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Previous issue date: 2015-10-20 === Não recebi financiamento === Generally speaking, the evolution of organizational behavior has been analyzed
almost exclusively from the economic and technological transformations point of view. According to this perspective, firms are transformed by market forces as they struggle to adapt to customers’ demands in order to become more competitive and to survive and thrive. This viewpoint neglects the influence of powerful interests institutionalized in society, which manifests themselves inside firms through the actuation of organizational elites. Based on the study of organizational elites and the power relations they establish we are able to achieve a better understanding of factors that determine organizational behavior. With the advent of continuous transformations to which companies have been submitted with the stated purpose of
giving them greater flexibility in the face of increasingly competitive markets, the old
static organizational structures began to give way to network organizations, more susceptible to restructuring in order to suit economic interests. This flexible organizational environment would require also flexible professionals, averse to
excessive specialization, which could hinder them the freedom to move through the organizational network seeking for new opportunities. The changes associated with this flexibility discourse, in turn, may offer opportunities to favoring not declared interests of the organizational elites. In this sense, the subject of our study is how the
flexibility discourse might be used instrumentally by organizational elites in their internal disputes for leading positions in companies. More to the point, the question that we propose to investigate is: ‘would it be possible to identify in the behavior of members of organizational elites some evidence of the usage of the flexibility discourse as a tool to compete for command positions within organizations?’ It is not our intention to answer that question categorically, but to advance in the understanding of this topic through a reflection based on theoretical and empirical evidence. In order to seek possible answers we have investigated the careers of
business consultants who worked for a multinational consulting company operating in
Brazil. We have found that having worked for a renowned business consulting company represents a significant shortcut for executive positions in organizations from several industries, especially if coupled with an MBA title by some prominent American or European business school. This can be taken as an evidence that the
flexibility discourse is aligned to the interests of organizational elites, to the extent that it legitimizes their claims to rise to positions of power in organizations without going through the lengthy path required by the assimilation of specific knowledge of each type of activity or industry. === Em geral a evolução do comportamento organizacional tem sido analisada
preponderantemente sob o ponto de vista das transformações econômicas e tecnológicas. Segundo essa perspectiva as empresas se transformam impulsionadas pelas forças de mercado, na tentativa de se adaptarem às demandas dos consumidores e assim se tornarem mais competitivas, de modo a sobreviver e prosperar. Essa visão negligencia a influência dos interesses poderosos
institucionalizados na sociedade e que se manifestam dentro das empresas através
da atuação das elites organizacionais. A partir do estudo das elites organizacionais e das relações de poder estabelecidas por elas podemos ter um melhor entendimento dos fatores que determinam o comportamento organizacional. Com o advento das transformações contínuas às quais as empresas têm sido submetidas com o
propósito declarado de conferir-lhes maior flexibilidade em face à competitividade
crescente dos mercados, as antigas estruturas organizacionais estáticas passaram a
dar lugar às organizações em rede, mais susceptíveis a reestruturações, conforme a
conveniência dos interesses econômicos. Esse ambiente organizacional flexível demandaria profissionais também flexíveis, avessos à especialização excessiva, que poderia tolher-lhes a liberdade de mover-se pela rede organizacional em busca de novas oportunidades. As transformações associadas a esse discurso da
flexibilidade, por sua vez, podem oferecer oportunidades ao favorecimento de interesses não declarados das próprias elites organizacionais. Nesse sentido, o tema de nosso estudo é a forma como o discurso da flexibilidade pode ser utilizado instrumentalmente pelas elites organizacionais em suas disputas internas por
posições de comando nas empresas. Mais objetivamente, a questão que nos propomos a investigar é: 'seria possível identificar no comportamento de integrantes das elites organizacionais evidências ou indícios da utilização do discurso da flexibilidade como um recurso para a disputa por posições de poder no interior das organizações?’ Não é nossa pretensão responder a essa pergunta de forma
categórica, mas sim avançar no entendimento deste tema através de uma reflexão embasada em evidências teóricas e empíricas. Para buscar possíveis respostas investigamos a trajetória profissional de consultores de negócios que trabalharam numa empresa de consultoria multinacional em operação no Brasil. Constatou-se que a passagem por uma renomada empresa de consultoria de negócios representa um atalho significativo para os cargos executivos em organizações dos mais variados setores de atividade, principalmente quando associada a um título de MBA por alguma escola de negócios norte-americana ou europeia de destaque. Isto pode ser considerado uma evidência de que o discurso da flexibilidade se alinha aos interesses das elites organizacionais ao legitimar suas pretensões de ascender a posições de poder nas organizações sem precisar percorrer o demorado trajeto necessário à assimilação dos conhecimentos específicos de cada tipo de atividade ou negócio, o que implicaria em sujeitar-se a uma longa carreira a partir de escalões subalternos.
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