Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente === Made available in DSpace on 2012-10-26T06:10:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299970.pdf: 1456490 bytes, checksum: 3312a834a995a4d8eadf3ba0d7da9bbb (MD5) === Bigelow e Tarone (2004) propõem que aprendizes de língua estrangeira (LE) com níveis baixos de letramento em língua materna (LM), e, por conseqüência, com limitações em consciência metalingüística, terão dificuldades de perceber a diferença entre a sua produção em LE e o insumo recebido. Todavia, esses pesquisadores não mediram o nível de consciência metalingüística de seus participantes em nenhum dos estudos que conduziram. Sendo assim, dados foram coletados com 24 brasileiros (com nível básico de inglês como LE), que fizeram testes de letramento em LM (PISA), consciência metalingüística (fonológica, morfológica e sintática) em LM e LE, e pré- e pós-testes de proficiência em LE (KET). Os objetivos do estudo foram averiguar se há correlação entre o nível de consciência metalingüística desses aprendizes e seu nível de letramento e verificar se consciência metalingüística em LM e/ou LE e/ou letramento seria eficaz em prever ganhos na proficiência em LE entre os dois testes e a nota final em um semestre de um curso de inglês. A análise dos dados permite argumentar que (1) o letramento e a consciência sintática em LM estão relacionados, (2) a consciência sintática, assim como a fonológica, transferem-se da LM para a LE, (3) a consciência fonológica em LM tem um papel prejudicial no aprendizado de LE, e (4) a consciência sintática em LE tem papel benéfico no aprendizado de LE e leva os aprendizes a alcançarem um nível maior de proficiência. A tese proposta é de que o envolvimento com o código escrito (pelo menos para aqueles aprendizes que não têm limitações na consciência fonológica) leva ao refinamento da consciência sintática. Esse conhecimento, quando transferido para a LE, impulsiona o seu desenvolvimento. De acordo com esses resultados, diferentemente do que Krashen (1982) propôs, existe, sim, um papel para o conhecimento explícito no aprendizado de LE.
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