A teoria da sensação no De anima de Aristóteles: a apreensão dos sensíveis próprios e comuns

Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6601.pdf: 871756 bytes, checksum: 096f8294b0dc42c7a4f5f8eece8bb33b (MD5) Previous issue date: 2015-02-23 === Financiadora de Estudos e Projetos === According to Aristotle, sensation is a process in which the sense becomes...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Felipe Calleres Amaral dos
Other Authors: Lopes, Marisa da Silva
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de São Carlos 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/4889
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6601.pdf: 871756 bytes, checksum: 096f8294b0dc42c7a4f5f8eece8bb33b (MD5) Previous issue date: 2015-02-23 === Financiadora de Estudos e Projetos === According to Aristotle, sensation is a process in which the sense becomes similar to the sensible. In order to explain this transition from dissimilarity to similarity it is required that one grasps that sensation is a kind of alteration. It is an affection which can be better described as preservation of what is potential (the sense) by what is actual (the sensible). In order to do so, the sense must be constituted in a similar manner in respect of the intermediary which needs to be between the sense and the sensible. So construed, the affection that explains sensation introduces two main characteristics: it establishes a threshold for the intensity of the sensible and it sets how the sense-organs should be composed. They must grasp the sensible without causing the destruction of the senses potentiality, since the intermediary is always something that enables the sensible to appear through it. Sensation as an affection explains primarily the affection of one of the sense objects, namely, the proper sensible. So, it stands as a difficulty how another kind of sense object is grasped: the common sensible. The senses are not physiologically constituted to perceive the common sensible. It happens that common sensibles accompany the proper sensibles, so there is a specific capacity to perceive them, and this capacity is shared by all five senses. === Para Aristóteles, a sensação é um processo no qual o sentido se torna semelhante ao sensível. Para explicar a passagem da dessemelhança à semelhança é preciso compreender que a sensação é um tipo de alteração. Trata-se de uma afecção em que o ser em potência (o sentido) é preservado pelo ser em ato (o sensível). Assim compreendida, a afecção que descreve a sensação apresenta duas características principais: estabelece um limite dentro do qual a sensação é possível e apresenta um padrão para a constituição dos órgãos dos sentidos. Estes devem poder apreender os sensíveis sem que essa apreensão implique na perda da potencialidade dos sentidos. Para isso, os sentidos devem ser constituídos de maneira semelhante ao meio que se interpõe entre o sentido e o sensível, pois o meio é sempre algo que permite aos sensíveis aparecerem através dele. A sensação descrita como uma afecção explica primordialmente a afecção de um dos objetos dos sentidos, a saber, os sensíveis próprios. Então, se coloca como problemática a apreensão dos sensíveis comuns, já que os órgãos dos sentidos não são constituídos com a finalidade de percebê-los. Ocorre que os sensíveis comuns acompanham os sensíveis próprios, de modo que sua apreensão se dá por uma capacidade específica que é compartilhada pelos cinco sentidos.