Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-26T06:55:53Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O Bacillus thuringiensis var. israelensis (Bti) é uma bactéria entomopatogênica, Gram-positiva, aeróbica facultativa, formadora de esporos que, durante a esporulação, sintetiza um cristal protéico parasporal (?-endotoxina) em adição ao endósporo, tóxico a uma grande variedade de insetos que são economicamente importantes como pestes. Sua ação depende da ingestão dos cristais, que são solubilizados no intestino de larvas susceptíveis, onde as protoxinas são liberadas, formando poros na membrana, causando a morte da larva. Ele tem sido utilizado em Joinville e região para o controle dos mosquitos Aedes aegypti e Simulium pertinax, cujos ataques causam sérios impactos e inconveniência à população ribeirinha e ao turismo local. O objetivo do presente estudo é testar a metodologia de cultivo semi-contínuo para a produção de Bacillus thuringiensis var. israelensis proposta por Silva (2007); desenvolver uma formulação bioinseticida contendo o Bti obtido e verificar sua eficácia no controle populacional de larvas de A. albopictus em comparação com os bioinseticidas comerciais Vectobac AS e Teknar HP-D , bem como sua segurança em testes de toxicidade aguda utilizando, como bioindicadores, organismos não-alvo de diferentes níveis tróficos: o flagelado Euglena gracilis, representando os produtores primários, o microcrustáceo Daphnia similis, representanto os consumidores secundários e o peixe Danio rerio como representante dos consumidores terciários. Sob as condições experimentais utilizadas, a formulação bioinseticida produzida demonstrou ser eficiente para o controle de larvas de A. albopictus, com valores de DL50 de 3,97 mg/L, enquanto que os produtos comerciais formulados Vectobac AS e Teknar HP-D , tiveram valores de DL50 de 0,019 e 0,013 mg/L respectivamente. O bioinseticida Bti-Univille formulado demonstrou ser mais seguro ao organismo não-alvo Daphnia similis (DL50= 130 mg/L) que os produtos comerciais Vectobac AS® (DL50= 50 mg/L) e Teknar HP-D® (DL50= 32 mg/L), requerendo doses maiores para causar a mesma letalidade. Para todas as formulações bioinseticidas testadas, os valores de DL50 à D. similis foram superiores aos de DL50 estimados para o inseto-alvo; frente ao peixe Danio rerio, nenhuma das amostras bioinseticida testadas demonstrou toxicidade em doses até 100 mg/L. Os resultados obtidos nos ensaios de toxicidade aguda com Euglena gracilis foram inconclusivos, sendo necessária a realização de novos testes sob as mesmas condições experimentais para estimar a toxicidade do bioinseticida produzido a este organismo não-alvo.
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