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Previous issue date: 2012-02-16 === Esta pesquisa trata da discussão sobre a educão superior brasileira, especificamente a formação dos profissionais da saúde, tomando-se como parâmetro a especializão no conjunto da pós-graduação, a partir da análise do Programa da Residência Multiprofissional em Saúde, reconhecido como pós-graduação lato sensu. Tomamos como estudo empírico o programa implantado pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos SP, denominado Projeto da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, criado em 2006, que foi apresentado como estratégia para implementação do Sistema Único de Saúde no município, para a consolidação do Programa de Saúde da Família. Este programa foi instituído como uma proposta de cogestão institucional, com a UFSCar e ofertado aos profissionais da área da saúde, com exceção da categoria médica, que contemplou ampliar a qualidade e a eficiência dos serviços municipais de saúde. Foi feita uma pesquisa histórica e documental e, posteriormente, utilizou-se o depoimento dos residentes a respeito dessa experiência de formação profissional, como instrumento para análise dos problemas, levando em consideração o mapeamento de todos os demais segmentos envolvidos no processo da pesquisa de campo. Os resultados alcançados permitem afirmar a mportância da pós- graduaçãolato sensu no âmbito da educação em saúde. Contudo, sua oferta descontínua e, na maioria dos casos, não acadêmica, tem caracterizado um modelo limitado pela lógica mercantil, evidenciando a falta de políticas públicas que assegurem a devida qualificação profissional. A partir de todos os elementos apresentados para análise, concluímos que a Residência Multiprofissional, implantada no município de São Carlos, pretendida como uma nova estratégia para políticas de educação permanente, favorecendo a produção das condições necessárias para mudanças no modelo médico-assistencial restritivo, ainda hegemônico, de atenção em saúde, restringiu-se estruturação da rede de serviços públicos, por meio da oferta de um campo de trabalho precarizado.
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