Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. === Made available in DSpace on 2012-10-21T05:35:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
205788.pdf: 1167844 bytes, checksum: b4bdb7527b4303e3ca7cd7e3885c4d80 (MD5) === Este estudo avalia a percepção do trabalhador de enfermagem sobre sua saúde, em específico sobre a relação da dor nas costas com o trabalho da enfermagem das Unidades de Internação das Clínicas Médicas e Cirúrgicas e do Centro de Materiais e Esterilização, do Hospital Universitário, da Universidade Federal de Santa Catarina. Para isto, desenvolveram-se em duas etapas. Na primeira buscou-se o perfil da dor nas costas entre os membros da equipe de enfermagem. Participaram do estudo 155 membros da equipe de enfermagem, sendo 32 Enfermeiros, 49 Técnicos em Enfermagem, 53 Auxiliares de Enfermagem e 21 Auxiliares de Saúde. A prevalência encontrada para as dores nas costas nos membros da equipe de enfermagem foi de 76,1% , sendo de 71,88% entre os enfermeiros, 75,51% entre os Técnicos de Enfermagem, 79,25% entre os Auxiliares de Enfermagem e de 76,19% para os Auxiliares de Saúde. Entre estes trabalhadores, 86,44% apresentavam dores nas costas por um período superior a seis meses, com a dor localizada principalmente nas regiões lombar e cervical. Para a segunda etapa do estudo, buscou-se a percepção do trabalhador sobre sua saúde, em específico, sobre a presença de dores nas costas e como o trabalho predispõe esta dor. Para isto, utilizou-se como metodologia as entrevistas coletivas com grupos de trabalhadores homogêneos, por valorizar a percepção do trabalhador sobre sua saúde, através da identificação das cargas de trabalho, que podem ser consideradas como mediações entre os processos de trabalho e a saúde. Participaram do estudo 83 trabalhadores, que apresentavam dores nas costas por um período superior a um mês. Observou-se que os trabalhadores de enfermagem estudados apresentaram conhecimentos de como o trabalho predispõe as dores nas costas, identificando as cargas de trabalho e suas respectivas interações no corpo do trabalhador, ou seja, compreendiam o processo saúde-doença que envolve a presença de dores nas costas. As cargas de trabalho psicológicas, fisiológicas e as mecânicas foram as mais discutidas, pois, segundo os trabalhadores são as que mais se refletem no desgaste causado pelo trabalho.
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