Desenvolvimento de sistemas de liberação nano- e microestruturados constituídos de complexos de lecitina e quitosana para a liberação colônica da naringenina

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-25T23:21:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 294995.pdf: 2420659 bytes, checksum: 3b302fbabfc4f95b4277b38d030ff...

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Bibliographic Details
Main Author: Dalagnol, Mariana
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95263
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Flavanonas
Nanopartículas
Lecitina
Quitosana
Doenças Inflamatórias Intestinais
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Dalagnol, Mariana
Desenvolvimento de sistemas de liberação nano- e microestruturados constituídos de complexos de lecitina e quitosana para a liberação colônica da naringenina
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-25T23:21:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 294995.pdf: 2420659 bytes, checksum: 3b302fbabfc4f95b4277b38d030ff999 (MD5) === O emprego de nano- e micropartículas como carreadores de fármacos anti-inflamatórios tem sido considerada uma estratégia promissora para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn. A naringenina, um flavonóide amplamente encontrado nos frutos e vegetais, exibe inúmeras propriedades farmacológicas, tais como antiinflamatória, antitumoral e antioxidante. Entretanto, a naringenina apresenta baixa solubilidade aquosa, além de ser extensivamente metabolizada pelas bactérias colônicas, limitando assim, o seu uso terapêutico. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi desenvolver nano- e micropartículas de lecitina e quitosana revestidas com polímero gastrorresistente visando a liberação colônica da naringenina, após administração oral. As nano- e micropartículas de lecitina/quitosana foram preparadas por meio da técnica de interação iônica. Inicialmente, vários fatores de formulação foram testados, como a massa molar da quitosana, o tipo de lecitina e a proporção de lecitina e quitosana nas formulações. Para a quantificação da naringenina, uma metodologia de cromatografia líquida de alta eficiência foi desenvolvida e validada. A eficiência de encapsulação da naringenina nas partículas de lecitina/quitosana foi superior a 94,5 % para todas as amostras e o teor variou entre 262,41 a 386,31 µg/mL. Igualmente, o tamanho, a distribuição granulométrica e o potencial zeta das partículas foram afetados pela composição das formulações. Estudos de captura celular em cultura de macrófagos murinos J774 foram realizados após a encapsulação do fluorocromo vermelho de Nilo nas partículas. Nesses estudos, a visualização da fluorescência vermelha e a alteração do tamanho e morfologia dos macrófagos indicaram que as partículas são fagocitadas, sendo essa característica vantajosa para o aumento do tempo de residência dos carreadores no sítio da inflamação. Após esses ensaios, o revestimento das partículas de lecitina/quitosana com polímero entérico foi realizado mediante ressuspensão das partículas, previamente liofilizadas, em uma solução de Eudragit® S100. Para as preparações entéricas, o teor de naringenina variou de 1,36 a 1,97 mg /100 mg. O revestimento foi evidenciado pela alteração da carga superficial positiva, das partículas de lecitina e quitosana, para negativa, caracterizando a presença do polímero entérico aniônico na superfície das mesmas. Além disso, um acréscimo no tamanho de partícula foi observado, sugerindo o revestimento de aglomerados de partículas. Os estudos de calorimetria exploratória diferencial e espectroscopia de absorção no infravermelho com transformada de Fourier evidenciaram a interação entre os componentes das formulações. O ensaio de liberação in vitro realizado em fluido gástrico simulado confirmou a obtenção de partículas gastrorresistentes, visto que somente 8,27 a 11,98 % da naringenina foram liberados após 2 horas. Por outro lado, entre 85 e 90,33 % e 97,63 e 101,83 % de naringenina foram liberados em fluido entérico simulado e fluido biorrelevante colônico, respectivamente, após 4 horas. A análise estatística da eficiência de dissolução indicou que a taxa de liberação de naringenina foi diferente nos três meios estudados, entretanto, não foi afetada pela proporção de lecitina e quitosana nas formulações.
