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Previous issue date: 2013-05-03 === Universidade Federal de Minas Gerais === When confronted with fear situations rodents exhibit behavioral (e.g., fight, flight, immobility and vocalization) and neurovegetative (tachycardia, hypertension and defecation) responses that characterize the defense reactions. In general, these responses are accompanied by antinociception. The exposure of animals to the paradigm of the Elevated Plus Maze (EPM) results in a repertoire of defensive responses and antinociception, since the open arms of the EPM represents a threat to rodents. Several studies have investigated the neural substrate involved in the neurotransmission and neurobiology of aversive situations-induced antinociception, and many have highlighted the involvement of the dorsal portion of periaqueductal gray matter (dPAG). Several mediators which play an important role in modulation of fear/anxiety and nociception states, has been studied and, recently, with the discovery of TRPV1 receptor (Transient Receptor Potential vanilloid type-1), vanilloid compounds, which are agonists of this ion channel, are gaining prominence. It is unclear the role played by these compounds in the modulation of these emotions, since there are some conflicting results in the literature regarding its effects. However, through the use of genetic and pharmacological tools, the vanilloid compounds appear as an interesting target in an attempt to elucidate the neurobiology of pain and anxiety. Thus, the present study aimed to investigate the role of these vanilloid compounds in the modulation of fear/anxiety as well as aversive environment-induced antinociception. Animals were submitted to the agonist capsaicin microinjection intra-dPAG (0, 0.01, 0.1 or 1 nmol) which in the dose of 1 nmol reduced nociception assessed by the formalin test, and increased anxiety assessed by EPM test. Antagonist capsazepine microinjection intra-dPAG (0, 10, 30 or 60 nmol) did not cause any effect on anxiety assessed by EPM. However, the dose of 60 nmol mimicked the capsaicin effects, promoting antinociception assessed by the formalin test, suggesting a tonic role of vanilloids in pain. Interestingly, it was demonstrated the TRPV1 receptor specificity, since mice submitted to capsazepine prior treatment intra-dPAG at dose devoid of effect per se effect (30 nmol) in anxiety and nociception, had the pro-aversive and antinociceptive capsaicin effect completely and selectively reversed. Finally, this same capsazepine dose (30 nmol) was able to attenuate the aversive environment-induced antinociception elicited by the fully open EPM (oEPM: four open arms). Altogether, our results suggest an important role played by the vanilloid compounds in the modulation of defense reactions and antinociception. Also, the pro-aversive and antinociceptive effects of capsaicin are primarily due to selective activation of TRPV1, and finally, the antagonist capsazepine is able to attenuate the oEPM-induced antinociception, a maze derived from the EPM apparatus which elicits more aversion. === Quando confrontado com situações de medo os roedores apresentam respostas comportamentais (ex., luta, fuga, imobilidade e vocalização) e neurovegetativas (taquicardia, hipertensão e defecação) que caracterizam as reações de defesa. Em geral, essas respostas são acompanhadas de antinocicepção. A exposição de animais ao teste do Labirinto em Cruz Elevado (LCE) resulta num repertório de reações de defesa e antinocicepção, uma vez que os braços abertos do LCE representam uma ameaça a roedores. Vários estudos têm investigado o substrato neural e a neurotransmissão envolvidos na neurobiologia da antinocicepção induzida por situações aversivas, e muitos têm destacado a participação da porção dorsal da matéria cinzenta periaquedutal (MCPd) mesencefálica. Vários mediadores com um papel importante na modulação do medo/ansiedade e da nocicepção vem sendo estudados e, mais recentemente, a partir da descoberta do receptor TRPV1 (Transient Receptor Potential Vanilloid type-1), os compostos vaniloides, que são agonistas desse canal iônico, vêm ganhando destaque. Todavia, é incerto o papel desses compostos na modulação dessas emoções, uma vez que ainda existem resultados contraditórios na literatura a respeito dos seus efeitos. Entretanto, através da utilização de ferramentas genéticas e farmacológicas, os vaniloides aparecem como um alvo interessante no estudo da neurobiologia da ansiedade e da dor. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o papel desses compostos vaniloides na modulação do medo/ansiedade bem como na antinocicepção induzida por ambiente aversivo. Os animais foram submetidos à microinjeção do agonista vaniloide capsaicina intra-MCPd (0, 0,01, 0,1 ou 1 nmol) que, na dose de 1 nmol, reduziu a nocicepção avaliada pelo teste da formalina, e aumentou a ansiedade avaliada pelo teste do LCE. A microinjeção do antagonista capsazepina intra- MCPd (0, 10, 30 ou 60 nmol) não provocou efeito algum na ansiedade avaliada pelo LCE. No entanto, a dose de 60 nmol mimetizou os efeitos da capsaicina, promovendo antinocicepção avaliada pelo teste da formalina, sugerindo um papel tônico dos vaniloides na dor. De maneira interessante, foi possível demonstrar a especificidade dos receptores TRPV1, uma vez que, camundongos submetidos ao prévio tratamento intra- MCPd com uma dose de capsazepina desprovida de efeito per se (30 nmol) na ansiedade e nocicepção, tiveram o efeito pró-aversivo e antinociceptivo da capsaicina revertidos completamente e de maneira seletiva. Por fim, essa mesma dose de capsazepina (30 nmol) foi capaz de atenuar a antinocicepção induzida pelo ambiente aversivo do LCE todo aberto (LCEa: quatro braços abertos). Tomados em conjunto, nossos resultados sugerem um papel importante dos compostos vaniloides na 3 modulação das reações de defesa e antinocicepção. Ainda, os efeitos pró-aversivos e antinociceptivos da capsaicina se devem primariamente a ativação seletiva dos TRPV1, e por fim, o antagonista capsazepina é capaz de atenuar a antinocicepção induzida pela situação aversiva do LCEa.
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