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Previous issue date: 2007-04-02 === Financiadora de Estudos e Projetos === The wheat chain, as most of Brazilians agri-food chains, has had deep changes on the institutional environment since 1990, when the Brazilian economy was open and most of the industry sectors were deregulated (the State diminished the regulation). The effects of those changes were amplified by the MERCOSUR agreement.
As a consequence, a complete change of the ways coordination on the Brazilian wheat market takes place was noticed. The relations between wheat producers and milling units, which before 1990 was intermediated by State agencies like Banco do Brasil and DTRIG, where totally transferred to the private sector. The cooperative system and the representative associations, which used to focus on the political representation, had to adapt their work and offer different services for their members. The analysis of the new forms of relationships on this market after 1990 shows that the regulatory framework which shaped the activities of the sector for many decades had a strong influence on the new dynamics of coordination after the State reduced the intervention. This study aims to analyze how the Brazilian wheat market was regulated
before and after 1990, highlighting the impact of institutional environment at different times
on the dynamics of the relationships and coordination among those actors playing on the
market after 1990. With this goal, this study will refer to theoretical approaches linked to the
neo-institutionalism, as the Transaction Cost and Measurement Economics, the Network
Analysis, and the Policy Networks. These references will support the preparation of
indicators to explore the vertical coordination (among actors of different tiers) and horizontal
coordination (among actors of the same tier). === A cadeia do trigo, como a maioria das cadeias agroindustriais brasileiras, sofreu profundas mudanças em seu ambiente institucional a partir de 1990, quando os processos de abertura econômica e desregulamentação atingiram este segmento. Os efeitos dessas mudanças foram ampliados pela assinatura do Tratado de Assunção, que institui o MERCOSUL. Como conseqüência, observou-se uma completa transformação no ambiente organizacional do mercado de trigo brasileiro. As relações entre produtores de trigo e moinhos, antes intermediadas por agências estatais como o Banco do Brasil e o DTRIG, passam a ocorrer exclusivamente na esfera privada. O sistema cooperativo e as associações de representação setorial, que antes dedicavam grande parte de seus esforços à representação política junto às agências públicas, tiveram de mudar sua atuação e oferecer novos serviços a seus associados. A análise das novas formas de relacionamento após 1990 mostra que o marco regulatório que norteou o funcionamento do setor nas décadas anteriores, deixou uma forte herança institucional, com profunda influência sobre as novas dinâmicas de coordenação após a diminuição das atividades do Estado nos anos 90. Este trabalho buscou analisar como o mercado do trigo brasileiro foi regulado
antes e depois de 1990, procurando identificar os impactos do ambiente institucional nos
diferentes momentos sobre as dinâmicas de relacionamento e coordenação entre os atores que passaram a atuar nesse mercado a partir de 1990. Para isso, foram utilizados referenciais
teóricos oriundos no neo-institucionalismo, como a Economia dos Custos de Transação e
Mensuração, as Redes de Empresas e as Redes de Poder. Tais aportes permitiram a elaboração de indicadores que viabilizassem a análise da coordenação vertical (entre atores de diferentes elos) e horizontal (entre atores de um mesmo elo).
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