Processo comportamentais identificados nas definições de cultura na antropologia

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. === Made available in DSpace on 2012-10-24T04:45:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 261599.pdf: 2712469 bytes, checksum: cf54034c081c0242815b725e66bf57c5 (MD...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gusso, Helder Lima
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92005
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. === Made available in DSpace on 2012-10-24T04:45:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 261599.pdf: 2712469 bytes, checksum: cf54034c081c0242815b725e66bf57c5 (MD5) === Os primeiros estudos sobre fenômenos culturais no âmbito da Análise do Comportamento foram iniciados por volta da década de 1950. A partir da década de 1980, após a proposição do conceito de metacontingência por Glenn, muitos novos estudos sobre 'cultura' têm sido realizados em Análise do Comportamento. Ainda assim, pouco são os trabalhos em que foram avaliadas as contribuições da área de conhecimento que tradicionalmente tem se ocupado deste objeto de estudo: a Antropologia. O objetivo do trabalho foi identificar os processos comportamentais envolvidos nas definições de cultura na Antropologia. Para isso foram examinadas contribuições de diferentes autores e tipos de conhecimento (escolas, abordagens ou teorias) por meio de obras já que debatessem a noção de 'cultura' (Cuche, 1996; Kuper, 1999). Foram selecionados para exame três conjuntos de informações. O primeiro se refere à evolução conceitual do termo 'cultura' na França e Alemanha entre os séculos XIII e XIX, antes da formalização da Antropologia como área de conhecimento. Os resultados dessa etapa explicitam um processo mentalista de formação do conceito elaborado ao longo dos séculos e algumas das definições do termo 'cultura' ainda utilizadas no senso-comum. O segundo conjunto de dados refere-se aos movimentos Evolucionista Clássico e Neo-Evolucionista antropológicos. As definições apresentadas nesse conjunto explicitam mais claramente os processos comportamentais observados pelos antropólogos. Vale destacar as limitações metodológicas dos evolucionistas clássicos ao utilizarem predominantemente métodos de observação indireta e a relação entre a idéia de evolução cultural utilizada com a idéia de scala naturae, conceito utilizado para classificar graus de evolução das espécies, descartado na Ciência após as contribuições de Darwin. As contribuições dos neo-evolucionistas parecem indicar boas possibilidades de relações entre a Análise do Comportamento e a Antropologia por haverem pressupostos mais compatíveis e por já estudarem processos culturais complexos, como o comportamento verbal. Por fim, o terceiro conjunto examinado refere-se aos principais autores da Antropologia Cultural. Foi identificada ênfase desses autores em destacar que a cultura é fenômeno abstraído a partir do comportamento dos membros de um grupo e, principalmente, o estudo dos processos relacionados ao campo do comportamento verbal como aspecto nuclear da cultura. Apesar das limitações metodológicas decorrentes do uso de fontes de informação indiretas, pode-se identificar que os fenômenos culturais descritos por diferentes autores da Antropologia destacam processos comportamentais básicos como unidades de estudo da cultura, enfatizando as possibilidades de relações entre Antropologia e Psicologia.