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Previous issue date: 2006-02-16 === Financiadora de Estudos e Projetos === The teleost telencephalon provides a good opportunity for studying the function of the vertebrate limbic system because it is simple and present homologies to the limbic structure of
higher vertebrates, with hippocampus and amygdala. These animals shows only one area of projection to the telencephalon (Ekström et al., 1995), which has been well preserved through evolution (Peitsaro et al., 2003). === Os peixes teleósteos possuem o telencéfalo bem desenvolvido com áreas homólogas a estruturas límbicas de vertebrados superiores, como o hipocampo e a amídala. Esses animais
apresentam também uma única via do sistema histaminérgico ascendente ao telencéfalo que foi preservada durante a evolução. O sistema histaminérgico está relacionado à aprendizagem e memória, entretanto o resultados desses estudos não são conclusivos. Alguns autores sugerem
que o efeito facilitador ou inibidor da histamina está relacionado à estrutura cerebral envolvida e à natureza da tarefa realizada. Desta forma a análise das conseqüências da ablação telencefálica em teleósteos pode contribuir para o entendimento da função da histamina na aprendizagem e
memória. Para auxiliar esse entendimento foram realizados três estudos. O primeiro teve como objetivo verificar o papel da CPA (clorfeniramina), antagonista histaminérgico H1, na esquiva inibitória em teleósteos submetidos à ablação telencefálica. O condicionamento de esquiva foi realizado em cinco dias consecutivos (1 dia de adaptação, 3 dias de treino, compostos por 3 tentativas cada, e 1 dia de teste) e teve início 5 dias após a cirurgia de ablação telencefálica.
Foram realizados 3 grupos experimentais (Sal, CPA 8 e CPA16). Todos os animais foram submetidos à ablação telencefálica e recebiam o tratamento farmacológico (salina, 8 ou 16 µg/g de CPA) imediatamente após a última tentativa dos três dias de treino. Os resultados mostraram
que a CPA apresenta um efeito facilitatório na retenção da tarefa de esquiva inibitória em teleósteos submetidos à ablação telencefalica provavelmente devido a um efeito ansiolítico que ocorre via mesencéfalo e/ou diencéfalo. O segundo estudo teve como objetivo verificar se há
semelhança entre o efeito da CPA e uma droga benzodiazepínica (diazepam - DZP) no condicionamento de esquiva inibitória. A esquiva inibitória foi realizada em três dias (1 dia de adaptação e 2 dias de treino, compostos por 3 tentativas cada). Nos dois dias de treino os animais
submetidos (A) ou não (S) à ablação telencefálcia recebiam tratamento farmacológico (Salina, 16µg/g de CPA, propilenoglicol 40% (PPG) ou 1 µg/g de DZP) 20 antes do início do experimento. Foram realizados 8 grupos experimentais (grupos Sham: S-Sal, S-CPA, S-PPG, SDZP
e grupos ablação: A-Sal, A-CPA, A-PPG e A-DZP). Os resultados mostraram que a CPA causou efeitos similares ao DZP independentemente da ablação telencefálica sugerindo efeito ansiolítico da CPA. Para o terceiro estudo foi desenvolvido um modelo de condicionamento operante para analisar a recuperação funcional após ablação telencefálica em teleósteos e verificar o papel da CPA nessa função. O condicionamento operante foi realizado em 10 dias
consecutivos e teve início 5 dias após a cirurgia de ablação. O animal deveria associar a retirada de uma divisória opaca com o fornecimento de alimento. Foram realizados 4 grupos
experimentais (Sham, ablação, Ablação-Sal, Ablação-CPA). Os resultado mostraram que o modelo desenvolvido é adequado para o estudo da recuperação funcional e que a CPA, devido a
um provável efeito ansiolítico, prejudicou o desempenho do animal. Dessa forma sugerimos que em teleósteos submetidos à ablação telencefálica a CPA parece desempenhar apenas um efeito ansiolítico mediado pelo diencéfalo e/ou telencéfalo e outras possíveis ações da CPA, nos processos de aprendizagem, memória e recuperação funcional parecem ser mediados pelo telencéfalo.
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