Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T04:41:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
281701.pdf: 876965 bytes, checksum: a1f4d8c4a655d8fbfd2093c4cdf0fbd6 (MD5) === Esta dissertação pretende investigar o que é uma obra de arte, assumindo como principal subsídio metodológico a análise crítica de alguns textos de Amie Thomasson. A ontologia de Roman Ingarden também é exposta, pois constitui uma influência central para o pensamento de Thomasson. Diversas noções utilizadas pela autora, como a aceitação do pluralismo ontológico, a busca da estrutura específica de cada tipo de arte e a admissão de que a arte comporta características espaço-temporais e abstratas, remontam aos escritos do pensador polonês. Esses temas estão embutidos no principal aspecto abordado na dissertação, a saber, o modo como Thomasson investiga a obra de arte através da busca de seu estatuto ontológico, dentro do contexto de um quadro categorial mais amplo. A autora afirma que a questão central da ontologia da arte é: que tipo de entidade é uma obra de arte? Essa questão não é respondida através de uma definição rígida da arte ou de uma lista finita de características que permita classificar qualquer objeto no mundo como arte ou não-arte. Thomasson compromete-se apenas com a pretensão modesta de buscar um espaço categorial bem sucedido para a alocação das obras de arte. Ela problematiza o fato de que a estética e a metafísica tradicionais não proporcionam categorias adequadas para alocar a arte, a ficção e os objetos culturais, pois costumam adotar sistemas dualistas como sujeito-objeto, real-ideal, concreto-abstrato, entre outros, impróprios para pensar as obras de arte, que comportam características híbridas. Como alternativa, Thomasson sugere uma metodologia ontológica formal para a criação de sistemas categoriais e, nesse contexto, de categorias que respeitem a configuração específica das obras de arte. Sua proposta é analisada nessa dissertação como uma solução eficaz para capturar a estrutura ontológica das obras de arte através de uma base analítica formal. === This thesis aims to investigate what is a work of art, assuming the critical analysis of some texts of Amie Thomasson as its main methodological subsidy. The ontology of Roman Ingarden is also exposed because it is a central influence to the thought of Thomasson. Several concepts used by the author, as the acceptance of ontological pluralism, the search for the specific structure of each type of art and the admission that art involves spatiotemporal and abstract characteristics, go back to the writings of the Polish thinker. These themes are inserted in the main aspect addressed by this thesis, namely, how Thomasson investigates the work of art through the pursuit of its ontological status within the broader context of a categorical framework. The author argues that the central question of the ontology of art is: what kind of entity is a work of art? This question is not answered by a rigid definition of art or a finite list of characteristics that allow classifying any object in the world as art or not art. Thomasson undertakes only the modest pretense of seeking for a successful categorial space for the allocation of works of art. She discusses the fact that traditional aesthetics and metaphysics do not provide adequate categories to allocate art, fiction and cultural objects, because they tend to adopt dualistic systems, like subject-object, real-ideal, concrete-abstract, among others, that are inadequate to think about works of art, which include hybrid features. Alternatively, Thomasson suggests a formal ontological methodology for creating categorial systems and, in this context, categories that meet the specific configuration of artworks. Her proposal is analyzed in this dissertation as an effective solution to capture the ontological structure of works of art through a formal analytical base.
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