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Previous issue date: 2012-06-27 === Financiadora de Estudos e Projetos === To investigate the use and development of the idea of adventure in brasilian sports field was the main goal of this study. Due to the enormous variability of the contemporary experience of adventure, I tried to follow the developments of a local version from where doubts about its specificity emerged. I started, then, on how this notion was thought and rationalized and, at the same time, on its practice in the city of Brotas (São Paulo state), self entitled the Brazilian capital of adventure. The study of adventure in this ambiance, undeniably embodied, led me to put my own body to work for its understanding and to focus on rafting practice in Brotas, as the condition of possibility of this experiment. However, during the experimentation I realized adventure held the sporting component only as one of the possible elements of its exploring. While making the effort to put in words so many angles, objects in dispute, categories of accusation and self praising discourses that circumscribe the hues on the concept of adventure I ended on acknowledging that the main concerns of adventure in Brotas regard not only the amateur sport, but also the professionalization of tourism and, before it all, an environmental project. Through the problematization of these themes, "adventure as work" came up as an unpredicted matter but a core question to the ethnographic research. And I noted that it is compromised with a peculiar notion of nature and that it is produced in opposition to the concept of radicality. But that, even though the exaltation of nature produces the detachment of radicality, the last one is regained as the contemporary notion of adventure is created so that, and it then demands, a certain type of tourist and a specific kind of worker, the adventure conductor, whose practices are related not to the avoidance, but to the facing of certain risks, mingled with the notions of safety and technique. === Investigar o uso e a elaboração da noção de aventura no contexto esportivo brasileiro foi o objetivo primeiro deste estudo. Devido à imensa variabilidade da experiência contemporânea da aventura, procurei acompanhar os seus desdobramentos concretos em uma versão local de onde surgiram indagações sobre sua especificidade. Parti, então, de como era refletida e racionalizada e, ao mesmo tempo, de sua prática na cidade de Brotas (SP), autodenominada a capital brasileira da aventura. O estudo da aventura neste contexto, empreendimento inegavelmente corporal, me levou a colocar meu próprio corpo a serviço de sua compreensão e a focar o rafting brotense como condição de possibilidade deste experimento. Contudo, durante a sua realização percebi que a aventura apresentava o componente esportivo da prática apenas como um dos tantos elementos possíveis de sua vivência. Ao passo que me esforçava para transportar ao texto, então, as muitas vertentes, objetos em disputa, categorias de acusação e discursos de autoelogio que circunscrevem as matizes da noção de aventura cheguei, sobretudo, ao entendimento de que as principais preocupações da aventura em Brotas dizem respeito não apenas ao amadorismo esportivo, como também à profissionalização do turismo e, antes, a um projeto ambiental. Através do tratamento destes temas a aventura enquanto trabalho aflorou como uma questão imprevista e central à pesquisa etnográfica. E notei que ela está comprometida com uma ideia peculiar de natureza e é produzida em oposição à noção de radicalidade. Mas que, embora a exaltação da natureza produza o afastamento da radicalidade, a última é retomada na medida em que a noção contemporânea de aventura é criada para, e passa a exigir, um certo tipo de turista ou esportista e um tipo específico de trabalhador, o condutor de aventura, cujas práticas estão relacionadas não à evitação, mas ao enfrentamento de certos riscos, matizados pelas noções de segurança e técnica.
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