Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História. === Made available in DSpace on 2012-10-23T17:47:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
259871.pdf: 1758273 bytes, checksum: 4b00cbc77b11c4c93806cf9ca6c066d2 (MD5) === A presente tese tem como objetivo dar historicidade à emergência e ao percurso do "campo teologia feminista" na Concilium, Revista Internacional de Teologia. Fundada em 1965, durante um considerável período de sua história, esta revista apresentou suas edições através de fascículos que contemplavam as diversas disciplinas teológicas tradicionais. Em 1985, surgiu no interior deste periódico o fascículo "Teologia Feminista", que foi publicado até o ano 1996, num total de seis edições. Estes fascículos são analisados nesta tese não apenas como um "espaço de mulheres", mas sim como um "campo" no qual a teologia feminista, através das teólogas (os) e mulheres de diversas áreas de conhecimento que ali se fizeram ouvir, passou das fronteiras ao palco, adquiriu o "cetro", um "lugar" de legitimidade e, portanto, de fala autorizada. Os discursos fabricados neste "microcosmo" dão a ler estratégias, lutas, embates, relações de poder, jogos de verdade, desejos, enfim um movimento em meio ao qual foram construídas identidades tanto do "ser teóloga feminista" como do "saber teologia feminista", dando visibilidade também a representações sobre "femininos" e "masculinos". Este jogo de identidade/identificação ocorre na relação estabelecida com os "Outros" com os quais a teologia/teólogas feministas dialogam, seja esse diálogo de aproximação - neste caso, com os movimentos e estudos feministas - ou de contestação - como ocorre com relação à Igreja e à teologia tradicionais.
Cette thèse a pour but de donner de l'historicité à l'émergence et au parcours du "champ théologie féministe" dans Concilium, Revue Internationale de Théologie. Fondée en 1965, une période considérable de son histoire, cette revue présentait ses éditions en fascicules où se trouvaient plusieurs disciplines théologiques traditionnelles. En 1985 parut à l'intérieur de cette revue le fascicule "Théologie Féministe", publié jusqu'en 1996, comptant six éditions au total. Tels fascicules sont analisés dans cette thèse pas seulement comme un "espace pour les femmes", mais comme un "champ" où la théologie féministe, grâce aux théologiennes (théologiens) et aux femmes de plusieurs domaines du savoir qui s'y sont fait entendre, est sortie des frontières et est arrivée sur scène, a pris le "sceptre", un "lieu" de légitimité ,donc d'un parler autorisé. Les discours produits dans ce "microcosme" donnent à lire des stratégies, des luttes, des chocs, des rapports de pouvoir, des jeux de vérité, des désirs, enfin un mouvement aussi bien de "l'être théologienne féministe" que du "savoir théologie féministe" tout en apportant de la visibilité à des représentations à propos de "féminins" et "masculins". Ce jeu d'identité/identification se fait dans le rapport avec les "Autres" avec lesquels dialoguent la théologie/théologiennes féministes, soit un dialogue de rapprochement - dans ce cas avec les mouvements et les études féministes - soit un dialogue de contestation - ce qui se passe par rapport l'Eglise et la théologie traditionnelles.
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