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Previous issue date: 2016-03-31 === Não recebi financiamento === The Ministry of Health's policy for integral care to drug users calls for social
integration and the promotion of autonomy of these subjects through place-based
approaches and community with the participation of users and families in the care
process, and social control assistance. The competent care model for this is the Family
Health Strategy (FHS), which includes the Community Health Workers (CHW). These
CHW are professionals who mediate between the community and the health team in the
care process. To support the qualification of these professionals to care for people who
use licit and illicit drugs, we investigated the perceptions of the same on these users
through a qualitative research previously approved by the Ethics Committee on Human
Research of the Federal University of São Carlos, SP. To identify the CHW with
experience in the care of people who use drugs to the interviews, the quantified
experience of each one through a window specifically for this, applied to the total of 43
of these professionals working in health teams family under the single Family Health
Support Centers of Rio Claro, SP, at the time of the study. Interviewing the CHW in
descending order of the scores given by the experience rating indicator of each was
obtained saturation of findings at the end of the tenth semi-structured interview. In light
of the theoretical framework of the clinic of the subject and the integral care, we
analyzed the speeches of the interviewed by thematic categories. The findings suggested
a predominance of moralizing perceptions about the use and on and drug users,
understanding these people as devoid of reason, requiring police intervention, legal or
repressive nature of health. Against the Psychiatric Reform and social rehabilitation,
there was institutionalization of expectations and an outsourcing of care, although at
times the CHW own question the effectiveness of practices based on hospital-centric
psychiatry. Overall, it was found that there are still actions based on common sense and
lack of access to technical and scientific information that are reflected in disparaging
view of the user and discomfort in dealing with them. Initiatives of a comprehensive
care, which considers and promotes the autonomy of the subject were found in a few
moments; significant of them understood as impact of its participation in the Care
Pathways course, offered by the Ministry of Health to improve care to drug users under
the ESF. Such a course has shown as the only training that CHW received on care to
drug users. It was concluded that still prevails a stigmatizing view by CHW about who
uses drugs, from a still lay understanding of the matter. However, there is provision of
these professionals qualify this view and address the problem of use and drug users in
the community in which they operate. Therefore, the development of matrix support
spaces and regular Continuing Education projects for CHW and other Family Health
Strategy professionals is appropriate to have such discussions and qualify the care of
drug users. === A política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de drogas
preconiza a integração social e a promoção da autonomia desses sujeitos por meio de
abordagens de base territorial e comunitária com a participação de usuários e familiares
no processo de cuidado, e no controle social da assistência. O modelo assistencial
competente para isso é o da Estratégia Saúde da Família (ESF), o qual conta com os
Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Esses ACS são os profissionais que fazem a
mediação entre a comunidade e a equipe assistencial no âmbito do processo de cuidado.
Para subsidiar a qualificação desses profissionais para a atenção a pessoas que usam
drogas lícitas e ilícitas, investigou-se as percepções dos mesmos sobre esses usuários
por meio de uma pesquisa qualitativa previamente aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de São Carlos, SP. Para
identificar os ACS com maior experiência no cuidado de pessoas que usam drogas para
as entrevistas, quantificou-se a experiência de cada um por meio de um indicador
especificamente criado para isso, aplicado ao total de 43 desses profissionais atuantes
nas equipes de Saúde da Família cobertas pelo único Núcleo de Apoio à Saúde da
Família (NASF) de Rio Claro, SP, no momento de realização do estudo. Entrevistando
os ACS segundo a ordem decrescente da pontuação dada pelo indicador de classificação
da experiência de cada um, obteve-se a saturação dos achados ao final da décima
entrevista semiestruturada. À luz do referencial teórico da clínica do sujeito e da
integralidade do cuidado, analisou-se as falas dos entrevistados por categorias temáticas.
Os achados sugeriram um predomínio de percepções moralizantes sobre o uso e sobre e
os usuários de drogas, entendendo essas pessoas como desprovidas de razão, que
demandam intervenção policial, jurídica ou de saúde de caráter repressor. Na contramão
da Reforma Psiquiátrica e da reinserção social, observou-se expectativas de
institucionalização e de uma terceirização do cuidado, embora em alguns momentos os
próprios ACS questionassem a efetividade de práticas manicomiais. No geral, verificouse
que ainda há atuações baseadas no senso comum e na falta de acesso às informações
técnico-científicas que se refletem na visão depreciativa do usuário e desconforto em
lidar com os mesmos. Iniciativas de um cuidado integral, que considera e promove a
autonomia do sujeito foram encontradas em alguns momentos; significativa parte delas
entendidas como impacto de sua participação no curso Caminhos do Cuidado, ofertado
pelo Ministério da Saúde para a qualificação da atenção aos usuários de drogas no
âmbito da ESF. Tal curso se mostrou como a única formação que os ACS receberam
sobre cuidado a usuários de drogas. Concluiu-se que ainda prevalece uma visão
estigmatizante por parte de ACS sobre quem usa drogas, a partir de uma compreensão
ainda leiga sobre a matéria. Entretanto, há disposição desses profissionais em
qualificarem esse modo de ver e de enfrentar a problemática do uso e do usuário de
drogas na comunidade em que atuam. Portanto, é oportuno o desenvolvimento de
espaços de apoio matricial e projetos de Educação Permanente regulares para ACS e
demais profissionais da ESF a fim de provocar tais discussões e qualificar o cuidado aos
usuários de drogas.
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