Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. === Made available in DSpace on 2013-03-04T20:03:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
309420.pdf: 1488441 bytes, checksum: a3ab0a8544f66a3620eafe5acd3037d4 (MD5) === O estresse constitui um fenômeno complexo que necessita ser compreendido por meio de diferentes contextos, âmbitos e influências. Diariamente as pessoas, de modo geral, vivenciam situações estressantes em seu cotidiano de trabalho e podem utilizar diferentes formas de enfrentamento para possibilitar a redução do impacto do estresse. Diversas formas de enfrentamentos também têm sido utilizadas pelos dirigentes de organizações universitárias em um contexto de constantes desafios e processos de mudanças impostos às universidades e, por extensão, aos seus gestores. Os objetivos dessa tese foram identificar as situações estressantes vivenciadas por gestores universitários públicos e identificar, caracterizar e comparar as estratégias de enfrentamento utilizadas por eles. Foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado com o propósito de aprofundar as respostas de dezessete gestores em uma universidade pública do Sul do país, precedidas pela aplicação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. O procedimento de coleta de informações foi recorrente, ou seja, os conteúdos foram posteriormente checados pelos próprios participantes. A análise dos dados foi feita por meio da construção de categorias pré-estabelecidas, complementadas por categorias pós-estabelecidas, a partir das verbalizações dos participantes e da indicação obtida no preenchimento do inventário das estratégias mais utilizadas e menos utilizadas. As situações estressantes foram analisadas em cinco âmbitos: indivíduo, função, grupo, organização e ambiente externo, evidenciando sua inter-relação. O âmbito com maior número de ocorrências foi o da organização, com menção a diferentes situações estressantes. Os âmbitos do indivíduo e do ambiente externo tiveram o menor número de ocorrências. As estratégias de enfrentamento do estresse foram classificadas em dois tipos: as focalizadas no problema (resolução de problemas e confronto), e as focalizadas na emoção (suporte social, autocontrole, aceitação de responsabilidade, reavaliação positiva, afastamento e fuga e esquiva). Juntamente com essas, foram pós-estabelecidas outras estratégias: características pessoais dos gestores, tempo e planejamento de trabalho, vida pessoal e profissional, e estilo de vida (relacionadas aos hábitos de alimentação e sono; prática de atividades físicas e atividades de lazer). As estratégias com maior número de ocorrências foram de resolução de problemas e suporte social. Os gestores costumam buscar diferentes alternativas para a resolução dos problemas e recorrem ao auxílio de pessoas em geral, no âmbito da organização (gestores, equipe de trabalho, professores, entre outros) e no ambiente externo (companheiros, família, amigos, psicoterapeuta, empregada doméstica, etc.). As estratégias com menor número de ocorrências foram fuga e esquiva, e afastamento. As estratégias indicadas foram consideradas pelos gestores universitários públicos como adequadas e positivas para reduzir o impacto do estresse no seu trabalho cotidiano. Apesar da indicação de situações estressantes no contexto de trabalho, o cargo de gestão foi considerado como uma experiência positiva.
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