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Previous issue date: 2004-03-18 === Financiadora de Estudos e Projetos === The manjuba small-scale fishing, also known as "iriko" fishing, is a common
"caiçara" practice which has been present in Cardoso Island for approximately seventy years.
The need to study this kind of fishing results from restrictions to this activity imposed by the
legislation, due to the small mesh of the nets used. This work was developed in the Enseada
da Baleia and Vila Rápida communities with the aim of obtaining subsidies for the comanagement
of manjuba fishing. Human Ecology and Ethnoecology approaches were used
as the research leading line, and the following methodological procedures were used: open or
free interviews, direct observation, life history, quizzes for production results, fishing efforts,
and accompanying fauna . Data about the technique and strategies used in the manjuba
fishing and about the studied fishermen local knowledge, including the ethnobiological
classification of manjuba, were obtained, and the social, ecological and economical aspects
involved in this type of fishing were analyzed. It was noticed that the fishermen s knowledge
and experience as well as the fishing gear limitations are important for the execution of more
selective fishing and for the conservation of the resource. However the lack of current
studies about the manjuba stock in the region hinders the analysis of the production data
obtained from the point of view of its sustainable exploitation. It was observed that industrial
fishing, official control and restricted market are the main external factors that directly
interfere in the fishing activity studied here. Some proposals were suggested for the
management of manjuba fishing, highlighting the need of performing this activity with the
participation of the communities who are users of this resource. It is important to obtain
alternative forms of uses and management of natural resources which should be ecologically
and socially appropriate starting from the dialog and knowledge integration between
researchers, public institutions and human groups studied. === A pesca artesanal da manjuba, também chamada de pesca do iriko , é uma prática
caiçara realizada há aproximadamente 70 anos por pescadores estuarinos da Ilha do Cardoso.
A necessidade do estudo dessa pesca é decorrente da existência de restrições à sua prática na
legislação, devido à baixa seletividade da rede empregada na atividade. O trabalho foi
desenvolvido nas comunidades Enseada da Baleia e Vila Rápida, com a finalidade de reunir
subsídios para o manejo participativo da pesca da manjuba. Para tal, foram empregadas as
abordagens da Ecologia Humana e Etnoecologia, como linha condutora da pesquisa, e
utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: entrevistas livres ou abertas,
observação direta, história de vida e questionários para obtenção de dados de produção,
esforço de pesca e fauna acompanhante. Foram obtidos dados da técnica e estratégias
utilizadas na pesca da manjuba, sobre conhecimento local dos pescadores estudados,
incluindo a classificação etnobiológica das manjubas, além de analisados os aspectos sociais,
ecológicos e econômicos envolvidos nesse tipo de pesca. Foi observado que os
conhecimentos e práticas dos pescadores, associados à limitação dos apetrechos de pesca,
são importantes para a execução de uma pesca mais seletiva e para a conservação do recurso.
No entanto, a inexistência de estudos atuais sobre o estoque das manjubas na região dificulta
a análise dos dados de produção obtidos, do ponto de vista de sua explotação sustentável.
Verificou-se que a pesca industrial, a fiscalização e o mercado restrito são os principais
fatores externos que interferem diretamente na atividade pesqueira estudada. A partir da
análise do contexto em que a pesca da manjuba está inserida foram sugeridas propostas para
o manejo da atividade, ressaltando-se a necessidade de sua realização de forma participativa,
juntamente com as comunidades usuárias do recurso. Desta forma, destaca-se a importância
da obtenção de alternativas de uso e manejo dos recursos naturais, ecológico e socialmente
apropriadas, a partir do diálogo e da integração de conhecimentos entre pesquisadores,
órgãos públicos e grupos humanos estudados.
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