Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Florianópolis, 2009 === Made available in DSpace on 2012-10-24T08:23:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
265779.pdf: 8968227 bytes, checksum: c62779adf6d48d7631f92c4a4cb3071e (MD5) === Após a abolição da escravatura no Brasil, em 1888, houve a necessidade de reposição da mão de obra perdida na agricultura. O incentivo da imigração proporcionou, em junho de 1908, a vinda dos primeiros agricultores japoneses ao país. As grandes safras de plantação de pimenta do reino na década de 50 no município de Tomé-Açu, no Estado do Pará, uma das primeiras colônias japonesas no Brasil, permitiram a construção, tão desejada pelos imigrantes, de edificações no estilo japonês em madeira, que podem ser contempladas até hoje em bom estado de conservação. Observou-se que a ausência de alguns materiais e mão de obra especializada no sistema construtivo original japonês, além da diferença climática, obrigou os mestres-carpinteiros japoneses a adaptarem a composição e os materiais utilizados nos seus projetos. Contudo, observa-se que, mesmo com esses empecilhos, as edificações ainda são reconhecidas como arquitetura em estilo japonês por apresentarem a composição interna, escala e elementos tipicamente japoneses. A proposta desta pesquisa tem o intuito de apresentar um estudo realizado sobre a durabilidade das construções produzidas com esta arquitetura, com o objetivo de identificar quais fatores proporcionaram às edificações uma maior durabilidade em comparação com as construções em madeira com outros princípios arquitetônicos. O melhor estado das construções em madeira em Tomé-Açu é observado, apesar do descaso com a manutenção das edificações. Esta pesquisa contempla o estudo de caso de três edificações distintas em seu entorno, sua escala, sua história e sua arquitetura. Além disto, o resultado deste trabalho pretende contribuir também na divulgação da história da arquitetura japonesa e brasileira, com a apresentação das técnicas japonesas de encaixes, que são uma opção também na arquitetura contemporânea, contribuindo para a formação de uma nova imagem da madeira como um material construtivo durável, mesmo em climas úmidos e fauna xilófaga variada.
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