Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T10:19:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
287942.pdf: 459304 bytes, checksum: 2be1a3927f891226e7d5aa7f1f6c5bca (MD5) === A Igreja Católica, desde meados dos anos 70 e 80, inspirada pela teologia da libertação, tem atuado como motivadora e articuladora de movimentos sociais e de mobilizações populares no Brasil. Longe de encerrar-se, esta atuação vem passando por continuidades e transformações. Nos últimos anos algumas pastorais e organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) voltaram a priorizar o trabalho de base contribuindo na formação e constituição de grupos de geração de trabalho e renda que podem ser consideradas sementes do que hoje é chamada de economia solidária. Dos trabalhos apoiados pela Igreja Católica em Santa Catarina merecem destaque os Mini-Projetos Alternativos (MPAS), coordenados pela CNBB - Regional Sul IV. A pesquisa buscou investigar as relações materiais e simbólicas da Igreja Católica com os Mini-Projetos Alternativos e a economia solidária, em Chapecó, no período de 1989-2005. Adotou-se a teoria sociológica habermasiana, buscando mostrar que o trabalho do catolicismo da libertação possui uma dimensão instrumental (aportes financeiros e organizacionais) e, acima de tudo, uma dimensão comunicativa, qual seja, envolvendo fatores de ordem simbólica e motivacional. A metodologia é composta por procedimentos da pesquisa quantitativa, análise documental, e a qualitativa, realizada através da pesquisa de campo tendo o método da entrevista semi-estruturada como instrumento de observação. O estudo revelou que as experiências apoiadas pela Igreja Católica apresentam uma possibilidade de uma racionalidade comunicativa, pois são iniciativas, que se pretendem ser distintas propondo-se, ainda que seja em pequena escala, uma sociedade melhor, mais justa e solidária. Evidenciou-se assim, a intenção de uma nova forma de convivência fundamentada nos valores simbólicos que são expressos através da prática da solidariedade, na cooperação, auto-gestão, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano.
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