Os parques nacionais de Aparados da Serra Geral e Serra geral e o município de Praia Grande/SC

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia === Made available in DSpace on 2012-10-22T17:30:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 238257.pdf: 4495868 bytes, checksum: c75f2816d85cc3d6beeea42732f183da (MD5)...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Brightwell, Maria das Graças Santos Luiz
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89164
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia === Made available in DSpace on 2012-10-22T17:30:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 238257.pdf: 4495868 bytes, checksum: c75f2816d85cc3d6beeea42732f183da (MD5) === Ainda que as concepções acerca da criação, implantação e manejo de áreas protegidas tenham sofrido transformações no sentido de incorporar as variáveis socioculturais, a sua presença tem provocado disputas e conflitos e ensejado novos arranjos espaciais e sociais. Esta pesquisa explora as dimensões escalares e os conflitos derivados do processo de funcionalização e transformação sócio-espacial ocasionados pela presença do Parque Nacional de Aparados da Serra (PNAS) e do Parque Nacional da Serra Geral (PNSG) no município de Praia Grande/ SC até o ano de 2005. Estes parques foram criados em 1959 e 1992 (respectivamente) e também cobrem terras dos municípios de Cambará do Sul/RS e Jacinto Machado/SC. A pesquisa, de caráter qualitativo, baseou-se na análise de entrevistas, documentos, bibliografia, artigos de jornal, relatórios, dados estatísticos e observação, coletados ao longo dos anos de 2004 e 2005. Por conta de uma situação fundiária irregular e pela presença de vários grupos de interesse, conservação, turismo e agricultura disputam a capacidade de serem funções definidoras do espaço, ora aliando-se, ora contrapondo-se. Foi possível estabelecer que um dos maiores objetivos do PNAS, desde a sua criação, foi o aproveitamento das belezas paisagísticas pelas populações urbanas para atividades de turismo e lazer. A incorporação das encostas catarinenses através de um novo decreto em 1972, trouxe à tona não só os interesses científicos da preservação mas também, ao incluir as terras dos agricultores catarinenses, instaurou novos contornos para o conflito ao impor restrições às atividades agrícolas e extrativistas. A emergência de grupos ambientalistas, a partir dos anos de 1990, com ações direcionadas à defesa dos ecossistemas locais e em contraposição à exploração irracional do turismo, redundou na criação do PNSG, tornando público os embates entre os interesses da preservação e àqueles ligados ao turismo. A construção de estratégias entre ONGs locais e regionais e agências governamentais buscando introduzir práticas agrícolas e turísticas compatíveis com a preservação do ambiente natural do entorno dos parques, não consegue, no entanto, repartir os custos e os benefícios da preservação.