Sobre educação e política

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação === Made available in DSpace on 2012-10-22T14:26:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 229503.pdf: 1231266 bytes, checksum: 104384444df21f68217e4c3c37006e64 (MD5) === Por...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: D'Afonseca, Vanessa da Cunha Prado
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/88864
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação === Made available in DSpace on 2012-10-22T14:26:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 229503.pdf: 1231266 bytes, checksum: 104384444df21f68217e4c3c37006e64 (MD5) === Por que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma legislação tão celebrada pelo campo educacional e tão pouco reconhecida como um direito conquistado por pais e professores? Será que isto se deve apenas à tradição conservadora que resiste à idéia da criança e do adolescente como sujeitos de direitos? Ou há algo de perverso na aliança entre educação, direito e política tão fortemente evocada pelo Estatuto? A partir da tradução de perverso como pelo verso, ou seja, como realização do contrário daquilo que inicialmente se almejou, foram avaliadas duas possibilidades: de um lado, que a pretendida formação do sujeito de direitos transformador da realidade social poderia, perversamente, encontrar-se aliada à dissolução do sujeito da (na) política; por outro lado, que o ECA, tão celebrado como uma legislação que romperia com a violência institucionalizada e legitimada contra a infância pelos antigos Códigos de Menores poderia, também perversamente, mostrar-se aliado da mesma separação do povo no Povo, ou da criança e do menor, denunciada como inerente à vigência dos antigos códigos. Foram norteadoras desta reflexão, a teorização política de Hannah Arendt e a descrição da constituição da subjetividade trágica por Jean Pierre Vernant e Vidal-Naquet.