Summary: | Made available in DSpace on 2016-06-02T19:39:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
5834.pdf: 1141487 bytes, checksum: 22677092e6667a2beb26226f31fd2bdd (MD5)
Previous issue date: 2014-02-28 === Financiadora de Estudos e Projetos === The agrarian reform settlements have been configured as a territory in costant dispute for capital, through agro-industrial partnerships, and are legalized by Ordinance state 77/2004, which allows the cultivation of the crops for agro-industrial ends at the state settlements of São Paulo, pointing them in a new direction. From this reality this essay has a goal to analyze the relation between Work and Education on these settlements, aiming to understand in which way the settled worker acquires the knowledge necessary for the production and how this agro-industrial knowledge interferes on the work developed. The field research was performed in the Guarani Settlement situated in the city of Pradópolis in the state of São Paulo, which has an agro-industrial partnership with a nearby plant, named Usina São Martinho. It was found that the work formation occurs mostly through experience and exchange of knowledge. This knowledge comes from previous generations, which were moved from the field and denied access to the land due to the technologic development which mechanized the field production. Few families have frequented schools. The search for knowledge about planting and crops also can be seen in the exchange of experiences with neighbors and even from practice itself. The technical advice from Institution ITESP and INCRA, due to the large number of families, has not been available for everyone. We concluded that the agro-industrial partnerships appear in the settlements after a process of exhausting the land of any other possibilities and are characterized as contradictory alternatives to the process of land struggle, although are accepted due to the precarious socioeconomic conditions of the people. === Os assentamentos de reforma agrária têm se configurado como um território em disputa pelo capital por meio das parcerias agroindustriais, legalizadas pela Portaria Estadual 77/2004, que permitem o cultivo de lavouras para fins agroindustriais nos assentamentos estaduais do Estado de São Paulo, dando um novo direcionamento para os assentamentos. A partir desta realidade, este trabalho tem como objetivo analisar a relação entre Trabalho e Educação no assentamento, com a finalidade de compreender de que forma o trabalhador assentado se apropria de conhecimentos para a produção e como o conhecimento pautado na agroindústria interfere no trabalho que ele desenvolve. A pesquisa de campo foi realizada no Assentamento Guarani situado na cidade de Pradópolis SP-, que tem uma parceria agroindustrial com a Usina São Martinho. Constatou-se que a formação para o trabalho ocorre praticamente na vivência e troca de experiências. Os conhecimentos vêm das gerações anteriores, que foram desapropriadas do campo e acesso a terra devido ao desenvolvimento tecnológico que mecanizou a produção no campo. Poucas famílias possuem formação escolarizada. A busca de conhecimentos sobre a plantação das culturas se dá também na troca de experiências com vizinhos e até mesmo na própria prática. A assessoria técnica da Fundação ITESP e do INCRA, devido ao grande número de famílias, nem sempre tem sido acessível para todos. Concluímos que as parcerias agroindustriais surgem nos assentamentos após um processo de esgotamento de todas as possibilidades para o desenvolvimento do lote e que se caracterizam como alternativas contraditórias do processo de luta pela terra, mas, são aceitas devido as precárias condições socioeconômicas dos sujeitos.
|