Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. === Made available in DSpace on 2012-10-23T04:52:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
239443.pdf: 13684570 bytes, checksum: 413f5d41c7c51180c6787881cd3c1a56 (MD5) === Embora as doenças cardiovasculares se manifestem, predominantemente, a partir da quarta década de vida, fatores de risco como sedentarismo, dieta aterogênica, tabagismo, excesso de peso, dislipidemias e hipertensão arterial sistêmica (HAS) são determinados, em grande parte, por comportamentos adquiridos na infância e adolescência. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de sedentarismo e de outros fatores de risco cardiovasculares em adolescentes de 14 a 19 anos, do município de Três de Maio/RS. A amostra foi do tipo probabilística estratificada proporcional. Fizeram parte deste estudo 660 adolescentes (317 rapazes e 343 moças). Para o levantamento das informações utilizou-se: questionário (atividade física, história familiar e tabagismo); inquérito alimentar; mensuração da circunferência de cintura; massa corporal e estatura; aferição da pressão arterial (PA) e, análises laboratoriais para glicemia, colesterol total (CT) e lipoproteínas de alta densidade (HDL-c). Na análise dos dados, utilizou-se procedimentos da estatística descritiva, o teste "t" de Student para amostras independentes, o teste do Qui-Quadrado ( 2) ou Exato de Fisher e a Regressão de Poisson, com nível de significância de p=0,05. Os resultados mostraram, quanto à história familiar, uma prevalência superior para HAS (70,5%) e dislipidemias (49,7%). Dentre os demais fatores de risco cardiovasculares investigados, os mais prevalentes foram nessa ordem: dieta aterogênica (86,1%), sedentarismo (61,2%), adiposidade abdominal aumentada (32,6%), HDL-c diminuído (25,9%) e CT aumentado (20,3%). As moças apresentaram prevalências superiores de história familiar de HAS (74,1%) e de morte por IAM (40,2%), sedentarismo (69,4%), adiposidade abdominal aumentada (45,5%) e CT aumentado (25,2%), quando comparadas aos rapazes (p=0,05). Já para rapazes as prevalências foram superiores para HAS (2,8%), baixos níveis de HDL-c (36,3%) e dieta aterogênica (93,7%), com ingestão excessiva de ácidos graxos saturados totais (97,8%), colesterol (66,2%) e sódio (76,3%). O nível econômico não se mostrou associado aos fatores de risco estudados (p>0,05). Entre os adolescentes encontrou-se uma prevalência superior para três ou mais fatores de risco agrupados (52,3%). No entanto, o agrupamento dos fatores de risco não apresentou associação com o sexo e o nível econômico. O sedentarismo esteve associado positivamente apenas com o sexo feminino (RP=1,33). Portanto, os principais fatores de risco encontrados entre os adolescentes foram: história familiar de HAS e dislipidemias, dieta aterogênica, sedentarismo e adiposidade abdominal aumentada. As moças apresentaram superioridade para a história familiar de HAS e morte por IAM, adiposidade abdominal aumentada e sedentarismo. Já os rapazes demonstraram hábitos alimentares com altas proporções de componentes aterogênicos. Na análise bivariada, o sedentarismo associou-se somente ao sexo feminino.
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