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Previous issue date: 2008-02-29 === With the aim of contributing to the knowledge of risk and resilience factors involved in
child development, this study had the goal of identifying these factors among students from
low-income families. The characteristic of the present research was descriptive and
exploratory, searching for correlations among risk factors that hinder development and
resilience factors that this population may present. Multiple instruments were used to allow
for statistical analyses, which are still little explored by the Brazilian literature. A total of
107 children (3rd and 4th grades) from an elementary school in an upstate city of São Paulo
responded the Resilience Scale and Parental Styles Inventory. The mothers (57) responded
the following: Rutter s A2 Behavior Scale, Family Environment Resources Inventory,
Adverse Events Scale, Social Support Questionnaire, Information Registry Social-economic
Level and Parental Styles Inventory. Academic performance was measured by SARESP
(Academic Achievement System of Sao Paulo State). Results indicated families
economically less favored, with poor social support. Most common adverse events were
associated with economic problems, and difficulties in parental relationships. SARESP data
showed that 28.57% of the children presented low academic achievement. Over 80% of the
children evaluated themselves presenting various resilience factors, such positive selfperception,
good social skills and adequate external support. Parental style, assessed by the
children and by mothers, was considered of risk. Almost half of the mothers (46%) reported
that their children presented high frequency of emotional/behavior problems. For this
group, parental styles and behaviors were found to be significantly more negative and
academic achievement was inferior when compared with the less problems group. Five
children (8% of the total) presented good academic achievement in spite of high number of
adverse events suffered. These children could, thus, be considered resilient. Negative
parental practices and behaviors were considered risk factors for its correlation with
emotional/behavioral problems, and school supervision from parents and good academic
achievement were considered protective factors. The need for methodological improvement
to advance resiliency as a construct is discussed. === Com o intuito de contribuir para a ampliação do conhecimento dos fatores de risco e de
resiliência envolvidos no desenvolvimento da criança, este estudo teve por objetivo
identificar estes fatores entre escolares provenientes de famílias menos favorecidas
economicamente. O caráter da pesquisa é descritivo e exploratório na busca de correlações
entre fatores de risco que dificultam o desenvolvimento e fatores de resiliência que essa
população pode apresentar. Optou-se pelo uso de múltiplos instrumentos por permitir
análises estatísticas ainda pouco exploradas na pesquisa nacional. Um total de 107 crianças
de 3as e 4as séries de uma escola pública em uma cidade do interior de São Paulo
responderam a Escala de Resiliência e o Inventário de Estilos Parentais. As mães (57)
responderam aos instrumentos Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter, Inventário de
Recursos no Ambiente Familiar, Escala de Eventos Adversos, Questionário de Suporte
Social, Formulário Informativo sobre Nível Socioeconômico e Inventário de Estilos
Parentais. O desempenho acadêmico foi levantado pelo SARESP (Sistema de Avaliação do
Rendimento Escolar de São Paulo). Os resultados caracterizaram famílias de baixo poder
aquisitivo e pouco suporte social. Os eventos adversos mais relatados relacionavam-se a
problemas financeiros e dificuldades nos relacionamentos dos pais. Os dados do SARESP
mostraram que 28,57% das crianças apresentaram baixo desempenho acadêmico. Mais de
80% das crianças se auto-avaliavam como apresentando vários fatores de resiliência, tais
como uma auto-percepção positiva, habilidades sociais e contribuições de suportes
externos. O estilo parental, tanto na avaliação das crianças como de suas mães, foi
considerado de risco. Quase metade das mães (46%) relatou que seus filhos apresentavam
alto índice de problemas emocionais/comportamentais. Verificou-se que,
significativamente, para esse grupo, os estilos e as condutas parentais eram mais negativos
e o rendimento acadêmico era inferior quando comparado ao grupo com menos problemas.
Considerou-se que cinco crianças (8% do total), devido aos bons resultados acadêmicos
apresentados diante do alto número de eventos adversos sofridos, poderiam ser
consideradas resilientes. As práticas e condutas parentais negativas foram consideradas
fatores de risco por sua correlação com problemas emocionais/comportamentais e a
supervisão dos pais para e escola e bons resultados acadêmicos foram considerados fatores
de proteção. Discute-se a necessidade de aprimorar a metodologia utilizada para aperfeiçoar
o constructo resiliência.
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