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Previous issue date: 2015-11-19 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) === The Health care is characterised as a social practice – where the people who learn and teach –
influenced from values and culture, that vary according to the social groups and the family,
economic and social system. In the pregnancy, the woman experiences several changes,
becoming a propitiated period for restructuration, including the way that she cares about her
health. The objective of this research is the understanding of the meanings of the popular
practical’s and knowledge of the pregnancy’s health, starting from the perspective of the
pregnant women that attended an educational action at a Unit of Family’s Health (USF) from
Piracicaba. This is a research with a qualitative approach and inspired in the assumptions of
the participative observation, having as collaborators, five pregnant women, whose made part
in the course offered in the USF São Francisco, in which the researcher was inserted. The
database collection occurred in the period of October 2014 to July 2015 and involved chat
groups and interviews in depth, that were recorded and reproduced. The analysis of the data
were based in the Thematic Analysis. For the collaborators, the health is related to the wellbeing
and self-care, involving physical, emotional and psychological aspects. The pregnancy
was described as like a magic moment, a momento of joy, grace and achievements, but scary
in the beginning involving adaptation and difficult moments. They felt more sensitive,
anxious, with intense emotions, ambiguous and unsteady. As positive points, they have
mentioned the interaction with the baby and a better treatment received form the Family and
the unfamiliar. Among the practices considered positives, appeared healthy food and water
intake; physical exercises; prenatal, tests and vaccines; rest. The practices considered
damaging, were to be nervous; marital fights; excessive physical attempts; consumption of
alcohol, cigarettes and/or drugs. Although they praise healthy food, the food culture and the
habits dominated and the collaborators claimed that ate what they felt like eating. The main
highlighted discomforts were sickness and nausea; pain in the legs, backache and headache;
low pressure and difficulty to sleep. Among the practices to minimize, were to be more
selective in what to eat, be alone, lay down, put the feet up, breath, rest, find other positions to
sleep. The majority avoided to use medicine during the pregnancy, perhaps they were afraid
to prejudice the foetus, perhaps because of the side effects or even inefficiency. In relation to
the educational processes related to the health care, the collaborators mentioned that learned
with relatives (specially women), colleagues, experienced people, health professionals,
sharing knowledge, through the intimacy, talks, warnings; lectures, lessons, courses and
queries; internet research, mobile applicative and television programmes. When living the
maternity, they claimed that they felt more mature, wise, responsible, more careful and also
more kind and comprehensive with other people, noticing priority changes, in the way of
thinking and facing the world and the problems, retrospection their values. This research,
besides the investigation of the knowledge and popular practices, also clarified the form, with
who and where the women learned and taught about the health care. Thus, we aim to bring
contributions to the health and educational area, encouraging the popular education, the
humanization, the dialogue and the shared construction of knowledge. === O cuidado à saúde se caracteriza como uma prática social - em que as pessoas aprendem e
ensinam - influenciada por cultura e valores, que variam de acordo com os grupos sociais e os
sistemas familiares, econômicos e sociais. Na gestação, a mulher vivencia diversas mudanças,
sendo um período propício para reestruturações, inclusive para rever a forma como cuida de
sua saúde. Esta pesquisa tem como objetivo compreender os significados dos saberes e
práticas populares de saúde na gestação, a partir da perspectiva de mulheres gestantes que
participaram de ação educativa em uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Piracicaba.
Essa é uma pesquisa com abordagem qualitativa e inspirada nos pressupostos da observação
participante, tendo como colaboradoras cinco gestantes que participavam do curso oferecido
na USF São Francisco, no qual a pesquisadora se inseriu. A coleta de dados ocorreu no
período de outubro de 2014 a julho de 2015 e envolveu rodas de conversa e entrevistas em
profundidade, que foram gravadas e transcritas. A análise dos dados foi baseada na Análise
Temática. Para as colaboradoras, a saúde se relaciona ao bem-estar e autocuidado, envolvendo
aspectos físicos, emocionais e psicológicos. A gestação foi descrita como um momento
mágico, de alegria, bençãos e realização, mas que assusta no começo, envolvendo adaptação e
momentos difíceis. Elas se sentiram mais sensíveis, ansiosas, com emoções mais intensas,
ambíguas e oscilantes. Como pontos positivos, mencionaram a interação com o(a) bebê e o
melhor tratamento recebido dos familiares e não familiares. Dentre as práticas consideradas
como positivas figuraram alimentação saudável e ingestão de água; exercícios físicos;
realização de pré-natal, exames e vacinas; repouso. Já as práticas consideradas prejudiciais
foram ficar nervosa; brigas conjugais; esforços físicos excessivos; consumo de bebidas
alcoólicas, cigarro e/ou drogas. Apesar de preconizarem uma alimentação saudável, a cultura
alimentar e os hábitos predominaram e as colaboradoras afirmaram ter comido o que sentiram
vontade. Os principais desconfortos destacados foram enjoos e náuseas; dores nas pernas, nas
costas e de cabeça; queda de pressão e dificuldade na hora de dormir. Dentre as práticas para
minimizá-los, foram citadas ser mais seletiva quanto ao que comer, ficar sozinha, se deitar,
elevar os pés, respirar, descansar, encontrar outras posições para dormir. A maioria delas
evitou o uso de medicamentos durante a gestação, seja por medo de prejudicar o feto, seja
devido aos efeitos colaterais ou mesmo a ineficiência. Em relação aos processos educativos
relacionados aos cuidados à saúde, as colaboradoras mencionaram aprender com familiares
(especialmente mulheres), colegas, pessoas mais experientes, profissionais de saúde, mediante
compartilhamento de saberes e fazeres, através da convivência, conversas, conselhos;
participação em palestras, aulas, cursos e consultas; pesquisas na internet, aplicativos de
celular e programas de televisão. Ao vivenciarem a maternidade, afirmaram ter se sentido
mais maduras, ajuizadas, responsáveis, mais cuidadosas e também mais amorosas e
compreensivas com as outras pessoas, percebendo mudanças de prioridade, na forma de
pensar e encarar o mundo e os problemas, revendo seus valores. Esta pesquisa, além de ter
investigado os saberes e práticas populares, também esclareceu de que forma, com quem e em
que locais as mulheres aprenderam e ensinaram sobre o cuidado à saúde. Assim, almejamos
trazer contribuições à área da educação e da saúde, incentivando a educação popular, a
humanização, o diálogo e a construção compartilhada do conhecimento.
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