A significação do conceito de inclusão escolar por professoras.

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TeseEPC.pdf: 1176222 bytes, checksum: 153da227b759249a5cfae8f393ce0c9c (MD5) Previous issue date: 2006-10-05 === Departing from a framework that considers man as a cultural and historical being and, therefore, a synthesis...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Carlino, Eliana Prado
Other Authors: Reyes, Cláudia Raimundo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de São Carlos 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2182
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-06-02T19:35:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TeseEPC.pdf: 1176222 bytes, checksum: 153da227b759249a5cfae8f393ce0c9c (MD5) Previous issue date: 2006-10-05 === Departing from a framework that considers man as a cultural and historical being and, therefore, a synthesis of psychic and ideological, social and individual forces, this work aim to apprehend the ocurrence of signification processes, characterizing and making visible the discursive movement as it keeps constituting the signification process of a concept. To analyse this route and make visible the social marks of the produced enunciations, we choose the concept of school inclusion, according to its complexity and relevance for the educational reality of today. This issue is posed as a demand for teachers and his formers and is inserted in a widest movement of the society that is of the social inclusion. The research group was constituted by seven elementary school teachers to whom we offered a course of extension in which we discussed the issue of school inclusion with the intention to analyse the ways of signification of this concept in the interlocution process that ocurrs in situations that configures itself as of teaching and learning.Our work is based, mainly, on Vygotsky and Bakhtin, authors that offers foresights by means of which we can understand the language dynamicity. On the enunciative-discursive view as we adopt the nature of language is social and dialogical and the word when expressed enclose in itself a intense game of social forces; is not unique, is not univocal and neither clear. To analyse the dates, we choose the microgenetic approach. Alongside the analysis we discarded the idea that to signify a concept we evoke just cognitive functions, in the sense of something strictly internal and personal. The voices that are present by are many, although physically departed; the elaborations produced by the teachers have historicity, have marks of the socio-historical contexts. In spite of having an extensive display and different resources during the class, that presumably ought to guide the signification processes that individual realize, marking their enunciations on a certain matter or concept, the class is just a moment of this elaboration; nevertheless, an important moment that produces new enunciations. In the end of the work, we compose some considerations about being both a teacher and researcher and the conflicts engendered by this double role. We point further some of the ways how the teachers were (re)signifying their concepts about school inclusion alongside the interlocutions. === Partindo de um referencial que considera o homem como ser histórico-cultural, portanto, síntese de forças individuais e sociais, psíquicas e ideológicas, este trabalho pretendeu apreender a ocorrência de processos de significação, caracterizando e tornando visível o movimento discursivo na medida em que ele vai constituindo o processo de significação de um conceito. Para analisar esse percurso e tornar visíveis as marcas sociais das enunciações produzidas, optamos pelo conceito de inclusão escolar, dada sua complexidade e relevância para a realidade educacional hoje. Este tema está posto como exigência para os professores e para seus formadores e está inserido num movimento mais amplo da sociedade que é o da inclusão social. O grupo de pesquisa foi constituído por sete professoras do ensino fundamental a quem oferecemos um curso (de extensão) no qual fomos discutindo a temática da inclusão escolar com a intenção de analisar o(s) modo(s) de significação deste conceito nos processos de interlocução que ocorrem em situações que se configuram como de ensino e de aprendizagem. Nosso trabalho se apoiou, principalmente, em Vygostky e Bakhtin, autores que oferecem lentes por meio das quais podemos compreender o processo de significação na dinamicidade da linguagem em funcionamento. Na perspectiva enunciativo-discursiva aqui utilizada a natureza da linguagem é social e dialógica e a palavra ao ser expressa contém em si um jogo intenso de forças sociais; não é una, não é inequívoca e nem transparente. Para analisar os dados, optamos pela abordagem microgenética. Ao longo das análises descartamos a idéia de que ao significar um conceito, mobilizamos apenas funções cognitivas, no sentido de algo estritamente interno e individual. São muitas as vozes que se fazem presentes, ainda que ausentes fisicamente; as elaborações produzidas pelas professoras têm historicidade, têm marcas dos contextos sócio-históricos. Apesar de haver todo um aparato e recursos diversos durante a aula, que supostamente deveriam orientar os processos de significação que os sujeitos realizam, marcando suas enunciações sobre um determinado conteúdo ou conceito, a aula é apenas um momento dessa elaboração; ainda assim, um momento importante que produz novas enunciações. Ao final do trabalho, tecemos algumas considerações sobre o ser professora e pesquisadora concomitantemente e os conflitos gerados por essa duplicidade de papéis. Apontamos ainda, alguns dos modos como as professoras foram (re)significando seus conceitos sobre a inclusão escolar no decorrer das interlocuções.