Intemperização de fontes de contaminação de óleo diesel em águas subterrâneas na presença e ausencia de etanol

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental. === Made available in DSpace on 2012-10-23T14:38:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 241385.pdf: 1294671 bytes, checksum: 6b36fb1943078dfba0df1dfb857e74ce (MD5) === No...

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Bibliographic Details
Main Author: Paludo, Deise
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90737
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental. === Made available in DSpace on 2012-10-23T14:38:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 241385.pdf: 1294671 bytes, checksum: 6b36fb1943078dfba0df1dfb857e74ce (MD5) === No ambiente subterrâneo, as fontes de contaminação estão sujeitas a processos físicos, químicos e biológicos, que influenciam na persistência, mobilidade e redução da massa dos contaminantes. Este conjunto de processos, denominado intemperismo, inclui a dissolução, biodegradação e volatilização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a intemperização dos hidrocarbonetos de petróleo na água subterrânea em duas fontes experimentais de óleo diesel, sendo uma em presença de etanol (50% em volume). O principal efeito da presença do etanol deveu-se a sua biodegradação preferencial, que provocou uma maior transferência de massa dos hidrocarbonetos monoaromáticos (BTEX) da fonte com diesel e etanol em relação à fonte com diesel puro. Após 5,8 anos de monitoramento, a massa de BTEX transferida das fontes com diesel puro e com diesel e etanol foi de 0,32% e 1,44% da massa liberada, respectivamente. Após 5,8 anos, o fluxo de massa dos BTEX no experimento com diesel puro foi nulo e, no experimento com diesel e etanol apresentou uma redução de 99%. A baixa quantidade de massa transferida em relação à massa total liberada e a redução do fluxo de massa indicaram a ocorrência dos processos de intemperização em ambas as fontes. O fluxo de massa dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) mostrou a persistência do processo de dissolução ao longo do tempo, devido à baixa solubilidade e menor taxa de biodegradação em relação aos BTEX. O cálculo da massa dissolvida na área da fonte foi utilizado para relacionar a redução da massa dos contaminantes com a formação de subprodutos metabólicos, demonstrando a ocorrência da biodegradação. A variação da massa dissolvida dos contaminantes demonstrou a sua intemperização por meio da redução da massa na área das fontes. Após 5,4 anos da liberação dos combustíveis verificou-se uma redução superior a 99% e 93% da massa máxima de BTEX dissolvida nas fontes com diesel puro e com diesel e etanol, respectivamente. A presença do substrato preferencial (etanol) provocou maior geração dos subprodutos (Fe II, metano e acetato) indicando o maior consumo dos receptores de elétrons disponíveis na fonte de diesel com etanol. O efeito co-solvência não foi observado devido à rápida transferência e degradação do etanol no ambiente. A presença do etanol não influenciou significativamente no risco à saúde humana oferecido pelas concentrações remanescentes 5,8 anos após a contaminação. As concentrações de BTEX remanescentes nas áreas experimentais foram inferiores aos valores orientadores utilizados para avaliação do risco à saúde humana. Verificou-se a importância do monitoramento dos HPA em áreas contaminadas por óleo diesel, uma vez que, foram detectados em concentrações acima dos valores orientadores. Os hidrocarbonetos mais persistentes foram o antraceno, fluoranteno, criseno e benzo(a)pireno.