Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Florianópolis, 2010 === Made available in DSpace on 2012-10-25T02:25:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
280379.pdf: 4740023 bytes, checksum: 4d16be1ef3b497f9adecd1f5d2506071 (MD5) === Os corantes naturais são comumente encontrados na fauna e na flora e sendo seguros por não serem tóxicos e nem carcinogênicos. Como a tendência mundial por produtos provenientes de processos limpos é crescente, os corantes naturais voltam a ter grande demanda em diversos segmentos do mercado. Apesar de estes corantes serem superiores aos corantes sintéticos em relação à segurança, a sua estabilidade, em muitos casos, não é satisfatória para o seu uso comercial. Várias técnicas vêm sendo utilizadas visando à estabilização de corantes naturais como a microencapsulação, complexação, adsorção, entre outras. Neste trabalho foi utilizado como método de estabilização o processo de adsorção do corante natural de urucum, extraído das sementes do urucum, em argila caulim como adsorvente. Foram determinados os parâmetros cinéticos e termodinâmicos do processo de adsorção, sendo verificadas as melhores condições de adsorção através da influência da granulometria do adsorvente, velocidade de agitação, temperatura e adição de eletrólitos (sulfato de sódio e cloreto de sódio). Os modelos de Langmuir, Freundlich e Radke-Prausnitz foram utilizados para ajustar os dados experimentais, apresentando bons coeficientes de correlação. O processo de adsorção apresentou comportamento exotérmico, ?Hº= -115,829 KJmol-1?? havendo um decréscimo na capacidade adsortiva da argila com o aumento da temperatura. Através das cinéticas de adsorção e as isotermas de equilíbrio, foram obtidas as melhores condições para adsorção do corante de urucum, com a adição de 1% de sulfato de sódio na temperatura de 25ºC, com uma capacidade máxima de adsorção de 59,88 mg/g. A estabilização do corante adsorvido em argila com relação ao corante "livre" em solução foi verificada através de testes de exposição à luz ultravioleta, em diferentes intervalos de tempo. As amostras estampadas com argila apresentaram um aumento de 43,98% na proteção da cor, em comparação às amostras estampadas utilizando o corante sem ser adsorvido. A alteração da cor foi verificada através dos parâmetros a*, b*, L*, C* e ?Ecmc, segundo o sistema CIELab de medição de cor. Também foram utilizados mordentes como benzofenona, dióxido de titânio e ácido tânico a fim de verificar a influência destes nas cores das estampas e na estabilização da cor. O ácido tânico adicionado a pasta de estamparia foi o mordente que apresentou os melhores resultados em todos os parâmetros testados. A utilização do corante natural do urucum adsorvido em argila para estamparia apresentou ótimos resultados em relação à degradação da cor, quando as amostras foram expostas à luz ultravioleta, podendo esta técnica ser empregada para estabilização desse corante natural em outras aplicações.
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