Biomarcadores moleculares no camarão branco, Litopenaeus vannamei (Crustacea: Decapoda), submetido a estresse ambiental e infectado pelo vírus da síndrome da mancha branca (White Spot Syndrome Virus, WSSV)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-26T00:28:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 299617.pdf: 1058149 bytes, checksum: fe577bb1346a58bf48006955f22d0...
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Florianópolis, SC
2012
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Biotecnologia Litopenaeus vannamei Marcadores biologicos Vírus da síndrome da mancha branca Permetrina Agua Temperatura Moser, Juliana Righetto Biomarcadores moleculares no camarão branco, Litopenaeus vannamei (Crustacea: Decapoda), submetido a estresse ambiental e infectado pelo vírus da síndrome da mancha branca (White Spot Syndrome Virus, WSSV) |
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Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-26T00:28:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299617.pdf: 1058149 bytes, checksum: fe577bb1346a58bf48006955f22d0b1f (MD5) === O vírus da síndrome da mancha branca (White Spot Syndrome Virus - WSSV) é o agente etiológico da doença viral que afeta a maior parte dos cultivos de camarão marinho no mundo. A ocorrência do WSSV em Santa Catarina, no início de 2005, revelou a fragilidade das medidas sanitárias aplicadas nas fazendas de criação de camarões marinhos e do sistema de vigilância sanitária animal. A saúde dos camarões e, conseqüentemente, a produtividade de uma fazenda de cultivo são fortemente influenciadas pelas condições físicas, químicas e biológicas que prevalecem ao longo do processo de cultivo. Compostos tóxicos, como pesticidas, alterações na salinidade temperatura da água de cultivo, são alguns dos fatores que podem promover estresse e induzir alterações bioquímicas, moleculares e fisiológicas nesses animais, podendo, ainda, favorecer a incidência de enfermidades virais. A permetrina é o inseticida piretróide mais utilizado em práticas de cultura de arroz em muitos países. Concentrações sub-letais de permetrina podem causar impacto nos cultivos, afetando sua produtividade. Neste estudo, camarões juvenis, Litopenaeus vannamei foram expostos permetrina (0,01, 0,1, 0,2, 0,3, 0,4 e 0,8 µg.L-1) por 96h e em um segundo experimento (0,8 µg.L-1) por 6, 12, 24, 48, 72 e 96h. Ensaios enzimáticos envolvendo a determinação da atividade da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa S-Transferase (GST) e acetilcolinesterase (AChE), foram realizados em brânquias e hepatopâncreas de camarão exposto a permetrina. Níveis de transcrição dos genes que codificam estes biomarcadores enzimáticos foram investigados por PCR em tempo real (qPCR) em ambos os tecidos. Num segundo experimento, os camarões foram expostos a 0,8 µg.L-1 de permetrina durante 7 dias antes de serem inoculados com o WSSV. O perfil de expressão de proteínas de estresse e de defesa, tais como ferritina, ß-actina, proteína quinase C., ubiquitina, HSP90 Hsp60, Hsp70, caspase-3 e proteína QM, foi avaliado no tecido branquial destes animais, através de qPCR e por Western blot. Mudanças nos níveis de expressão sugerem que a toxicidade de permetrina promove alterações na expressão de genes-alvo no camarão L. vannamei, modulando a transcrição e os níveis de proteínas, bem como a atividade enzimática de biomarcadores de estresse oxidativo. Além disso, a infecção e a carga viral poderiam ser associadas a um diferencial de transcrição de alguns dos genes que codificam essas proteínas. O padrão de respostas provocadas após a exposição à permetrina, através da análise mútua de respostas transcricionais, traducionais e enzimáticas relacionadas a estes genes, apóiam o desenvolvimento de um sistema multi-biomarcador que poderia ser usado como ferramenta para o monitoramento de ambientes aquáticos e, consequentemente, de saúde dos camarões de cultivo. Outra etapa deste trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do estresse térmico sobre a taxa de replicação do WSSV em camarões marinhos, mantidos em água quente (29±0,5°C), em comparação com camarões mantidos em água fria (18±0,5°C), além disso, pós-larvas e crustáceos selvagens capturados foram selecionados quanto à presença ou ausência do WSSV, após serem mantidos por 48h em estresse térmico. No caso de camarões silvestres, previamente negativos para o vírus, foram obtidos resultados positivos para o WSSV após estresse térmico de 48h. Os resultados apóiam a aplicação de um protocolo de estresse térmico como estratégia de seleção de reprodutores e para monitoramento dos ambientes de cultivo. |
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