Remando contra a corrente

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T04:41:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 281445.pdf: 1354002 bytes, checksum: 49908fefccc155dd4fe4d940a94e1...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Caio
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93919
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T04:41:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 281445.pdf: 1354002 bytes, checksum: 49908fefccc155dd4fe4d940a94e13c6 (MD5) === Este trabalho tem o objetivo de analisar as relações organizacionais do assentamento Conquista na Fronteira diante dos imperativos do movimento da produção social capitalista. Para isso, discute-se no plano teórico as leis imanentes do modo de produção capitalista e suas influências sobre as relações organizacionais entre as que intercambeiam produtos no mercado. Em um segundo momento, discute-se o desenvolvimento das relações organizacionais e a passagem histórica da subsunção formal do trabalho ao capital à subsunção real. Tais estudos preliminares dão as bases teóricas necessárias para a compreensão do significado das relações organizacionais autogestionárias dentro dos marcos da produção capitalista, discutidas no capítulo cinco. Em seguida, contextualiza-se o significado que tem o assentamento coletivo dentro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Passa-se, então, ao estudo específico do assentamento Conquista na Fronteira, que revela a construção de uma tecnologia de gestão e de relações organizacionais efetivamente democráticas, mas com fortes limitações quanto ao controle direto sobre as tecnologias físicas de produção, por força das leis coercitivas externas. Ademais, evidencia-se que a cooperativa do MST é articulada com um movimento político de âmbito nacional e constitui-se antes como um instrumento do movimento do que como um fim em si mesma. Conclui-se, finalmente, que as cooperativas do MST diferenciam-se das demais cooperativas por articularem-se com um movimento político mais amplo que visa a própria superação do capitalismo, de modo que o MST associe, em sua luta, um movimento de negação política radical com a construção positiva de uma alternativa hegemônica.