Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T04:45:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
288358.pdf: 555409 bytes, checksum: 1a88b623b7d71e444f992da45e3d385e (MD5) === Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência de episódios de violência contra o médico em Unidades Locais de Saúde, Policlínicas Regionais e Unidades de Pronto-Atendimento do município de Florianópolis-SC, e investigar a percepção deste profissional quanto às condições de segurança e prevenção da violência no trabalho. Realizou-se um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, entre agosto de 2009 e maio de 2010. O instrumento de coleta de dados foi adaptado do questionário estruturado utilizado no Survey of Violence in the Workplace for Health Care Workers, inquérito conduzido com profissionais de saúde nos Estados Unidos da América (AFSCME, 1998). 203 médicos (82,5%) responderam ao questionário; destes, 57,2% atuam em ULSs, 19,1% em Policlínicas e 23,7% nas UPAs. A proporção de médicos que sofreu violência relacionada ao trabalho nos últimos 12 meses foi igual a 85,5%. A prevalência de violência psicológica foi de 84,7%, sendo postura agressiva e comportamento hostil as mais freqüentes. Violência física e violência no trajeto para o trabalho representaram prevalência de 4,9% cada. Os pacientes foram os perpetradores mais freqüentemente mencionados. A maioria considera o local de trabalho inseguro, refere falta de treinamento específico, desconhece políticas de prevenção à violência e não aciona a polícia ou registra Comunicação de Acidente de Trabalho. Os resultados refletem a vulnerabilidade do médico às diversas formas de violência, em especial à violência psicológica. A segurança do trabalhador em saúde é revelada como uma questão pouco discutida no ambiente de trabalho e a violência subnotificada, dados estes que sustentam a desinformação quanto à dimensão real do problema para a Saúde Pública. === This study is aimed at identifying the prevalence of episodes of violence against doctors in Local Health Centres (LHCs), Regional Polyclinics and Emergency care units (ECUs) in the city of Florianopolis and investigates how these professionals perceive safety conditions and prevention of violence at workplace. A quantitative descriptive study was carried out between August 2009 and May 2010. The data collection tool adopted was the structured questionnaire used in the Survey of Violence in the Workplace for Health Care Workers, a survey of professionals working in the health system in the American Federation of State County and Municipal Employees (AFSCME, 1998). 203 doctors (82.5%) answered the questionnaire; of these, 57.2% work in LHCs, 19.1% in Polyclinics and 23.7% in ECUs. The proportion of doctors who have suffered violence at work during the last 12 months was 85.5%. The prevalence of psychological violence was 84.7%, where aggression and hostile behaviour were most frequent. Physical violence and violence on the way to work represent 4.9% each. The patients were the more frequently mentioned perpetrators of the workplace violence. Most of the employees considered the work place to be unsafe, lacking specific training and knowledge on violence prevention along with lack of police intervention and the registering of occurrences of Work Accidents. The results reflect the vulnerability of doctors to various forms of violence, especially psychological violence. The safety of employees in the health system has been revealed as a little discussed issue in the work environment. Violence is poorly reported, underlining the inadequacy of information regarding the real dimension of this problem for the Public Health Service.
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