Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-25T20:32:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294451.pdf: 839144 bytes, checksum: c5ccab5387a0d14c657584d242c4ced0 (MD5) === A infecção pelo HIV representa uma das maiores pandemias da história. Os dados mostram que hoje as relações sexuais são a via de maior transmissão e aspectos sentimentais envolvidos nas relações amorosas têm se constituído obstáculo para a adoção de condutas de proteção, como o uso do preservativo. O amor, por estar presente em grande parte das relações amorosas, é um sentimento que pode estar envolvido na subestimação do risco, pois é responsável pela idealização do parceiro. O início das relações amorosas e sexuais tem lugar na adolescência o que, somado às características próprias desta fase, insere este grupo no contexto de vulnerabilidade ao HIV. Esta dissertação teve como objetivo investigar a relação entre o amor e a percepção de risco em relação ao HIV entre adolescentes estudantes do ensino médio, em diferentes tipos de relacionamento. Tratou-se de um estudo exploratório, de natureza descritiva e comparativa, com 301 adolescentes de escolas públicas de Florianópolis. Foi aplicado um questionário em situação coletiva, composto de 3 blocos de questões: 1) características sócio-demográficas; 2) relacionamento amoroso e 3) risco em relação ao HIV. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e relacional, com auxílio do software SPSS, análise
de conteúdo e análise lexicográfica, com software ALCESTE e SPAD. Os resultados mostram que, em geral, o risco em relação ao HIV/Aids é negado pelos adolescentes, pois os mesmos subestimam suas chances de infecção quando se comparam a outros indivíduos e consideram como mínimo o risco de se contaminar ao longo de suas vidas. O amor não apareceu diretamente associado à auto-percepção de risco, porém, juntamente com o namoro, se apresenta como complicador do sexo protegido. Ele também apareceu indiretamente associado à percepção de risco, visto que apresentou relação com a subestimação do risco do parceiro amoroso. Observou-se que os significados compartilhados em relação ao amor aparecem associados ao risco em relação ao HIV/Aids a medida que justificam práticas arriscadas, como o não uso do preservativo. === HIV infection is one of the greatest pandemics in history. Today, sexual intercourse is the main transmission mode a and emotional aspects involved in romantic relationships render more difficult the adoption of protective behaviors, such as condom. As an emotion present in most relationships, love is a feeling that may be involved in the underestimation of risk, because it is responsible for the idealization of the partner. Adolescents are especially vulnerable to the HIV because, despite the particular characteristics of this stage, sexual and romantic relationships are here iniciated. This thesis aims to investigate the relationship between love and HIV risk perception of high school students engaged in different types of relationship. The study was
exploratory, descriptive and comparative, and had as participants 30
adolescents from public schools of Florianopolis. A questionnaire was applied in a collective situation, consisting of three sets of questions: 1) socio-demographic characteristics, 2) romantic relationship and 3) risk in relation to HIV. Data were analyzed though descriptive and relational statistics (SPSS); content analysis and lexical analysis (ALCESTE and SPAD). Results show that in general, HIV contamination risk is denied by adolescents since they underestimate their chances of infection when compared to others. Moreover, they consider that their risk of contamination throughout their life is minimal. The feeling of love was not directly associated to self-perception of risk. However, its association to romantic relationships underlines the complexity of safe sex. Love feeling was also indirectly associated with the risk perception though an underestimation of the risk associated to the loving partner. Finally, it was noticed that the shared notions about love are associated to HIV risk taking practices because they justify risky behaviours, such as not using condoms.
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