Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. === Made available in DSpace on 2012-10-21T20:17:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
203907.pdf: 1713521 bytes, checksum: 5e8a98d2e1b57ffc18a16198c9c0e17a (MD5) === A organização da variabilidade genética de acessos de alhos mantidos em Bancos de Germoplasma tem sido bastante investigada com marcadores morfológicos e isoenzimáticos. Porém, a informação obtida com esses marcadores tem sido considerada inadequada, devido ao pequeno número de marcadores disponíveis e a pequena porção genômica acessada, respectivamente. Os marcadores genéticos baseados na análise direta da molécula de DNA, como RAPDs e AFLPs, permitem acesso a uma ampla região, distribuída ao acaso, devido sua capacidade multiplex e alto nível de polimorfismo detectado. O presente trabalho apresenta os resultados referentes (i) a avanços metodológicos e adequação de protocolos que possibilitaram o uso de descritores morfológicos e marcadores isoenzimáticos, RAPD e AFLP, (ii) e a caracterização da diversidade genética acompanhada da análise de agrupamento dos acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Allium sativum L. de Santa Catarina. Constatou-se através de análise multivariada que 10 descritores morfológicos, dos 17 utilizados, foram de grande importância para caracterização dos 96 acessos de alho. A análise isoenzimática revelou que as cultivares comerciais apresentaram cinco padrões diferenciados. Entre as 20 cultivares avaliadas o percentual de locos polimórficos (P) variou de 0 a 57,1, sendo o valor médio 13,6%. No protocolo otimizado para a técnica RAPD, 16% dos iniciadores testados amplificaram um total de 47 bandas sendo que dessas, 25 revelaram polimorfismo. O maior avanço obtido na adaptação de protocolo da técnica AFLP foi a identificação de três novas combinações de iniciadores, e sua utilização pela primeira vez na análise de Alium sativum. Do grupo de 76 acessos de alho crioulo, apenas 25 foram considerados inequivocadamente como genótipos distintos. Em todas as análises, as 20 cultivares comerciais foram separadas em sete grupos de similaridade, sendo detectado apenas duas cultivares potencialmente duplicadas, uma de origem nacional e a outra de origem Chinesa. Assim, as principais conclusões deste trabalho foram: a) apesar da espécie em foco ser de propagação praticamente assexuada, os valores de heterozigosidade encontrados na análise de isoenzimas, sugerem que existe uma quantidade razoável de variabilidade genética entre os acessos; b) a utilização das técnicas moleculares mais modernas, pode possibilitar maior grau de segurança na discriminação, e conseqüentemente na recomendação desses genótipos, para atender as diversas regiões climáticas e c) o uso de marcadores moleculares se mostrou adequado neste estudo e, a possibilidade de obtenção de sementes botânicas de alho, abre espaço para o uso dessa técnica como suporte para a ampliação das atividades dos programas de melhoramento através de cruzamentos, aproveitando a variabilidade das linhagens segregantes.
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