xanthocarpa e Lonchocarpus subglaucescens. 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