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spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsc.br-123456789-952632019-01-21T16:16:06Z Desenvolvimento de sistemas de liberação nano- e microestruturados constituídos de complexos de lecitina e quitosana para a liberação colônica da naringenina Dalagnol, Mariana Universidade Federal de Santa Catarina Senna, Elenara Maria Teixeira Lemos Farmácia Flavanonas Nanopartículas Lecitina Quitosana Doenças Inflamatórias Intestinais Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 Made available in DSpace on 2012-10-25T23:21:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 294995.pdf: 2420659 bytes, checksum: 3b302fbabfc4f95b4277b38d030ff999 (MD5) O emprego de nano- e micropartículas como carreadores de fármacos anti-inflamatórios tem sido considerada uma estratégia promissora para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn. A naringenina, um flavonóide amplamente encontrado nos frutos e vegetais, exibe inúmeras propriedades farmacológicas, tais como antiinflamatória, antitumoral e antioxidante. Entretanto, a naringenina apresenta baixa solubilidade aquosa, além de ser extensivamente metabolizada pelas bactérias colônicas, limitando assim, o seu uso terapêutico. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi desenvolver nano- e micropartículas de lecitina e quitosana revestidas com polímero gastrorresistente visando a liberação colônica da naringenina, após administração oral. As nano- e micropartículas de lecitina/quitosana foram preparadas por meio da técnica de interação iônica. Inicialmente, vários fatores de formulação foram testados, como a massa molar da quitosana, o tipo de lecitina e a proporção de lecitina e quitosana nas formulações. Para a quantificação da naringenina, uma metodologia de cromatografia líquida de alta eficiência foi desenvolvida e validada. A eficiência de encapsulação da naringenina nas partículas de lecitina/quitosana foi superior a 94,5 % para todas as amostras e o teor variou entre 262,41 a 386,31 µg/mL. Igualmente, o tamanho, a distribuição granulométrica e o potencial zeta das partículas foram afetados pela composição das formulações. Estudos de captura celular em cultura de macrófagos murinos J774 foram realizados após a encapsulação do fluorocromo vermelho de Nilo nas partículas. Nesses estudos, a visualização da fluorescência vermelha e a alteração do tamanho e morfologia dos macrófagos indicaram que as partículas são fagocitadas, sendo essa característica vantajosa para o aumento do tempo de residência dos carreadores no sítio da inflamação. Após esses ensaios, o revestimento das partículas de lecitina/quitosana com polímero entérico foi realizado mediante ressuspensão das partículas, previamente liofilizadas, em uma solução de Eudragit® S100. Para as preparações entéricas, o teor de naringenina variou de 1,36 a 1,97 mg /100 mg. O revestimento foi evidenciado pela alteração da carga superficial positiva, das partículas de lecitina e quitosana, para negativa, caracterizando a presença do polímero entérico aniônico na superfície das mesmas. Além disso, um acréscimo no tamanho de partícula foi observado, sugerindo o revestimento de aglomerados de partículas. Os estudos de calorimetria exploratória diferencial e espectroscopia de absorção no infravermelho com transformada de Fourier evidenciaram a interação entre os componentes das formulações. O ensaio de liberação in vitro realizado em fluido gástrico simulado confirmou a obtenção de partículas gastrorresistentes, visto que somente 8,27 a 11,98 % da naringenina foram liberados após 2 horas. Por outro lado, entre 85 e 90,33 % e 97,63 e 101,83 % de naringenina foram liberados em fluido entérico simulado e fluido biorrelevante colônico, respectivamente, após 4 horas. A análise estatística da eficiência de dissolução indicou que a taxa de liberação de naringenina foi diferente nos três meios estudados, entretanto, não foi afetada pela proporção de lecitina e quitosana nas formulações. 2012-10-25T23:21:45Z 2012-10-25T23:21:45Z 2011 2011 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95263 294995 por info:eu-repo/semantics/openAccess 158 p.| il., grafs., tabs. Florianópolis, SC reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina instacron:UFSC