Summary: | Made available in DSpace on 2016-06-02T19:24:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
1637.pdf: 1239767 bytes, checksum: 502750fb906e6565bb3190c5561143cc (MD5)
Previous issue date: 2007-12-07 === Financiadora de Estudos e Projetos === The research had as objective to study how the increase on the number of women labor force
has affected the division of the domestic work and the construction of the masculine social
identity based in the provider paper, through the workers' perception on this change. This
study examines the re-meaning or reiteration of the gender identities, having as cross section
the generation insertion in the world of the work.
Forty two metallurgic workers of São Carlos, SP (being thirty men and twelve women) had
been interviewing, recovering the trajectories of life and work and their gender attributions, in
the industrial and domestic space. The choice of the metallurgic sector elapsed for consisting
in a space of masculine work historically recognized, being this profile changed, slowly, in
last the two decades.
It was possible to verify a generation cross section that delimits the position of the workers in
relation to the work division and their expectation on their gender identity. It has been noticed
that the oldest workers (with more than 40 years old), still see in the formal job market (with
steady work and labor register) the privileged way of access in the labor and familiar
structuring and the construction and valuation of the masculine identity.
Presence of a speech of bigger equality between men and women was verified in workers
between 30 to 39 years old. Finally, it was observed that young workers (until 29 years old)
have greater propensity to insert themselves in the logic of transformations of flexible
capitalism, marked for the instability in the labor trajectories. This context has influenced
some changes in the gender perception in relation to the sexual division of the work and the
biggest dubiousness of the construction of the masculine identity entailed to the work === A pesquisa teve como objetivo estudar como a feminização crescente do mercado de trabalho
tem afetado a divisão do trabalho doméstico e a construção da identidade social masculina
baseada no papel de provedor, através da percepção dos trabalhadores sobre essa mudança.
Examina a resignificação ou reiteração das identidades de gênero, tendo como recorte a
inserção geracional no mundo do trabalho.
Foram entrevistados quarenta e dois trabalhadores metalúrgicos da cidade de São Carlos SP
(sendo trinta homens e doze mulheres), recuperando suas trajetórias de vida e trabalho bem
como suas atribuições de gênero, no espaço fabril e doméstico. A escolha do setor
metalúrgico decorreu por constituir-se, historicamente, num espaço de trabalho masculino por
excelência, sendo que este perfil tem mudado lentamente nas últimas duas décadas.
Foi possível verificar um recorte geracional que delimita a posição dos trabalhadores em
relação à divisão do trabalho e sua expectativa em relação à sua identidade de gênero. Notouse
que os trabalhadores mais velhos (com mais de 40 anos de idade), ainda vêem no mercado
de trabalho formal, estável e com carteira assinada, a via de acesso privilegiada na
estruturação laboral/familiar e na construção e valorização da identidade masculina. Entre os
trabalhadores na faixa dos 30 aos 39 anos de idade verificou-se a presença de um discurso de
maior igualdade entre homens e mulheres. Finalmente, observou-se que trabalhadores jovens
(com até 29 anos de idade) têm maior propensão a se inserir de maneira mais ampla na lógica
de transformações do capitalismo flexibilizado, marcada pela instabilidade nos trajetos
laborais. Esse contexto tem influenciado algumas mudanças na percepção de gênero em
relação à divisão sexual do trabalho e o maior questionamento da construção da identidade
masculina vinculada ao trabalho
|